Modalidade tende a ganhar papel de destaque no pós-pandemia (Foto: Elisa Chediak/UFJF)

Há tempos realizado por muitas instituições educacionais, especialmente universidades, é esperado que o ensino híbrido ganhe papel de destaque quando superarmos este momento de pandemia.

O ensino híbrido acontece quando se mescla períodos on-line com períodos presenciais na educação. Para a sua realização é necessário que, além da estrutura para a educação presencial, sejam estabelecidas condições, em nível de gestão e de ensino e aprendizagem, de disponibilização de recursos materiais, como equipamentos e acesso à rede, tanto para as instituições como para os estudantes.

Segundo a coordenadora da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e coordenadora-geral do Centro de Educação a Distância (Cead) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Eliane Medeiros Borges, para ocorrer o ensino híbrido, deve haver ainda suporte tecnológico e pedagógico permanentes, bem como formação em tecnologias e educação para os professores e demais profissionais envolvidos.

O uso de tecnologias na educação promove mudanças no tempo e no espaço em que professores e alunos atuam, permitindo a organização dos processos de ensino e aprendizagem de maneira mais dinâmica e mais adequada às necessidades dos estudantes. Também permite a utilização de diversas linguagens, potencializando os processos pedagógicos.

Como impacto, entre outros, a modalidade exige mais envolvimento do professor, que deve aprender novas habilidades, e reconfigura os modos como os alunos estudam e aprendem, estimulando-os a desenvolver maior autonomia.

Eliane Borges explica que a centralidade do aluno em contexto de ensino híbrido pode ser realizada por meio do uso de metodologias ativas nos processos pedagógicos, o que será sempre por iniciativa do professor. “A simples utilização de tecnologias não garante, por si só, novas pedagogias. Após a pandemia, com certeza caminharemos mais fortemente para a educação híbrida”, conclui.