O Conselho Superior (Consu) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) discutiu nesta quinta-feira, dia 30, a minuta de resolução sobre a retomada gradual das atividades presenciais na instituição. Em reunião extraordinária de pauta única, os conselheiros apreciaram a proposta composta por 25 artigos. A discussão, no entanto, foi encerrada às 18h20, quando atingido o limite de tempo máximo da reunião. 

A votação da minuta continua em nova reunião convocada para esta sexta-feira, dia 1, às 8h30. Essa resolução reúne as demais atividades ainda não contempladas pelos semestres suplementares, atividades de pós-graduação e pesquisa, entre outras, já em andamento na universidade. O texto inclui normativas para unidades acadêmicas e administrativas, considerando o retorno dos servidores (TAEs e professores) e terceirizados ao trabalho presencial, de forma gradual, escalonada e planejada, de acordo com protocolos de biossegurança. 

Ao abrir os trabalhos, o reitor Marcus David informou a todos que foi celebrado um acordo nesta quinta-feira, 30, com o comando da greve sanitária dos técnico-administrativos em educação sobre as condições de trabalho para o retorno das atividades. Assim, com base nesse acordo, a própria administração fez ajustes na redação de alguns artigos.

De início, foram discutidas alterações no primeiro artigo da proposta, deixando clara a possibilidade de retorno, atendendo a protocolos sanitários tanto institucionais quanto específicos de cada unidade. Também foi debatida a autonomia dos conselhos setoriais de Graduação, Pós-graduação e Pesquisa, e Extensão e Cultura. A intenção é que demandas dessas áreas possam ser tratadas em suas respectivas instâncias. 

Na área de Assistência Estudantil, a pró-reitora Cristina Bezerra aproveitou o espaço para dizer que o Restaurante Universitário (RU) vai continuar funcionando apenas com a unidade do campus. O local manterá as regras de distanciamento e escalonamento de horários.

Em relação aos demais auxílios, Cristina lembrou que o setor permanece o atendimento com fluxo contínuo, contemplando aqueles que possuem necessidade comprovada, apesar das limitações do orçamento universitário. Ela também lembrou que o Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI) retorna com os atendimentos regulares, de acordo com a demanda dos alunos com deficiência.

Cristina Bezerra disse que os estudantes assistidos pela Proae (com bolsas e auxílios) receberão máscaras cirúrgicas para voltarem às suas atividades. Maria Edna, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), questionou sobre a possibilidade de acesso a máscaras para todos os alunos, e não apenas aos assistidos.

Em Governador Valadares, Leandro Cardoso, diretor do Instituto de Ciências da Vida, disse que o RU vai funcionar dentro das normas de atendimento considerando a pandemia. Também foi falado sobre o planejamento em relação aos ônibus para atender aos estudantes do campus avançado. Maria Edna comentou sobre a falta de EPIs em Governador Valadares, ao que Cardoso atribuiu a uma questão excepcional já resolvida.

Os ônibus circulares internos no campus sede voltam a funcionar na segunda-feira, 4, inclusive passando pela Faculdade de Comunicação e demais unidades já atendidas pelo semestre suplementar. O reitor Marcus David garantiu a distribuição de EPIs para todos os alunos da saúde que vão para o campo prático, entre eles, máscaras N95 e/ou cirúrgicas, aventais, face shields, etc. Além disso, destacou o imenso esforço envolvido para que o retorno das atividades aconteça mesmo diante do cenário político adverso.

A reunião foi encerrada no início da discussão no 6º artigo da minuta.