Projeto tira dúvidas da população valadarense sobre a doença

O campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV) tem realizado uma série de ações de extensão que buscam não só minimizar os riscos de transmissão pelo novo coronavírus, como também propor alternativas para lidar com os inúmeros reflexos da crise mundial de saúde pública.

As ações propostas por professores, técnicos e estudantes contemplam as oito áreas temáticas da extensão universitária e reforçam o protagonismo extensionista da UFJF-GV.  “Neste momento de bastante incerteza provocada pela pandemia, a extensão universitária tem se desenvolvido com muita expressão em Governador Valadares. Nós estamos repensando, trabalhando as nossas metodologias e instrumentais para ação neste novo contexto, inclusive com a possibilidade de atividades remotas e, ao mesmo tempo, desenvolvendo ações junto à comunidade, respeitando condições de biossegurança, para não romper esse elo que a UFJF-GV tem com as comunidades com as quais trabalha”, destacou a pró-reitora de extensão Ana Lívia Coimbra.

Dentre os projetos, há aqueles criados especialmente para contribuir no combate à pandemia. Um exemplo é o Orienta Covid que através do telefone 0800 042 0506 tira dúvidas da população valadarense sobre a doença. Há ainda outros projetos que já existiam, mas que recentemente passaram a adotar ações que visam reduzir a transmissão da doença. É o caso do “Transformando Vidas” que, em conjunto com o projeto “ACJC-Turmalina”, tem se mobilizado para arrecadar sabonetes que serão distribuídos aos moradores do bairro Turmalina, uma das regiões mais afetadas pelo novo coronavírus no município.

Outro exemplo é o projeto de extensão “A acessibilidade do outro e o dever de todos”, que passou a divulgar em sua conta no instagram uma série de recomendações sobre a covid-19 para pessoas com diferentes tipos de deficiência. “Muitos projetos de extensão precisaram se adequar ao distanciamento social, utilizando as redes sociais como ferramenta de interação com a comunidade, através de lives, videos, debates. Obviamente que nem todo projeto de extensão conseguiu se adaptar dessa forma, mas de maneira geral, avalio tudo de forma muito positiva, porque isso mostra que a Universidade consegue rapidamente se adaptar e continuar desempenhando o seu papel social”, destacou a professora Regina Kelmann, coordenadora do projeto.

Professor Reinaldo Duque e a artista e ativista Maria Gadú, em live promovida pelos projetos NAGÔ e CRDH em parceria com o Instituto Instituto Shirley Djukurnã Krenak (Imagem: reprodução)

Outros projetos buscaram propor alternativas e atuar em conjunto com pessoas que foram afetadas pelos reflexos da pandemia. São os casos dos projetos “Educação financeira no Ensino Médio” e “Suas Finanças: A Educação Financeira na Prática”. O primeiro foi concebido para atuar junto às escolas através de palestras para os estudantes do ensino médio, enquanto o segundo  promoveria palestras e assessoria financeira individual para membros de comunidade, associações de bairros e instituições religiosas. Com a pandemia, e consequente adoção de medidas de isolamento social, os dois projetos não poderiam mais atuar conforme a ideia original, entretanto o quadro econômico resultante da pandemia tornou ainda mais importante ações de difusão da educação financeira na comunidade. “Os dois projetos passaram, conjuntamente, a produzir e divulgar periodicamente conteúdo de educação financeira em meios digitais. Assim, temos publicado em nossas redes sociais (instagram e facebook) informações relativas ao auxílio emergencial do governo, dicas de livros e ações para aumentar a educação financeira do público em geral. Mais recentemente, temos trabalhado na desenvolvimento de um site e um canal no youtube, com o intuito de divulgar uma séries de vídeos sobre o tema”, destacou o professor John Leno Castro dos Santos, um dos idealizadores dos projetos sobre educação financeira.

O professor John complementa ainda que as redes sociais têm sido uma ótima alternativa neste período de isolamento social.  “Precisamos levar a extensão para o ‘lugar’ onde as pessoas estão e interagem, e, no contexto virtual, essas pessoas estão no Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, etc. Pelo menos por enquanto, essa é uma das melhores formas de subsidiar a troca de saberes entre as ações de extensão e a sociedade em geral”.

Sugestões temáticas do CRDH são postadas semanalmente nas redes sociais

E são nas redes sociais que inúmeras ações de extensão têm sido desenvolvidas. O Núcleo de Agroecologia (NAGÔ), por exemplo, tem realizado no instagram uma série de lives sobre culturas tradicionais, arte e biodiversidade.  O projeto Ecos no Cinema transmite semanalmente na plataforma Zoom uma mostra e discussão de determinada obra cinematográfica. Ainda nas redes sociais, a UFJF-GV publica uma série de listas temáticas preparadas por integrantes do programa Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH). São textos, vídeos e podcasts que são opções de distração e aprendizado durante o período de isolamento social.

Estes são apenas alguns exemplos das inúmeras ações que o campus GV promove. Em nosso instagram é possível acompanhar postagens de ações desenvolvidas por estes e outros projetos durante o período da pandemia. “A extensão universitária em Governador Valadares é uma identidade forte da UFJF e, por isso, em um momento tão difícil para toda a população que está na região, não é possível romper este elo que temos construído há tanto tempo e que tem fortalecido os direitos sociais nos territórios em que a UFJF se insere”, concluiu a pró-reitora Ana Lívia.