Encontro na cidade de Santos Dumont visa fomentar economia local (Foto: Caique Cahon/UFJF)

Alimentação é um dos fatores modificáveis no aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis (Foto: Caique Cahon/UFJF)

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) participa de um estudo com outras universidades mineiras para avaliar a influência do padrão alimentar brasileiro sobre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Para contribuir com a pesquisa, egressos da instituição, seja da graduação ou da pós-graduação, respondem a um questionário no site do projeto até o dia 31 de julho.

As DCNT são multifatoriais, se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração. Entre as elas estão as doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, obesidade, diabetes mellitus e neoplasias. Todas são impactadas por fatores de risco modificáveis como tabagismo, falta de atividade física, uso nocivo de álcool e alimentação.

O projeto Coorte de Universidades Mineiras (Cume) é um estudo epidemiológico de delineamento transversal e, na UFJF, está sob coordenação do Departamento de Nutrição. A coleta de dados será feita a cada dois anos e, com os resultados, os pesquisadores podem identificar fatores de proteção e de risco para as essas doenças, elaborando estratégias de promoção à saúde, de prevenção e controle da morbimortalidade.  A pesquisa mantém o sigilo e anonimato sobre os dados coletados, a fim que sejam divulgados somente para fins científicos.

De acordo com a doutoranda da Pós-graduação em Saúde Coletiva, Gabriela Pereira, a participação dos egressos é de extrema importância, pois, apesar do estudo ser aplicado em um grupo com alto grau de esclarecimento, ainda assim, esse conjunto de pessoas apresentam alta prevalência de doenças, destacando a obesidade e a depressão. “As DCNTs são responsáveis por várias mortes e adoecimentos em todo o mundo. A participação desses ex-alunos é fundamental para que possamos construir esse banco de dados, fazer essas análises e esclarecer lacunas no conhecimento” explica.

Dissertações, teses e outros trabalhos dos pesquisadores do Cume já apontam o consumo de alimentos ultraprocessados, que contém muitos ingredientes industrializados, como uma das causas de obesidade. Segundo Gabriela, também há estudos que relacionam o consumo de vitaminas do Complexo B e a obesidade e como a depressão e o ambiente interferem na epidemiologia de doenças crônicas.

Banco de dados

O Projeto Coorte de Universidades Mineiras (Cume) nasceu em decorrência da carência de estudos longitudinais no Brasil que avaliassem o impacto do padrão alimentar brasileiro no desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Neste sentido vem sendo elaborado um grande banco de dados para preencher esta lacuna do conhecimento científico e também fornecer evidências para novas políticas públicas.

Além da UFJF, participam do projeto Cume a Universidade Federal de Viçosa (UFV),  Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),  Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) e Universidade Federal dos Vales de Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). 

Outras informações: 

Site: http://www.projetocume.com.br/ 

Instagram: @projeto_cume 

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