Com o resultado, Universidade sobe nove posições em relação à avaliação anterior e é a 91ª mais bem avaliada entre 2.070 instituições (Foto: Caíque Cahon/UFJF)

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) obteve conceito 4 no Índice Geral dos Cursos (IGC), divulgado, nesta sexta-feira, 23, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC). A nota máxima que pode ser atingida é 5. 

Foram avaliadas 2.070 instituições públicas e privadas, considerando os cursos avaliados no triênio 2017-2019. A UFJF está no grupo dos 71% de instituições de ensino superior que atingiram os conceitos 4 e 5 do indicador. O IGC é calculado com base nos Conceitos Preliminares dos Cursos (CPC), além de conceitos de cursos de mestrado e doutorado obtidos por meio de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

UFJF apresenta evolução contínua
Segundo o estudo, a UFJF é a 91ª instituição mais bem avaliada do país. Na avaliação anterior, de 2018, ela ocupava a centésima posição. Entre as universidades públicas federais, a UFJF passou a ser a 22ª mais bem colocada (era a 23ª em 2018), sendo a quinta melhor do estado, ficando atrás das universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Viçosa (UFV), Lavras (UFLA) e Uberlândia (UFU).

Para a diretora de Avaliação Institucional da UFJF, Michèle Farage, o resultado confirma a qualidade da Graduação e da Pós-graduação na Universidade. “Muito embora a avaliação oficial do MEC não tenha caráter classificatório, é inevitável observar que a UFJF obteve um aumento no IGC contínuo, em comparação com o ano de 2018, e manteve-se entre as melhores instituições do estado e do país.”

Segundo Michèle, a Diretoria de Avaliação Institucional (Diavi), em apoio à Comissão Própria de Avaliação (CPA) e aos demais setores administrativos da UFJF, tem buscado, gradualmente, sensibilizar a comunidade acadêmica para a importância da avaliação como instrumento de autoconhecimento, a fim de identificar os pontos a melhorar e buscar a excelência. “Ainda que estejamos em um contexto de tanta dificuldade, um resultado como este nos dá a tranquilidade de mostrar à sociedade que somos uma instituição pública de qualidade.”

Para o cálculo das 2.070 instituições de educação superior no IGC 2019, foram considerados os resultados do Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 24.145 cursos, avaliados entre 2017 e 2019, e os dados de 4.679 programas de mestrado e doutorado, oferecidos pelas instituições em 2019.

O IGC
Como indicador de qualidade, o IGC integra o conjunto de procedimentos e instrumentos diversificados que avalia as instituições de ensino, de acordo com o que prevê a Lei do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Nesse sentido, o índice tem relação direta com o ciclo avaliativo do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que mensura, entre outros aspectos, o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação. Para ter o IGC calculado, a instituição deve possuir, no mínimo, uma graduação com Conceito Preliminar de Curso (CPC) atribuído no triênio de referência do Enade. De 2017 a 2019, o Exame avaliou cursos de cem áreas do conhecimento.

De acordo com o pró-reitor de Graduação da UFJF, Cassiano Caon Amorim, os cortes orçamentários que as universidades públicas vêm sofrendo nos últimos anos podem afetar o desempenho, diretamente, nas próximas avaliações, ou seja, na qualidade do ensino oferecido à sociedade. “Nesse momento em que as instituições de ensino superior passam por profundos cortes nos seus orçamentos e, no caso da UFJF, esses cortes repercutem de forma muito incisiva nas bolsas, principalmente na graduação, eles podem comprometer futuramente as avaliações que o Inep faz desses cursos.”

No cálculo do IGC 2019, além do CPC, também foram consideradas informações dos programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). Segundo o MEC, os resultados da edição de 2019 foram calculados, em 2021, em função de uma nova coleta de dados relacionada justamente aos programas de pós-graduação stricto sensu. Um segundo processo de coleta desses dados (Recoleta) foi adotado pela Capes ao final de 2020 e permitiu ao Inep o uso de informações mais atualizadas referentes aos programas de mestrado e doutorado ofertados pelas instituições de ensino superior em 2019.