A iniciativa quer estimular as produções artísticas locais e ajudar a construir uma imagem mais positiva do bairro. (Foto: Laura Rodrigues)

Estão abertas as inscrições para o concurso que vai premiar as atividades culturais desenvolvidas por moradores do bairro Turmalina desde o início da pandemia. A premiação é iniciativa de um projeto de extensão em interface com a pesquisa do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora em Governador Valadares (UFJF-GV), o “Turmalinda: um processo de (re)identificação sobre si para além do estigma”. As inscrições vão até o dia 20 deste mês.

O principal objetivo do concurso é “divulgar, engajar, incentivar e valorizar” as manifestações culturais daquela localidade “por meio das construções de seus próprios habitantes”. Além disso, também é uma forma de homenagear as mais de três décadas do bairro valadarense.

Para participar é necessário residir no local e ser maior de doze anos (clique aqui para se inscrever). Serão premiados os primeiros colocados nas categorias dança, música, artes manuais, escrita e habilidades esportivas. Os vencedores serão contemplados com quantia em dinheiro e um kit com brindes ligados ao segmento artístico.

Em caso de dúvidas, basta entrar em contato, por e-mail, com a organização do concurso (turmalindaufjfgv@gmail.com).

Para mais informações, leia o edital.

Sobre o projeto
O projeto “Turmalinda: um processo de (re)identificação sobre si para além do estigma”, responsável pelo concurso, começou em setembro do ano passado. O título, que faz referência ao nome do bairro, busca enfatizar os aspectos positivos da localidade, ainda muito estigmatizada por questões estruturais e, principalmente, pelos altos índices de violência.

Segundo o coordenador do projeto, o professor do curso de Direito do campus Bráulio Magalhães, para que essa concepção de uma nova identidade ocorra é preciso que “as vozes das próprias lideranças jovens do bairro se posicionem e se perguntem mais” sobre local. É que na concepção do docente, “talvez tenha uma visão da cidade para o bairro violento, mas o bairro precisa explicitar, se perceber, se compreender e identificar o que há de bom.”

E o concurso cultural, de acordo com Magalhães, age justamente nesse sentido. “Que isso seja uma porta para que a cidade olhe para o bairro de forma diferente”, enfatiza.