O grupo Logunan – Pesquisas em Religiosidades Afro-brasileiras e Espiritualidades Ameríndias do Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião (PPCir) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está com inscrições abertas para o encontro virtual – “Atotô Obaluaê, vem nos valer. As respostas das comunidades de terreiro à pandemia”. O evento acontece dia 28 de julho, às 18h, com uma mesa redonda no canal do YouTube e é destinado à toda comunidade. 

A comissão organizadora do projeto é composta pelas professoras da Ciência da Religião Maria Cecília Simões e Sônia Lages. Integram a equipe as doutorandas Kelly Rabello e Raquel Turetti, e a mestra Siloeh Cerqueira, além de outros estudantes. A escolha do tema se dá pela importância de oferecer visibilidade às questões relacionadas aos povos indígenas e às comunidades afro-brasileiras que são socialmente vulneráveis. “Além disso, as comunidades de terreiro e ameríndias vivenciam sistemas baseados no princípio da coletividade, assim, na atual conjuntura de distanciamento social, essas vivências estão sendo ressignificadas”, ressalta Kelly.  A expectativa é de que através dessa interlocução o projeto possa contribuir para o fortalecimento dos espaços de visibilidade desses grupos. 

Logunan

No campo umbandista o “Tempo” é um mistério divino regido por uma Orixá feminina: Logunan. Nessa linha [o tempo] é a deusa responsável por fazer o mundo se mover criando uma correlação entre passado, presente e futuro. De acordo com a religião, Logunan também é a controladora do caos e dos excessos, proporcionando equilíbrio. “A escolha do nome se inspira na necessidade de relação com o tempo de uma maneira peculiar em meio ao atual contexto. Em um grupo idealizado por pesquisadoras, identificamos em Logunan a força e a imponência da deusa para representar nossas lutas diárias”, destaca Maria Cecília. 

A professora Sônia Lages acredita que com a criação do canal no YouTube o grupo de pesquisa Logunan possa contribuir com a aquisição de um conhecimento específico sobre o campo religioso brasileiro e combater o preconceito que essas religiões sofrem na sociedade, “além de minimizar os efeitos do isolamento social, uma vez que as pessoas estarão interagindo com os outros participantes do evento”, complementa. 

Outras informações: Programa de Pós-graduação em  Ciência da Religião

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