Alan Roger José Maria analisou a sexarca em adolescentes do gênero feminino, de 14 a 19 anos (Imagem: Reprodução)

Alan Roger José Maria analisou a sexarca em adolescentes do gênero feminino, de 14 a 19 anos (Imagem: Reprodução)

Uma pesquisa realizada por um aluno de mestrado do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apontou que adolescentes juiz-foranas têm a primeira relação sexual mais cedo do que a média nacional. O estudo foi feito pelo pesquisador Alan Roger José Maria e analisou aspectos da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes do gênero feminino, de 14 a 19 anos, matriculadas em escolas públicas de Juiz de Fora. 

A pesquisa de José Maria deu ênfase aos aspectos da sexarca – primeira relação sexual – e à utilização de métodos contraceptivos nas relações sexuais. O levantamento aponta um aumento da frequência de sexarca e um decréscimo na idade da primeira relação sexual, em comparação a outros estudos com adolescentes brasileiras. Constatou-se, ainda, um decréscimo na utilização de preservativos entre a primeira e a última relação e um aumento na utilização de outros métodos contraceptivos neste mesmo período. 

Segundo o pesquisador, os resultados chamam atenção, pois quando as adolescentes foram questionadas acerca de quais eram as principais fontes de informação sobre prevenção de gravidez, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e utilização de preservativos, o serviço de saúde teve baixíssima relevância, o que indica inabilidade das políticas vigentes em alcançar e conscientizar o público adolescente de maneira mais efetiva. 

A orientadora do trabalho, professora Michele Pereira Netto, destaca os dados encontrados na avaliação das quase 500 adolescentes. “Vimos que 44,1% já tiveram relações sexuais; destas, 1/3 iniciaram a vida sexual com 14 anos ou menos.” Além disso, ela ressalta as questões da sexarca precoce, do uso de preservativo e a autoestima se associaram a outros comportamentos de risco, como embriaguez, uso de tabaco e baixa utilização de serviços de saúde. “Diante desse cenário, vemos a importância de ações educativas voltadas especificamente para adolescentes com objetivo de promover a saúde dos mesmos”, finaliza.

Saúde sexual e autoestima

Em uma das partes do trabalho, os aspectos analisados foram cruzados com a questão da autoestima, considerada na pesquisa como o entendimento que o indivíduo tem de suas características frente à sociedade. De forma geral, observou-se uma associação entre os aspectos de saúde sexual e reprodutiva e a autoestima. “Os resultados encontrados na pesquisa indicam que existe uma relação entre a saúde sexual e reprodutiva e a autoestima, contudo tal relação não foi elucidada a fundo e carece de mais estudos.”

Contatos:
Alan Roger José Maria – (mestrando)
alsongz@hotmail.com

Michele Pereira Netto – (orientadora)
michele.netto@ufjf.edu.br

Banca Examinadora:
Prof. Dra. Michele Pereira Netto – (orientadora – UFJF)
Prof. Dra.  Eliane Rodrigues de Faria – (coorientadora – UFJF)
Prof. Dra. Ana Paula Carlos Cândico Mendes – (UFJF)
Prof. Dra. Poliana Cardoso Martins – (UFBA)

Outras Informações: 2102-3830 – Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva