Museu de Cultura Popular reúne acervo com peças de diferentes locais do Brasil, feitas em cerâmica, madeira, ferro e outros materiais (Foto: Divulgação)

Para se integrar à celebração internacional do Mês do Folclore, o Museu de Cultura Popular da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apresenta, durante o mês de agosto, uma seleção especial de danças, jogos, serigrafias e carrancas. Todas as obras expostas na mostra são parte do acervo do Museu, sendo feitas em materiais como cerâmica, madeira e ferro, entre outros, e originárias de diferentes locais do Brasil, como São Luís, no Maranhão, Guaratinguetá e Taubaté, em São Paulo; Caruaru e Petrolina, em Pernambuco; Pirapora e Januária, em  Minas Gerais; e Aracaju, em Sergipe. 

A data foi criada com o objetivo de incentivar a preservação e a valorização dessas manifestações artísticas e culturais. O termo “folklore” foi cunhado em 1846, pelo escritor britânico William John Thoms, que fez a junção de “folk” com “lore” para definir o conhecimento tradicional de um povo. O folclore é reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural Imaterial, podendo ser manifestado tanto de forma coletiva quanto individual, reproduzindo os costumes e as tradições de um povo, transmitidos de geração para geração. 

Desta forma, todos os elementos integrantes da cultura popular e que estão enraizados na tradição desse povo são parte do folclore, dando-se, muitas vezes, através de mitos, lendas, canções, danças, jogos, artesanatos, festas populares, brincadeiras e crendices tradicionais. 

O público pode conferir, até 2 de setembro, representações de danças dramáticas folclóricas, como bumba meu boi, congada e jongo, jogos como xadrez e damas nordestinos, e serigrafias que reproduzem algumas das manifestações folclóricas, além do destaque especial desta edição da tradicional exposição: as carrancas. 

Carrancas

As carrancas, destaques desta edição da tradicional exposição, ao mesmo tempo que assustam, são vistas como amuletos de proteção (Foto: Divulgação)


Estas esculturas com forma humana ou animal, exageradas nas feições, têm sua origem bastante discutida. No Brasil, foram utilizadas, a princípio, na proa das embarcações que navegavam pelo Rio São Francisco para espantar maus espíritos e proteger contra os naufrágios. Com o passar dos anos, as carrancas foram se popularizando, tornando-se amuletos de proteção em diferentes situações e podendo ser encontradas em diversas versões. Entre as mais famosas estão as estátuas colocadas na frente das casas ou de diferentes espaços. 

Quem visita esta edição da exposição folclórica se depara primeiramente com uma carranca, colocada na entrada da mostra, evocando seu sentido original de proteção. Dentre as várias carrancas que podem ser conferidas, recebe enfoque a produção de Ana Leopoldina dos Santos, mais conhecida como Ana das Carrancas, importante artesã ceramista pernambucana que, em 2006, recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco. 

A exposição pode ser visitada de segunda a sexta, das 10h às 19h, no Forum da Cultura, na Rua Santo Antônio 1112, no Centro. A entrada é franca. A mostra conta também com repercussão nos perfis do espaço no Instagram e no Facebook. 

Outras informações
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