Com intuito de promover um diálogo acerca da presença da mulher nas áreas de engenharia, o núcleo Women in Engineering (WIE) do “Institute of Electrical and Electronic Engineers” (IEEE) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), promove no sábado, 12, o bate-papo “Meninas Super Engenheiras”. O evento tem início às 18h via canal do IEE WIE UFJF no Youtube e as inscrições estão abertas.
O bate-papo contará com a presença de seis graduandas dos cursos de Engenharia Civil, Ambiental e Sanitária, Produção, Computacional e Mecânica. A intenção é divulgar os cursos para estudantes do ensino médio interessadas em ingressar na Faculdade de Engenharia. A conversa abordará questões como as disciplinas que são oferecidas em cada curso, como é a área de trabalho em cada engenharia, oportunidades de carreira, indústria, setor público, empreendedorismo e ainda abrirá um espaço para tirar dúvidas dos participantes.
Aos que comparecerem na live, será oferecido um e-book sobre as engenharias da UFJF, com informações como a nota de corte pelo Pism e Sisu, história da Faculdade de Engenharia e indicações de oportunidades e auxílios oferecidos dentro da Universidade, entre outros. Além disso, ao final do bate-papo será realizado um sorteio de orientação vocacional com a psicóloga Ana Paula Oliveira.
Segundo a graduanda em Engenharia Civil e atual presidente do IEEE Women in Engineering (WIE), Mariana Antunes, é importante estreitar o diálogo entre graduandas e vestibulandas. “A engenharia é considerada uma área de atuação majoritariamente masculina. Nos últimos anos o cenário tem mudado, porém ainda há mais homens que mulheres, em campos como elétrica e mecânica. Diante disso, esse bate papo pode colaborar diretamente com essa representatividade, algo muito importante nas carreiras profissionais”.
Segundo a professora conselheira do IEEE Women in Engineering (WIE), Janaína Gonçalves de Oliveira, mesmo que as discrepâncias venham diminuindo, é importante trazer essa discussão em todos os níveis de formação. “Para as alunas de ensino fundamental e médio, é importante mostrar que engenharia, bem como ciências exatas, são sim coisas de menina e menino, para que elas se sintam legítimas nas suas escolhas. Da mesma forma, é importante conversar sobre o tema durante a graduação e no mercado de trabalho, para entendermos as nossas diferenças e a importância pela busca por equidade nas condições de estudo e trabalho”.
IEEE WIE UFJF
O IEEE Women in Engineering é uma das maiores organizações profissionais mundiais dedicadas a apoiar, incentivar e promover meninas e mulheres a seguirem seus interesses acadêmicos nas áreas de ciências e engenharia.
O núcleo surgiu em 2004 e em 2020, o grupo conta com 33 voluntários e 5 projetos ativos, a saber Circuito Científico e Mutirão Tecnológico, que se tornaram Projetos de Extensão da UFJF, De Engenheira para Futura Engenheira, WIETech e Motiva WIE. Esse último é o responsável pela iniciativa “Bate papo: Meninas Super Engenheiras”. O IEEE WIE UFJF como um todo recebeu 9 prêmios nacionais e 2 prêmios internacionais nos últimos 2 anos, sendo que em 2020 conquistou o concurso de melhor Grupo de Afinidade IEEE WIE do Brasil.
Janaína de Oliveira afirma que, “o WIE UFJF se apresenta como uma grupo de apoio, extremamente bem estruturado e gerido, que promove formação complementar de alto nível às meninas e meninos envolvidos. Essa formação vai desde suporte psicológico a fortalecimento técnico, passando por inúmeros projetos de extensão voltados para fortalecer a presença das mulheres em áreas de ciências e tecnologia”.
Durante o período de isolamento social, o WIE UFJF já realizou duas lives pelo Instagram, sendo uma sobre os grupos IEEE Women in Engineering Brasil, que está disponível na página @ieeewieufjf, e outra sobre Violência de Gênero, na página do Mutirão Tecnológico, @mutiraotecnologico.
O projeto Motiva WIE, responsável pela live de sábado, tem histórico de projetos bem sucedidos dentro e fora da comunidade acadêmica, como o Mamãe WIE, que trouxe graduandas e graduadas que engravidaram durante a graduação e conseguiram continuar com o curso. Essa iniciativa atingiu mais de 7 mil pessoas nas redes sociais.