A pesquisadora Maria Elisa Caputo Ferreira, da Universidade Federal de Fora (UFJF), está entre os 50 cientistas mais influentes da América Latina no campo da Educação. A informação é referente ao ano de 2022 e foi divulgada pela plataforma AD Scientific Index, que classifica pesquisadores de acordo com a produtividade e o impacto de publicações científicas. Maria Elisa ocupa a 37ª posição do ranking e também figura na lista dos 50 pesquisadores mais influentes na área de Educação entre os países integrantes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), figurando na 49ª colocação.

Ao todo, 58 pesquisadores da UFJF foram analisados de acordo com os critérios da AD Scientific Index. A plataforma foca no índice h (h-index, em inglês) e no i10. Enquanto o primeiro considera o número de citações recebidas por publicações, o último contabiliza artigos com dez ou mais citações. No geral, foram avaliadas 15.275 instituições – tanto públicas quanto privadas – oriundas de 216 países. Nacionalmente, a UFJF está na 56ª posição entre as 519 universidades ranqueadas. Já entre as universidades da América Latina, ela figura no 115º lugar entre as 1.666 instituições da região; considerando somente as universidades públicas, a UFJF está na 58ª colocação da América Latina. 

Maria Elisa ocupa a 37ª posição do ranking de 50 cientistas mais influentes da América Latina na área de Educação (Foto: Arquivo pessoal)

Reconhecimento pela pesquisa em Educação: “um sonho que não sonhei sozinha”
Sobre a posição de destaque internacional no ranking, Maria Elisa conta que veio em um momento significativo: ela está perto de encerrar seu ciclo como docente e pesquisadora. “Foi uma surpresa muito bem-vinda, estou figurando junto com muitos pesquisadores que eu admiro. E, principalmente, porque estou pedindo a aposentadoria e acredito que todo o meu trabalho tem sido reconhecido, tendo sido citado em 5.203 publicações na área da Educação – 3.506 só nos últimos cinco anos.”

Entre orientações de mestrado e doutorado realizadas desde a fundação do programa de Pós-Graduação da Educação Física e da Psicologia na UFJF, a professora formou cerca de cinquenta pesquisadores ao longo da carreira: mais de quarenta mestres e dez doutores. Além disso, Maria Elisa lidera o grupo de pesquisa “Corpo e diversidade” e coordena o Laboratório de Estudos do Corpo (Labesc). “Ao analisar minha produção científica, me orgulho da liderança do Labesc, um sonho que não sonhei sozinha. Hoje é uma realidade e um espaço físico que usufruímos juntos e que sempre esteve aberto a todos os que queriam e querem, buscavam e buscam estudar, pensar, refletir e pesquisar.” 

“Dentre os artigos mais citados está um dos publicados na revista ‘Reflexão e Crítica’, escrito por mim e mais quatro doutoras, orientadas por mim no Mestrado e Doutorado e integrantes do Labesc. Foram tituladas pela UFJF e estão atuando em outras universidades, inclusive fora do país”, informa Maria Elisa, referenciando o artigo “Scale development: ten main limitations and recommendations to improve future research practices”. “Outro destaque é o livro ‘Educação inclusiva, publicado em 2003 e reimpresso em 2006, fruto do meu doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Tenho muito orgulho deste trabalho porque o tema persiste como atual.”

As principais linhas de pesquisa desenvolvidas por Maria Elisa envolvem estudos sobre imagem corporal e saúde, psicologia aplicada ao esporte e educação física voltada para grupos especiais, abarcando desde jovens com deficiência até pessoas idosas. A pesquisadora é uma das convidadas do próximo episódio do Encontros A3, podcast da Revista A3 da UFJF, de jornalismo científico e cultural. Fique de olho nas atualizações do programa – ele está disponível nas principais plataformas de podcast, como Deezer, Google Podcasts, Apple Podcasts, Spotify, entre outras.

Outras informações:
Grupo de pesquisa “Corpo e diversidade”
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