Juiz de Fora está mais próxima de ser habilitada como cidade resiliente no enfrentamento de adversidades (Estela Loth/UFJF)

Em busca de uma cidade mais resiliente, o Núcleo de Atendimento Social da Faculdade de Engenharia (Nasfe) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Prefeitura de Juiz De Fora (PJF) apresentou no último dia 11, o relatório “JF mais resiliente”. O documento contém dados da consulta pública realizada no último workshop do projeto com o objetivo de autoavaliar a  capacidade resiliente da cidade e planejar ações de mapeamento de áreas de riscos.

O Workshop Juiz de Fora Mais Resiliente foi a segunda etapa do processo de habilitação do município ao título de “Cidade Resiliente”, concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU) aos municípios que desenvolvem esforços e demonstram capacidade de resposta a calamidades. Através da aplicação de 47 perguntas aos 247 participantes, foi possível traçar um perfil que indicasse a situação atual da cidade, suas competências e melhorias necessárias para se atingir o ponto máximo no enfrentamento de adversidades.

Para cada uma das 47 perguntas havia classificação de nota, numa escala de zero a três, sendo zero a ausência completa de condições no quesito abordado e três, condição plena cumprida pelo Município. O consolidado da avaliação posiciona a cidade com índice dois de atendimento às medidas relativas à resiliência. Em 30 das 47 questões, ou seja, em 63,8% delas, a avaliação ficou acima de dois. 

Com a entrega deste material ao poder público, a ideia é que se dê continuidade ao processo, uma vez que ele identifica pontos para a definição de um plano de ação. De acordo com a professora da Faculdade de Engenharia e coordenadora do Workshop Juiz de Fora Mais Resiliente, Gislaine dos Santos, é importante entender que os desastres ocorrem em função de vários perigos naturais presentes. 

“Vivemos em uma cidade com contexto de chuvas intensas, onde ocorrem deslizamentos e inundações. Estar preparado e integrado é muito importante para que, em um evento adverso, possamos ter a infraestrutura de ação necessária. Essa é uma construção que precisa da participação de todos, sendo preciso que a comunidade entenda essas ações e possa se preparar e atuar junto com os gestores locais”. 

Gislaine destaca a necessidade de um monitoramento e da continuidade do mapeamento dos dados apresentados. As ações devem ser acompanhadas e monitoradas para ser feito um novo levantamento. “Para se pensar na questão da resiliência é preciso ter continuidade e reforçar a cultura local, fortalecendo a informação para outras cidades. Atualmente são poucas as cidades que trabalham a resiliência, é importante que Juiz de Fora auxilie também os municípios do entorno.”

Outras informações: Desenvolvimento da Resiliência de Comunidades em Área de Risco