O campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV) recebeu na última quinta-feira, 4, equipamentos de proteção individual (EPIs) para serem distribuídos entre servidores e estudantes que desenvolvem atividades presenciais durante a pandemia de Covid-19. O material será utilizado principalmente por discentes do curso de Medicina que retomarão as atividades presenciais.

Chegaram de Juiz de Fora 140 caixas de luva para procedimento não-cirúrgico tamanho M (14 mil unidades); 60 caixas de luva para procedimento não-cirúrgico tamanho P (6 mil unidades); 96 caixas de máscara cirúrgica de uso descartável (4,8 mil unidades); 290 unidades de máscara N95; 150 unidades de protetor facial (FACE SHIELD); e 45 caixas de avental descartável (450 unidades).

De acordo com Marcos Tanure, pró-reitor de infraestrutura e gestão, o envio dos EPIs representa um importante avanço. “A entrega dos EPIs ocorreu dentro da programação para retorno das atividades dos alunos do curso de Medicina do campus Governador Valadares, a partir das definições dos Protocolos de Biossegurança aprovados pelo Comitê de Monitoramento”.

Em reunião realizada também na última quinta, foram feitas tratativas para a retomada do internato. Participaram da discussão representantes da administração superior, da direção-geral da UFJF-GV, da direção do Instituto de Ciências da Vida (ICV), chefes de departamento e coordenação do curso de Medicina.

De acordo com Ângelo Denadai, diretor do Instituto de Ciências da Vida, há seis meses a universidade está trabalhando intensamente para a retomada dos estágios da Medicina. “Foram inúmeras reuniões e mais de 300 páginas de documentos contendo informações inerentes aos estágios. Um ponto importante sobre a demora em relação ao campus sede é que a estrutura administrativa de GV é bem diferente daquela existente em JF. Por exemplo, em JF, existe uma faculdade de Medicina, com um departamento de internato, ou seja, uma estrutura dedicada aos estágios. Em Valadares, a Medicina está dentro do ICV, uma unidade acadêmica bastante complexa de se gerenciar”.

Ângelo destacou ainda que o ICV tem atuado em diferentes eixos desde o início das discussões sobre o retorno do internato:  atendimento do fluxo de solicitação de retomada de estágios, definido pela Pró-reitoria de Graduação (PROGRAD), envolvendo respostas ao Comitê de Biossegurança e Comissão de Infraestrutura e Saúde da UFJF; aquisição de EPIs para os estudantes (como parte das exigências para atendimento aos protocolos de biossegurança da UFJF); e o entendimento sobre a organização didático-pedagógica para organização dos estágios junto à PROGRAD.  “Conseguimos aprovar o plano de Biossegurança da Medicina, junto às instâncias da UFJF, bem como adquirir uma primeira remessa de EPIs que atenderão aos estudantes da Medicina. Quanto ao último eixo, segundo OFÍCIO/SEI Nº 326/2021/SEC-PROGRAD, a prerrogativa para organização didático-pedagógica dos estágios é da coordenação do Curso, o que já está sendo implementado pelas instâncias colegiadas do curso de Medicina”.

Peterson Andrade, diretor-geral da UFJF-GV, destacou que as últimas reuniões e o recebimento dos EPIs indicam uma perspectiva positiva para o retorno do internato, porém ressaltou que a retomada dos estágios de outros cursos da área da saúde ainda depende da aprovação do Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre o Novo Coronavírus. “Recebemos os EPIs com a perspectiva de retomar os estágios com a biossegurança necessária para a universidade somar aos profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate à pandemia. Sabemos que muitos profissionais estão sobrecarregados e temos muitos estudantes, técnicos e professores capazes de integrar uma força tarefa para a rede de saúde. O retorno depende de aprovação do Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre o Novo Coronavírus UFJF e até o momento somente o curso de Medicina do campus de GV tem sua proposta de retomada aprovada por este Comitê, no dia 27 de janeiro. Esperamos contribuir para a formação de novos profissionais e fortalecer o trabalho da rede de atenção à saúde”.