Uma formulação nanotecnológica que permite a liberação controlada de inseticidas no meio ambiente, para o controle larvicida do mosquito Aedes aegypti, resultou no deferimento da patente de invenção para a pesquisa “Composições inseticidas nanoestruturadas a base de avermectinas e benzoilfenilureias com ciclodextrinas, formulações e uso”, desenvolvida no campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV). O documento nº BR 102017010296-3 foi expedido no último dia 16 de agosto pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Além da ação residual contra larvas do mosquito responsável pela transmissão de doenças como dengue, febre amarela, chikungunya e zika, a formulação que resultou no registro da patente possui baixa toxicidade para os usuários e mamíferos, minimizando os impactos ambientais.

A patente é resultado de dois projetos de mestrado desenvolvidos na UFJF-GV, pelas servidoras técnico-administrativas em Educação (TAEs) Vanessa Cristina Bittencourt e Ana Maria Moreira Santos, ambas do departamento de Farmácia do Instituto de Ciências da Vida (ICV). Os projetos foram orientados pelo professor Ângelo Márcio Leite Denadai e assessorados pelos professores Jeferson Gomes da Silva, Cibele Rodrigues, Leonardo Meneghin Mendonça, Antônio Frederico Gomides, Regina Gendzelevski Kelmann e Keyller Bastos Borges.

Por envolver profissionais de diversas áreas, os trabalhos, de caráter multidisciplinar, envolveram experimentações físico-químicas e biológicas, de modo a agregar um conjunto de conhecimentos que culminaram na tecnologia registrada pelo INPI.

De acordo com o professor Ângelo Denadai, o deferimento da patente representa uma importante conquista para a UFJF-GV, uma vez que todos os experimentos foram realizados no campus. “É resultado de nossa capacidade intelectual e independência laboratorial para o desenvolvimento de projetos diversos, embora colaborações com outras instituições sejam sempre bem-vindas”.