Visando a conscientização da população quanto aos procedimentos corretos no uso de fármacos, a Faculdade de Farmácia da UFJF, em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora, promove uma ação focada na saúde da mulher para o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, celebrado no dia 5 de maio. O evento, aberto ao público, acontece nesta quinta, 5, no Pam Marechal, no centro de Juiz de Fora, das 9h ao meio-dia.

Apesar de ser tradicional da cultura do brasileiro, a automedicação envolve riscos graves à saúde e consequências irreparáveis ao meio ambiente, no caso do descarte indevido das substâncias inutilizadas. Para tratar desse assunto, ao longo da programação, serão identificados para participarem de um jogo pacientes que fazem uso de medicamentos. Eles serão divididos em grupos e, por meio de perguntas e respostas, os profissionais da Saúde irão passar instruções e conceitos relacionados ao uso racional dos medicamentos.

No segundo espaço do evento, será realizada uma abordagem centrada no paciente, com aferição de pressão arterial e identificação de queixas. Na terceira etapa, aquelas pessoas que sinalizam uma possível carência de informações mais específicas ao longo das primeiras estações serão orientadas sobre a medicação pelos profissionais. 

Perigos da automedicação

O professor da Faculdade de Farmácia e um dos organizadores da ação, Maurílio Cazarim, explica que os medicamentos podem passar de aliados a inimigos se utilizados de maneira indevida. “Os problemas relacionados à farmacoterapia (PRFs) são causa, muitas vezes, do uso não racional de medicamentos, inclusive a automedicação aumenta muito a prevalência de PRFs. Eles podem gerar graves consequências à saúde do paciente, ocasionando o agravo de algumas condições clínicas ou até mesmo o surgimento de outras comorbidades”.

Para o pesquisador, o problema da automedicação pode ser combatido por meio da educação sobre saúde. Isso passa por informar ao usuário do sistema de saúde sobre os cuidados e os riscos que os medicamentos causam, como também da gravidade do uso inapropriado. “Outra forma de prevenção é a consulta farmacêutica para o acompanhamento farmacoterapêutico, por meio do qual o paciente é acompanhado e orientado”. 

De acordo com a regulamentação legal, apenas profissionais de saúde podem prescrever medicamentos. Além dos médicos, dentistas e enfermeiros estão aptos à atividade. Em determinados casos e localidades, inclui-se também os farmacêuticos, nutricionistas e os médicos veterinários.