Reitor Marcus David (à direita) ressalta os papeis do HU para Juiz fe Fora e região (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Reitor Marcus David (à direita) ressalta os papeis do HU para Juiz fe Fora e região (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Na manhã desse sábado, 4, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) celebrou a inauguração do Centro de Atenção Psicossocial (Caps Liberdade) do Hospital Universitário (HU/Ebserh). O novo espaço permite uma melhora no acolhimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), no atendimento das mais diferentes complexidades ambulatoriais, além de se configurar como um ambiente rico para o desenvolvimento do tripé universitário de ensino, pesquisa e extensão. A solenidade foi realizada nas dependências do Caps Liberdade.

Atualmente, o Caps Liberdade recebe cerca de 600 pacientes em acompanhamento ambulatorial e outros 120 em tratamentos intensivos. Para acolher as demandas do município e região, a construção conta com espaços amplos para atendimentos e oficinas, além de salas específicas para preceptoria, estudo, reuniões e aulas. O edifício possui 1.351,03 metros quadrados, construídos em dois pavimentos, e foi projetado pelo arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da UFJF, José Gustavo Francis Abdalla.

Simbolismos

Durante a cerimônia de inauguração, o reitor da UFJF, Marcus Vinicius David, fez um agradecimento a todas as equipes envolvidas para que o Caps Liberdade pudesse ser inaugurado. Além disso, enalteceu o trabalho desenvolvido pelos profissionais que nela atuam de forma competente e atenciosa para acolher as demandas sociais.

“Simbolicamente, quando inauguramos este equipamento de saúde mental, isso demonstra o quanto nosso país tem avançado no debate sobre essas questões. O Caps mostra a sensibilidade da UFJF e do HU para trabalhar esse tema fundamental para toda a nossa população”, enfatiza o também presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Ainda segundo David, um outro simbolismo explícito na inauguração se trata da sinalização do esforço realizado pela UFJF, juntamente a Ebserh e deputados federais, para a conclusão da obra do Hospital Universitário, em que vários movimentos têm atuado conjuntamente para a retomada das obras. “Para finalizar, o último símbolo celebrado neste momento é a demonstração que o HU tem papel de formação, porém, não podemos esquecer o quanto somos importantes, não apenas para o nosso município, mas para toda a sociedade e região. A Universidade tem muito orgulho em trabalhar junto a Juiz de Fora”, finaliza o reitor.

Caráter de ensino, pesquisa e extensão

A cerimônia marcou um dia de alegria para o Hospital Universitário, pois representou um trabalho realizado desde o início dos anos 2000. De acordo com o superintendente do HU, Dimas Augusto Carvalho de Araújo, o Caps traz consigo uma proposta de desospitalização e trata do tema de forma mais acolhedora e próxima da população.

“Podemos dizer que o Caps Liberdade, junto ao Caps Casa Viva, foram pioneiros na questão que tange o tratamento de doenças mentais. Sempre houve no HU um cuidado nos atendimentos a essas pessoas, no entanto, por meio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a equipe foi fortalecida, o que possibilitou, juntamente as profissionais de psicologia e psiquiatria, abranger os desafios na formação de estudantes residentes”, enfatizou o superintendente.

Araújo ainda reforçou o caráter de ensino, pesquisa e extensão que perpassam em atividades realizadas pela comunidade acadêmica no Caps. “Aqui nós temos estágios de estudantes da área de saúde, projetos que atendem a comunidade, além de pesquisas de pós-graduação, a nível de mestrado e de doutorado. Essa nova estrutura e expansão, juntamente com a qualificação da equipe do HU, nos projeta para um avanço nas atividades desenvolvidas pela UFJF e essa é a finalidade de um hospital de ensino.”

Saúde e Educação

O presidente da Ebserh, Oswaldo Ferreira, apontou que, apesar da celebração de um avanço de infraestrutura, é importante destacar o trabalho de pessoas qualificadas que possibilitam a promoção da saúde para toda a comunidade. “A Ebserh existe para corrigir problemas que eram encontrados na rede de hospitais. Atualmente, 40 hospitais universitários estão incorporados ao grupo, o que nos faz afirmar que somos a maior rede de saúde pública. Temos 63 mil funcionários que fazem com que o sistema funcione e que fazem toda a diferença na vida dos brasileiros.”

Trabalho conjunto

A secretária de Saúde de Juiz de Fora, Ana Pimentel, reconheceu publicamente, à vice-reitora, Girlene Alves, e ao superintendente do HU-UFJF/Ebserh, Dimas Augusto Carvalho de Araújo, pela ajuda no enfrentamento à pandemia na cidade, por meio de uma parceria consistente entre as instituições. Além disso, ela abordou os benefícios do novo prédio para a região. “Essa obra é um marco para Juiz de Fora. Ela representa o encerramento dos muros da loucura para que pacientes com doenças mentais possam viver a cidade de outras formas.”

Ana também destacou o quanto o novo prédio do Caps demonstra a trajetória realizada pelo SUS em busca de abrir novas portas e experiências para a comunidade. “A construção dos Centros de Atenção Psicossocial marcam a luta antimanicomial. Por meio delas, surge uma lógica de cuidado que sustenta o sistema de saúde. Além disso, é a possibilidade de colocar um serviço já existente dentro do Hospital Universitário e, através dele, fomentar ensino, pesquisa e extensão. Também nos permite ultrapassar os muros da saúde mental que foram aumentados durante a pandemia. Representa o acolhimento em um espaço cuidadoso e com a realização de um trabalho de excelência.”

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