Ana Carolina Gusmão e Paiva, à direita, defendeu dissertação de mestrado no Programa de Pós-graduação em em Psicologia (Imagem: Reprodução)

Ana Carolina Gusmão e Paiva, à direita, defendeu dissertação de mestrado no Programa de Pós-graduação em em Psicologia (Imagem: Reprodução)

Uma dissertação desenvolvida na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) propõe avaliar os efeitos da intervenção terapêutica em casos de Transtorno de Ansiedade Social (TAS). Por meio de técnicas de Terapia Cognitivo Comportamental em Grupo (TCCG), o objetivo é entender a percepção dos participantes em relação à mudança na ansiedade social após a terapia e observar a possível melhora na qualidade de vida deles. A pesquisa foi realizada pela psicóloga Ana Carolina Gusmão e Paiva, no Programa de Pós-Graduação em Psicologia. 

“O transtorno interfere significativamente na vida do indivíduo, causando prejuízo funcional e até desencadeando outras patologias”, pontua Ana Carolina. Ela explica que o TAS é definido como medo ou ansiedade excessiva em situações sociais que envolvam observação, interação e desempenho e também é conhecido como fobia social ou timidez patológica, sendo o quarto problema de saúde mental mais comum, presente em 5% a 13% da população geral.

A pesquisadora conta que foram realizados dez encontros com foco terapêutico em pessoas com transtorno de ansiedade social entre 18 e 60 anos, a fim de diminuir os sintomas ansiosos e desenvolver habilidades sociais. Após a terapia em grupo, a psicóloga investigou as percepções que os participantes tinham sobre o conceito de qualidade de vida e como a intervenção grupal impactou neste aspecto.

Neste sentido, o estudo revela que o conceito de qualidade de vida é desconhecido ou limitado, de forma que a percepção dos participantes é baseada em suas experiências e necessidades. Segundo a Ana Carolina, ao analisar a qualidade de vida de um grupo ou sujeito, deve-se ir além das questões biológicas e materiais. É necessária uma compreensão diferenciada, com ênfase nas avaliações subjetiva e contextual. “Este projeto torna possível o retorno direto à comunidade sobre os estudos e pesquisas desenvolvidas no meio acadêmico, indo além do progresso científico e contribuição de conhecimento, disponibilizando apoio social e psicológico”, destaca. 

O professor orientador, Lélio Moura Lourenço, reafirma a importância do estudo. Segundo ele, a dissertação abre uma interessante possibilidade de ajuda às pessoas que apresentam ansiedade social e, consequentemente, estão comprometidas no seu desenvolvimento afetivo/profissional. “A interseção entre a intervenção clínica  na comunidade e uma robusta revisão de literatura se somou a uma originalidade técnica em relação a essas intervenções”, finaliza.

Contatos: 

Ana Carolina Gusmão e Paiva – (Mestre):

ac.gusmaoepaiva@gmail.com 

Lélio Moura Lourenço – (Orientador):

lelio.lourenco@ufjf.edu.br 

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Lélio Moura Lourenço – Orientador (UFJF)

Prof. Dr. Gustavo Arja Castañon – (UFJF) 

Prof. Dr. Luís Antônio Monteiro Campos – (Universidade Católica de Petrópolis)

Outras informações: (32) 2102-6321 – Programa de Pós-Graduação em Psicologia