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As palmeiras são uma das Parcelas Permanentes do jardim (Foto: Raul Mourão)

O Laboratório de Ecologia Vegetal da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realiza neste sábado, dia 25, às 16h, uma live que tem como tema “As parcelas permanentes do Jardim Botânico da UFJF”. A atividade conta com a participação de ex-alunos do Programa de Pós-graduação em Ecologia (Pgecol) que desenvolveram estudos no Jardim Botânico e acontecerá no FacebookA mesa-redonda on-line será mediada pelo coordenador do laboratório, Fabrício Alvim Carvalho, responsável por iniciar os primeiros estudos fitossociológicos da vegetação arbórea no Jardim Botânico, desde a aquisição da área pela UFJF, em 2010. O professor também apresentará um breve panorama sobre o que o motivou a fazer esses estudos de vegetação em Juiz de Fora. 

Os convidados são ex-alunos do Pgecol que estiveram presentes nesses primeiros estudos no local. Eles apresentarão como foi a passagem pelo laboratório e a importância da experiência na carreira profissional. Um dos convidados é o professor de Biologia no Instituto Federal de Educação do Sudeste de Minas, campus Juiz de Fora, Cassiano Ribeiro da Fonseca. “O laboratório foi importante na construção dos meus conhecimentos em Ciências, no desenvolvimento da prática de campo e, principalmente, na  Ecologia Vegetal, na Fitossociologia, na Taxonomia e na Estatística. Ainda tenho parceria em projetos do laboratório, além da  publicação de artigos científicos em conjunto.” 

Outro convidado é o vice-diretor do Jardim Botânico da UFJF, Breno Moreira,  que destaca a importância do espaço para o ensino, a pesquisa, a extensão e, também,  para a conservação ambiental. “O Jardim como um todo é uma área extremamente importante em relação a biodiversidade tanto de fauna quanto de flora.Foi um diferencial na minha formação, tive a oportunidade de juntar a teoria à prática, e isso que me direcionou para o ramo da botânica e da ecologia vegetal”.

O evento receberá também o doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Diego Raymundo, que atua na área de Ecologia Vegetal com ênfase em ecologia de comunidades, ecologia funcional, processos demográficos relacionados à florestas impactadas por usinas hidroelétricas e estoque de carbono de comunidades arbóreas.

Parcelas Permanentes 

As Parcelas Permanentes são áreas dentro de uma floresta delimitadas por geoprocessamento. As árvores desses espaços são marcadas com uma placa de identificação e em um determinado prazo essa vegetação é medida de novo e acompanhada ao longo do tempo. Isso possibilita acompanhar a quantidade e a qualidade da árvores, o estoque de carbono e como a floresta está mudando. O Jardim Botânico possui  três hectares de parcelas permanentes, o que equivale a 30 mil metros quadrados. As parcelas permanentes ficam localizadas em diferentes pontos do  jardim devido à variedade de vegetação existente. 

Uma das parcelas permanentes que existe no Jardim Botânico é dominada pela espécie Euterpe edulis, conhecida popularmente como palmiteiro, a qual teve a análise fitossociológica realizada pelo mestre em Ecologia e Conservação, Norberto de Oliveira Neto, que hoje é doutorando em Ecologia na UFU. Neto é também um dos convidados e apresentará trabalhos que desenvolveu quando era mestrando.“Minha passagem pelo laboratório foi muito positiva. Só após a especialização eu tive verdadeiras ferramentas para continuar minha vida profissional em outros projetos pelo Brasil.”

Segundo Carvalho a live faz parte de uma série de outras transmissões e é uma de forma de comemorar os dez anos de existência do Laboratório de Ecologia Vegetal, além de divulgar as diversas linhas de pesquisas desenvolvidas no local. “Quando começamos nossa ideia era entender o que existia lá em termos de variedades e número de espécies, porte das árvores e estrutura da floresta. Os estudos fora ficando arrojados e hoje nós já publicamos nossos artigos em revistas internacionais.”

Acompanhe o Laboratório de Ecologia Vegetal 

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