A Semana da Enfermagem deste ano teve início com um evento para convidados no Auditório Gilson Salomão na Unidade Santa Catarina do Hospital Universitário (HU-UFJF/Ebserh).

Agradecimento foi a palavra mais pronunciada na ocasião, para lembrar o trabalho essencial da equipe de enfermagem, principalmente no último ano, com os inúmeros desafios trazidos pela pandemia de Covid-19.

A chefe da Divisão de Enfermagem, Paula Gazola, abriu a cerimônia dizendo que a pandemia obrigou a equipe de enfermagem a adaptar o seu trabalho a uma nova realidade social, e que permanece enfrentando desafios, com o alento a pacientes, familiares e colegas de trabalho, que sofreram com agravos físicos, mentais e sociais. Dessa forma, a Semana da Enfermagem tem início com esse momento de homenagear os profissionais de enfermagem que atuaram em várias frentes durante a pandemia: assistência, ensino, gestão, superintendência e reitoria. “São profissionais que se destacam pela liderança de sucesso e nos mostram a nova cara da enfermagem moderna”, enfatizou.

O gerente de Atenção à Saúde, Sérgio Pinto, também parabenizou os profissionais de enfermagem, lembrando das dificuldades vivenciadas e dos muitos obstáculos trazidos pela pandemia. Mas destacou o bom trabalho realizado pelo HU, e que é importante toda a equipe permanecer unida diante desse desafio de saúde pública.

Dimas Araújo, superintendente do Hospital Universitário, parabenizou e agradeceu a equipe de enfermagem da instituição pela disponibilidade no enfrentamento à pandemia de forma qualificada. “A Covid-19 é uma doença de muitas incertezas e, desde o início desse período, que talvez seja o mais grave momento de nossa vida pessoal e profissional, a equipe do HU se mostrou disponível, apesar do medo e dos riscos de contaminação. A pandemia atingiu o ensino, as residências, o atendimento aos usuários, mas desde o início existiu a preocupação da instituição em garantir a segurança de todos, não houve ruptura de estoques, e hoje estamos enfrentando melhor a situação, a partir dos conhecimentos adquiridos, e os profissionais já foram vacinados”, ressaltou.

O superintendente estendeu os agradecimentos à UFJF e à Ebserh, pelo apoio recebido. Lembrou dos exames PCR realizados pela Universidade e o trabalho em rede e em sincronia da Ebserh, com os HUs se mobilizando em se ajudar e a direção da Sede, fornecendo o necessário, como por exemplo as contratações emergenciais.

Virtualmente, o diretor da Faculdade de Enfermagem, professor Marcelo Alves, destacou a profissão de enfermagem para além dos cuidados médicos e hospitalares, mas como a profissão da prevenção, da promoção e da vida. Segundo ele, a enfermagem como prática social enxerga o outro além da doença: “Temos muito a contribuir no trabalho de prevenção e promoção à saúde. Agora precisamos começar a pensar em como vamos atuar para amenizar as questões que se colocam com a situação dos determinantes de saúde, que ficaram comprometidos durante a pandemia, como o agravamento da situação socioeconômica”.

Outra convidada que fez exposição virtualmente foi a superintendente do Hospital Universitário do Maranhão, Joyce Lages. De acordo com ela, nunca tivemos a necessidade de estar tão unidos para cuidar, e cuidar bem, salvando vidas. Fomos desafiados pela doença, que trouxe medo de contaminação dos profissionais e familiares, as condições de trabalho da mesma forma foram desafiantes, mas sairemos diferentes e melhores após a pandemia, seja pelo modo de assistir, seja pelas práticas de ensino e gestão, com muitos talentos descobertos. “A enfermagem não é só do hospital, é da rua, é aquela que previne e educa, e neste momento o mundo conhece esses profissionais e eles precisam ser valorizados pelo trabalho que fazem”, pontuou.

Para Joyce, este é um momento de fortalecer a prática profissional, e para os alunos, há a possibilidade única de aprendizado, seja em relação à promoção de saúde, seja relativo a valores éticos e morais. “O reconhecimento da profissão deve permanecer, pois o mundo conheceu de fato o que faz e a importância do profissional de enfermagem”, concluiu.

Encerrando a cerimônia, a vice-reitora da UFJF, Girlene da Silva, que esteve presencialmente do auditório Gilson Salomão, destacou o reconhecimento do SUS durante a pandemia e da Universidade, e que tal reconhecimento é fundamental. Assim como é fundamental o reconhecimento da categoria de enfermeiras (os). A vice-reitora lembrou as vidas perdidas pela Covid, “num momento em que muitos insistem em não valorizar a Ciência, nossa missão não é só de benevolência, mas de compromisso com a vida e com o cuidar. O Hospital Universitário tem dado contribuição importante e juntos nosso trabalho será mais suave”, pontua.

A vice-reitora foi homenageada, assim como o professor Marcelo Alves e a superintendente Joyce Lages. Duas enfermeiras do HU-UFJF também receberam homenagens, por representarem exemplo de dedicação e trabalho nos esforços de combate à Covid.

“Eu fiquei muito feliz e surpresa. Trabalho aqui no HU há 17 anos e estou aqui na equipe do Covid tentando contribuir da melhor maneira possível desde o começo. É muito gratificante receber uma homenagem na Semana da Enfermagem, porque a gente sabe que o nosso trabalho fez a diferença na pandemia”, afirma a técnica de enfermagem Priscila Regina Dias. Perguntada sobre o que significa ser enfermeira, ela diz ser muito bom: “é importante a gente estar disposta a ajudar e cuidar, a gente se reinventa sempre”.

Outra enfermeira homenageada, Marina Abreu diz ter ficado igualmente feliz com a homenagem: “a gente espera sempre um reconhecimento da equipe, porque na verdade nós somos um grão entre os vários profissionais envolvidos desde o começo. A gente não sabe nem quando vai acabar, ficamos sempre na expectativa de que as coisas estão melhorando e a gente não desiste”. Ser enfermeira para ela é “ter uma possibilidade de estar na frente do cuidado, na tentativa de trazer, de uma forma positiva, tanto conhecimento técnico-científico quanto conhecimento de humanização. A gente não substitui a família, mas um toque que a gente pode dar em um paciente ou um apoio à equipe são importantes, acho que o profissional de enfermagem e a equipe como um todo nessa pandemia são essenciais, porque a Covid é uma doença muito solitária. Estamos aqui fazendo papel de família, de psicólogo e de outros profissionais que não podem estar no ambiente Covid”, finaliza.

Outras informações:

Assessoria de Imprensa HU/UFJF: (32) 4009-5373 e 4009-5393