Da esquerda para a direita: Jéssica Fairley; a enfermeira do ESF, Eliz; e a coordenadora do NuPqHans, Lúcia Fraga. (Foto: divulgação)

A luta contra a hanseníase no Vale do Rio Doce ganhou um importante reforço esta semana. A médica infectologista da Emory University, Jéssica Fairley, visitou o campus da Universidade Federal de Juiz de Fora em Governador Valadares (UFJF-GV) para dar início às atividades de um projeto desenvolvido em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Hansenologia (NuPqHans), e que vai investigar a transmissibilidade e o diagnóstico precoce da doença na região.

Nesta primeira fase – toda a pesquisa vai durar quatro anos – alguns usuários da unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF) dos bairros valadarenses Jardim Atalaia e Azteca responderam a um questionário com perguntas relacionadas a verminoses, nutrição e dados sociais, demográficos e econômicos. Além disso, o sangue desses pacientes foi coletado e será submetido a exames para detectar a presença de anticorpos contra os antígenos da hanseníase, esquistossomose e de outras verminoses.

Se o teste der positivo, “pode indicar que a pessoa teve ou tem contato com o mycobacterium leprae [causador da doença] e pode ter uma infecção subclínica, e isso a gente vai continuar investigando”, explica a professora da UFJF-GV e coordenadora do NuPqHans, Lúcia Fraga.

Sobre a importância da parceria entre a UFJF e a pesquisadora da universidade americana, Fraga destaca que é muito importante, já que Fairley possui “grande experiência em colaborações internacionais” e, inclusive, colabora com estudos em hanseníase na Etiópia, na África.