Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 04/06/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/04-06-2020/conheca-historias-da-velha-juiz-de-fora-no-instagram.html

Título: “Conheça histórias da velha Juiz de Fora no Instagram”

Arquivo Central da UFJF e seus colaboradores criam série de posts com relatos sobre fatos e curiosidades da cidade

Para marcar os 170 anos de Juiz de Fora, comemorados no último dia 31 de maio, a equipe do Arquivo Central da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com o Laboratório de Pesquisa em História e Arquivologia (LaphArq) e colaboradores da universidade, prepararam uma série de postagens que homenageiam a cidade com curiosidades, imagens e histórias. “Nós do Arquivo Central temos um acervo muito rico sobre a história da cidade, mas pouco conhecido. Então o Laboratório surgiu como um meio de fazer essa divulgação”, diz a arquivista Alessandra Germano sobre a proposta.

Porém, com o início da pandemia do novo coronavírus, não foi possível realizar a inauguração do espaço. “O LaphArq não foi inaugurado oficialmente, mas não queríamos ficar parados. Então, durante esse isolamento, começamos a entrar com atividades on-line, produzindo “cards” sobre arquivologia e divulgando aos poucos. Com o aniversário da cidade, começamos a trabalhar em depoimentos contando algumas curiosidades para atrair uma visibilidade maior.”

Um dos convidados a contribuir com esses depoimentos é o historiador e professor Clever Salles, que possui grande ligação com a história de Juiz de Fora. “Eu sou nativo e sempre fui apaixonado pela cidade. Quando entrei na faculdade, tive a oportunidade de trabalhar em vários setores da Prefeitura, da Câmara e em projetos da UFJF ligados à história da cidade.”

De acordo com o historiador, os textos foram elaborados pensando em informações que fossem ainda desconhecidas pela maioria. “Como em todo aniversário de Juiz de Fora a gente costuma ouvir as mesmas histórias, eu misturei duas linhas: o pioneirismo da cidade em alguns pontos e a questão dos antigos nomes das ruas. Decidi produzir algo mais ligado a curiosidades, que poucas pessoas sabem, porque achei que isso chamaria mais atenção.” Confira alguma das histórias:

Cristo Redentor

“O Cristo Redentor que fica em Juiz de Fora, ao contrário da maioria dos que existem no país, não tem os braços abertos como a imagem mais famosa e copiada que fica no Rio de Janeiro, por um motivo bem simples: a imagem juiz-forana é mais antiga que a do Rio de Janeiro, tendo sido inaugurada em 1905, enquanto que a imagem carioca foi inaugurada em 1931. O monumento juiz-forano é o primeiro do gênero no país.”

O filho do Mascarenhas

“Outra história interessante é que um dos filhos do Bernardo Mascarenhas passou por uma janela e viu uma moça por quem se apaixonou. Prometeu que se se casasse com ela faria a iluminação do Cristo. Conseguiu e cumpriu a promessa. Ele também construiu o casarão que a gente costuma chamar de “Castelinho da SEG” com piscina aquecida, coisa pioneira na época, para morarem”.

“Nevou” em Juiz de Fora

“A chuva de granizo, acompanhada de uma ventania que derrubou árvores e levantou telhados de algumas casas e comércios, marcou a memória dos juiz-foranos. Durante a chuva, o barulho das pedras de gelo batendo nos telhados era amedrontador, motoristas escondiam seus carros debaixo das marquises, dividindo espaço com pedestres surpresos com o que viam, algumas janelas e telhas não resistiam às ‘pedradas’ e quebravam, passageiros de dentro dos ônibus olhavam espantados pelas janelas. Após a tempestade, o acúmulo de gelo foi tanto que em alguns pontos da Rua Espírito Santo tampava pela metade os pneus dos carros. As pessoas caminhavam com dificuldades, algumas escorregavam no gelo, motoristas já imaginavam o prejuízo, passando a mão sobre o teto dos veículos. Comerciantes e moradores verificavam seus telhados, crianças montavam ‘bonecos de neve’ e eu registrava um dia histórico da minha cidade. Quem presenciou aquela tarde branca tem uma história para contar”.

Saiba mais

Arquivo Central da UFJF – instagram: @arqcentralufjf

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Cidade

Data: 04/06/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/06/04/ufjf-entrega-novo-lote-de-alcool-gel-para-prefeitura-de-juiz-de-fora.ghtml

Título: “UFJF entrega novo lote de álcool gel para Prefeitura de Juiz de Fora”

Este último carregamento, com 200 kg, seguirá para distribuição nas unidades de saúde do município. O material vai reforçar as ações de enfrentamento ao novo coronavírus.

Um novo lote de álcool gel 70 foi entregue nesta quarta-feira (3) para a Prefeitura de Juiz de Fora por profissionais da Farmácia Universitária e o Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICE) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Este é o terceiro e último carregamento entregue pela universidade. Em abril, a instituição fez a doação de 250 quilos de álcool em gel para a administração municipal.

A fabricação, em maior escala dos produtos, foi possível ser doada à Prefeitura, graças a uma rede colaborativa formada por empresários da cidade.

A produção vai beneficiar as ações de enfrentamento ao novo coronavírus em várias unidades de saúde do município, entre elas Hospital Universitário, Hemominas e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

As doações são fruto da parceria firmada, no dia 17 de abril, entre Universidade e a Prefeitura, que recebeu doações de insumos feitas por uma rede colaborativa de empresários do município.

Com a entrega do último lote, de 42 galões (aproximadamente 200 kg), a iniciativa soma mais de 3.200 kg de álcool gel 70, distribuídos semanalmente entre as unidades básicas de Saúde (UBS’s) de Juiz de Fora.

“Finalizamos uma etapa importante do nosso trabalho em relação ao compromisso com a Prefeitura e em tentar apoiar o município no combate à pandemia. A produção se iniciou em meados de abril e, para nós, é uma satisfação muito grande termos empenhado esforços para atender às demandas da sociedade, ressalta o diretor da Faculdade de Farmácia da UFJF, Marcelo Silvério.

Polo

Desde o início da pandemia de Covid-19, a Farmácia Universitária da UFJF tem atuado como um dos polos de produção e distribuição de álcool gel 70 para os serviços de saúde da região.

Nesta produção, além dos profissionais ligados à Farmácia Universitária, estão envolvidos pesquisadores e técnico-administrativos em educação da Faculdade de Farmácia e do Departamento de Química do ICE.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Educação

Data: 04/06/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/04-06-2020/perfis-em-redes-sociais-denunciam-supostas-fraudes-no-ingresso-por-cotas-na-ufjf.html

Título: “Páginas denunciam supostas fraudes no sistema de cotas da UFJF”

Postagens contêm fotos e informações de candidatos que ocuparam vagas reservadas para pretos, pardos e indígenas

Desde o início dessa semana, perfis criados no Twitter e também no Instagram estão recebendo e compartilhando denúncias sobre supostas fraudes cometidas por candidatos no sistema de cotas adotado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), especialmente com relação a vagas reservadas a pretos, pardos e indígenas. Outras contas também apontam possíveis fraudes em outras instituições federais. Em nota publicada nesta quarta-feira (3), após tomar conhecimento sobre a circulação dos dados, a UFJF se posicionou sobre o caso, e reforçou que todas as denúncias chegam até a instituição por meio do canal competente, que é a Ouvidoria, e todas são apuradas.

A equipe da Tribuna tentou contato com as páginas, por meio de seus perfis nas referidas redes sociais, mas não recebeu resposta até o final desta quinta-feira (4). Duas das páginas que traziam informações sobre alunos de Juiz de Fora foram retiradas do ar, também ao longo do dia. Nas postagens feitas em uma delas, os administradores reforçavam que o intuito não é promover o linchamento das pessoas denunciadas, mas procurava o reconhecimento do erro. A página também compartilhou um post feito pela titular da Ouvidoria Especializada em Ações Afirmativas da UFJF, Cristina Bezerra, que indicava o e-mail correto para a manifestação de denúncias: ouvidoriaespecializada.diaaf@ufjf.edu.br.

Na nota publicada nesta quarta, a Universidade explicou que existem duas maneiras de encaminhar as denúncias que chegam via Ouvidoria. A primeira, com a criação de uma comissão de heteroidentificação, que faz a análise do perfil do estudante já durante a realização da matrícula. Nessa abordagem, é verificado se o candidato possui o perfil para a cota na qual se declarou, e é definido ali se ele tem direito ou não.

A segunda maneira trata de casos de denúncias contra estudantes que ingressaram antes da criação dessa comissão. A instituição destacou que apura todas elas, por meio de uma comissão de sindicância. Se a fraude for comprovada, é aberto um processo administrativo, por uma outra comissão, responsável pela investigação. Se a fraude for comprovada, a Universidade cancela a matrícula daqueles cuja fraude foi apurada pelas duas comissões. “Nenhuma das denúncias que chegaram à instituição, pelas vias oficiais, deixou de ser apurada pela Administração Superior”, reiterou a UFJF, no comunicado.

OAB foi acionada e vai analisar situação

Em razão da repercussão das denúncias, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Subsede Juiz de Fora), por meio da Comissão de Promoção da Igualdade Racial, foi contactada pelo Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina da UFJF. De acordo com o presidente da comissão, Luiz Fernando Cunha Júnior, foi pedido que os estudantes façam um levantamento da demanda para que possa ser feita uma análise completa da situação, e que se possa vislumbrar quais medidas podem ser tomadas institucionalmente.

“O posicionamento da OAB, em um primeiro momento, é de entender a real situação, e a partir daí, poder analisar o que for maior. Pode ter acarretado um prejuízo para a comunidade, para diversas pessoas. Temos que tentar fazer tudo de maneira racional e ponderada, para que esses prejuízos não sejam ainda maiores.” Além disso, ele pontua que pessoas que tenham se sentido lesadas podem procurar por advogados particulares, enquanto não há uma medida coletiva. “Por meio deles, o estudante pode pleitear o acesso à informação, aos procedimentos da UFJF e até judicialmente, caso seja do interesse.”

Cuidados ao denunciar

De acordo com o advogado Caio Tirapani, é perceptível a urgência legítima que as pessoas têm de buscar a justiça para casos em que são cometidas fraudes. “No entanto, o que não pode acontecer, é que em busca de corrigir uma injustiça, se cometa outras tantas. Entendo que a exposição das fotos é ilegal, porque não tem autorização dos alunos e, depois, acaba com o propósito de expor uma ou outra pessoa que possa ter fraudado o sistema, no meio de outras que as usam da forma devida.”

Ele salienta que a Ouvidoria Geral da UFJF, a Ouvidoria Especializada e também o Ministério Público Federal são os caminhos para corrigir eventuais injustiças, porque são os canais aptos a verificar as situações de maneira qualificada. “A partir do momento que se publica uma foto, você incrimina a pessoa antes de qualquer tipo de processo e acesso ao que está no entorno dela. Tenho clientes que foram expostos e já estão passando por verificação junto às bancas da UFJF. Somente pelas fotos, é muito difícil avaliar e julgar alguém”, destaca Caio.

O advogado ainda defende que é preciso tornar mais acessíveis os critérios para avaliação das cotas, tanto nos editais, quanto nas leis. “Esse é o caminho para que as cotas alcancem maior efetividade. Não só a cobrança à UFJF, mas também aos gestores públicos, para que os critérios sejam facilmente compreensíveis e não ocorram dúvidas. Quanto mais detalhadas as regras se tornem, mais difícil é cometer a fraude.” No caso de pessoas que tenham se sentido lesadas, Caio aconselha que sejam registradas as postagens e seja feito o contato com as plataformas, para que os conteúdos sejam retirados. Em casos mais graves, outras medidas, como o registro da ocorrência e a busca por reparação judicial também podem ser feitas.

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Veículo: Portal Amirt

Editoria: Educação

Data: 04/06/2020

Link: https://www.portalamirt.com.br/carol/fraudes-no-sistema-de-cotas-da-ufjf-sao-expostos-nas-redes-sociais/

Título: “Fraudes no sistema de cotas da UFJF são expostos nas redes sociais”

No final da tarde dessa quarta-feira (03), começaram a ser expostas em uma conta do Twitter estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Zona da Mata de Minas Gerais, que ingressaram na faculdade através de cotas irregulares, ou seja, cotas que não correspondiam a sua realidade.

A conta, que tem o nome “UFJF Antifraudes”, passou a publicar os dados sobre as cotas dos alunos de diversos cursos, junto com a foto da pessoa, mostrando que as características físicas não correspondiam com o sistema aplicado. A principal denúncia é de estudantes que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas, mas que não correspondiam com a cota referente.

Essas fraudes ocorreram tanto no preenchimento das cotas raciais do Programa de Ingresso Seletivo Misto (PISM) quanto no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A justificativa do perfil sobre a exposição não é para linchar nem cancelar as pessoas, mas sim gerar conscientização e reconhecimento do erro.

Desde 2018, a universidade já vinha recebendo denúncias semelhantes a essas fraudes no sistema de cotas. Sobre a mais recente, a instituição publicou uma nota em seu site oficial se posicionando sobre o assunto. Em um dos trechos, a instituição diz: “A UFJF apura todas as denúncias que chegam a ela pelos canais competentes, no caso, a Ouvidoria. Existem duas maneiras que a Instituição trata essas denúncias que chegam via Ouvidoria. A primeira, com a criação de uma comissão de heteroidentificação, que durante a matrícula faz a análise do perfil desse estudante para saber se ele se enquadra no perfil de cotista ou não do qual ele se declarou, definindo ali se ele tem direito ou não. ”

O caso ainda segue em investigação e não foi divulgado se os alunos perderão suas bolsas ou não.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Educação

Data: 04/06/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/06/04/possiveis-fraudes-no-sistema-de-cotas-da-ufjf-sao-denunciadas-em-perfil-de-rede-social.ghtml

Título: “Possíveis fraudes no sistema de cotas da UFJF são denunciadas em perfil de rede social”

Diversas pessoas publicaram em conta no twitter informações sobre ingresso de estudantes que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas, mas que não se encaixam no sistema. A universidade emitiu nota afirmando que todas as denúncias através da ouvidoria são apuradas.

Desde o fim da tarde de quarta-feira (3), um perfil no Twitter denominado “UFJF Antifraudes” tem contado com publicações contendo inúmeras denúncias de ingresso de estudantes que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas, mas que não se encaixam no sistema de cotas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Em 2018, a universidade Federal de Juiz de Fora recebeu diversas denúncias de fraude no sistema de cotas. Uma das alternativas encontradas na época foi a implantação da Comissão de Verificação das Autodeclarações Étnico-raciais. Estes assuntos já foram alvo de diversas reportagens do G1.

Sobre estas novas denúncias, a reportagem não divulgou a imagem das pessoas citadas, pois o caso está em investigação, conforme nota da UFJF, que se pronunciou sobre o caso e informou que todas feitas através da Ouvidoria são apuradas.(Veja abaixo).

Denúncias

De acordo com as denúncias, as fraudes ocorreram no preenchimento das cotas raciais, tanto no Programa de Ingresso Seletivo Misto (PISM) e quanto no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Conforme as publicações, os estudantes que ingressaram se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas, através de ingressos pelas cotas A e D.

O perfil no Twitter conta com denúncias de alunos e tem publicações com as fotos dos denunciados, além da cota em que cada estudante utilizou para entrar na UFJF e o curso.

O perfil afirmou que a intenção não é “cancelar nem linchar ninguém”, mas sim “gerar conscientização e reconhecimento do erro”. A conta também pede que os internautas denunciem casos semelhantes à Diretoria de Ações Afirmativas da instituição.

Denúncias desde 2018

Desde 2018, a Universidade Federal de Juiz de Fora recebe diversas denúncias de fraude no sistema de cotas. Naquele ano, uma das alternativas encontradas pela instituição foi a implantação da Comissão de Verificação das Autodeclarações Étnico-raciais.

Uma das primeiras ocorreu em julho de 2018, quando uma sindicância da UFJF apurou possíveis casos de fraude no sistema de cotas raciais. Ao todo, a comissão responsável pela investigação analisou 92 denúncias e acolheu 17 delas. Das denúncias acolhidas, mais da metade era referente a alunos do curso de Medicina dos campi Juiz de Fora e Governador Valadares.

Os estudantes foram afastados na época, mas a Justiça Federal concedeu uma liminar para restabelecer a matrícula dos alunos cotistas que haviam sido afastados dos cursos da instituição.

Para a matrícula dos estudantes em 2019, a UFJF criou a Comissão de Comissão de Verificação das Autodeclarações Étnico-raciais para procedimentos de verificação de autodeclaração no momento da matrícula do candidato.

A comissão estabeleceu a seguinte metodologia: durante a matrícula, todos os candidatos que se autodeclararam pretos, pardos e indígenas passam pelas bancas de heteroidentificação, composta por três membros.

Eles tinham a tarefa de verificar se o fenótipo, ou seja o conjunto de características físicas do indivíduo, predominantemente a cor da pele, a textura do cabelo, o formato do rosto, dentre outras características, as quais combinadas ou não, permitem validar ou invalidar a condição étnico-racial afirmada pelo candidato autodeclarado negro (preto ou pardo), para fins de matrícula na UFJF.

Os candidatos que tiveram seus registros indeferidos pelas bancas de heteroidentificação e que recorreram, têm a possibilidade de apresentar documentos que comprovem a etnia ou documentos dos pais.

Além da condição fenotípica, os recursos dos candidatos são avaliados por uma Comissão Específica de Heteroidentificação, composta por cinco membros, que também consideram a ascendência direta.

Os candidatos cujos processos foram indeferidos pela Comissão Específica de Heteroidentificação podem recorrer ao Conselho Superior.

Mais denúncias em 2019

Já em setembro de 2019, o G1 mostrou que a UFJF investigava 56 denúncias de fraude no sistema de cotas. Entretanto, 48 delas não se confirmaram e foram arquivadas durante o processo, todas as demais seguem em análise.

UFJF sobre as novas denúncias

Em nota publicada no site oficial da instituição na noite desta quarta-feira (3), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) emitiu um posicionamento após tomar conhecimento da circulação de postagem no Twitter de possíveis denúncias sobre fraude no sistema de cotas na instituição.

Veja abaixo:

“A UFJF apura todas as denúncias que chegam a ela pelos canais competentes, no caso, a Ouvidoria. Existem duas maneiras que a Instituição trata essas denúncias que chegam via Ouvidoria. A primeira, com a criação de uma comissão de heteroidentificação, que durante a matrícula faz a análise do perfil desse estudante para saber se ele se enquadra no perfil de cotista ou não do qual ele se declarou, definindo ali se ele tem direito ou não.

A segunda, trata dos casos de denúncias contra estudantes que ingressaram antes da criação dessa comissão. A Universidade apura todas elas, através de uma comissão de sindicância. Caso se comprove a fraude, é aberto um processo administrativo por uma outra comissão que investiga e, caso se confirme, a Universidade cancela a matrícula daqueles cuja fraude foi apurada pelas duas comissões.

Nenhuma das denúncias que chegaram à Instituição, pelas vias oficiais, deixou de ser apurada pela Administração Superior.”

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Veículo: Diário do Amapá

Editoria: Educação 

Data: 04/06/2020

Link: https://www.diariodoamapa.com.br/cadernos/cidades/governo-do-estado-apresentara-em-palestra-online-os-resultados-da-avaliacao-da-alfabetizacao-do-amapa-em-2019/

Título: “Governo do Estado apresentará em palestra online os resultados da avaliação da alfabetização do Amapá em 2019”

O webnário será para apresentar os índices de desempenho dos estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental que participaram da avaliação da alfabetização

O Governo do Amapá, em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Universidade de Juíz de Fora, realizará no dia 9 de junho um webinário – palestra educacional online – para apresentar os resultados da avaliação da alfabetização do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Estado do Amapá (Sispaeap), realizada em 2019, na qual foram avaliados estudantes do 2º ano do ensino fundamental, das redes estadual e municipais.

O evento terá a participação de secretários municipais, coordenadores municipais e parceiros do programa Criança Alfabetizada, como a Fundação Lemann, o Instituto Natura e a Associação Bem Comum, além de técnicos e especialistas do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), que ministrarão palestras.

De acordo com a coordenadora estadual do Programa Criança Alfabetizada, Claudia Silva, o objetivo do webnário é provocar reflexão e definição de estratégias que promovam o aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem no Amapá. As ações do programa são desenvolvidas em regime de colaboração entre o Estado e os 16 municípios.

“Os resultados não devem ser impactantes apenas pelos números em si, mas principalmente para direcionarmos o foco para o cuidado na aprendizagem, pois nossos estudantes têm sonhos, e nós, profissionais da educação, temos a responsabilidade de torná-los realidade”, destacou.

O webnário permitirá ainda um olhar atento e dedicado a alfabetização e letramento que certamente irão inspirar ações conjuntas para garantia da aprendizagem, contribuindo para que todas as crianças sejam alfabetizadas no tempo certo.

Programação

  • Abertura: Secretária de Estado da Educação do Amapá, Maria Goreth Sousa;
  • Palestra: A importância da avaliação educacional externa no Brasil – histórico, avanços e desafios – com Lina Kátia Mesquita de Oliveira (Presidente da Fundação CAED/UFJF);
  • Apresentação dos resultados gerais da avaliação do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do AP 2019 – com Lina Kátia Mesquita de Oliveira (Presidente da Fundação CAED/UFJF);
  • Palestra: O uso pedagógico dos resultados da avaliação – com Josiane Toledo (Supervisora de Apoio a Entrega de Resultados)

Perguntas – Inscrições no chat da plataforma Google Meet

Dia: 9 de junho

Horário: 10h

Plataforma: Google Meet

Link: meet.google.com/khv-qvtg-yau

Código de acesso: khv-qvtg-yau

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Educação

Data: 04/06/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/06/04/ufjf-abre-inscricoes-para-minicurso-online-de-ciencia-da-religiao.ghtml

Título: “UFJF abre inscrição para minicurso online de Ciência da Religião”

Os cursos do projeto ‘Religando: cursos de extensão em tempos de pandemia’ conferem certificado, desde que a frequência seja superior a 75% de participação.

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está com inscrições abertas para o projeto “Religando: cursos de extensão em tempos de pandemia”. Os cursos são oferecidos de forma virtual e as inscrições são limitadas e gratuitas.

Os interessados em participarem da ação realizada pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da UFJF, em parceria com o Centro Acadêmico de Ciência da Religião, devem preencher o formulário disponível na internet.

De acordo com a instituição, “o objetivo dos minicursos é transformar o período de distanciamento social em oportunidade de aprendizagem e aprofundamento em temáticas relativas ao estudo da Religião”.

O professor e idealizador do projeto, Frederico Pieper, destacou que a Covid-19 não é uma questão exclusiva da área da saúde, tendo reflexos significativos em diversos outros setores.

“Essa pandemia afeta a política, os comportamentos, as relações entre as pessoas, os modos de vida, a cultura em geral e, claro, a religião. Entender criticamente o lugar da religião nesse processo pode nos ajudar a encontrar alternativas para superar essa situação”, explicou.

Cursos

Serão abordadas quatro temáticas, em dias e horários diferentes. O primeiro minicurso apresenta o tema “Espiritualidade em tempos de pandemia”, ministrado pelo professor Cláudio Ribeiro, nos dias 8, 15 e 22 de junho, das 19h às 20h40.

O segundo, “Variações sobre Rubem Alves”, será ministrado nos dia 9, 16 e 23, das 19h às 20h40, pelos professores Edson Almeida e Gustavo Martins.

“Pentecostalismo, política e conservadorismo”, será o tema do terceiro curso, conduzido pela professora Elisa Rodrigues e por Ana Luíza Gouvêa, nos dias 10, 17 e 24 de junho, das 16h às 17h40.

O minicurso “Religião e necropolítica”, será ministrado por Frederico Pieper e Danilo Mendes, nos dias 11, 18 e 25 de junho, das 15h às 16h40.

Os interessados podem se inscrever em mais de um curso. Os cursos conferem certificado, desde que a frequência seja superior a 75% de participação.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Saúde

Data: 04/06/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/04-06-2020/boletim-estima-que-jf-tera-mais-de-870-casos-de-coronavirus-em-16-de-junho.html

Título: “Boletim estima que JF terá mais de 870 casos de coronavírus em 16 de junho”

Levantamento feito por pesquisadores da UFJF aponta que número de confirmações segue aumentando em JF

Levantamento do grupo de modelagem epidemiológica da Covid-19, formado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), prevê que o número de casos confirmados de Covid-19 no município chegue a 754 no próximo dia 8, considerando os intervalos de previsão. A análise estima, ainda, que em 16 de junho serão 874 confirmações da doença. Os dados constam no quarto boletim semanal, concluído pelo grupo nesta quarta-feira (3).

O documento reiterou, portanto, o cenário epidemiológico já evidenciado nos levantamentos anteriores: apesar de em menor velocidade, a curva de casos confirmados da Covid-19 continua em crescimento na cidade, enquanto a adesão de isolamento social pela população segue em queda. O primeiro documento, divulgado no dia 12 de maio, apresentou taxa de crescimento no número de confirmações de 8% ao dia. No segundo, de 19 de maio, este número havia caído para 4,2%; o terceiro, do dia 26 de maio, apresentou uma taxa de 3,8%. O levantamento mais atual mostra uma taxa de crescimento de 2,8%. Os dados coletados pelo boletim são referentes à última semana, com informações atualizadas até segunda-feira, dia 1° de junho.

“Verificamos uma queda na velocidade da curva de, praticamente, um ponto percentual, mas isso não refletiu uma mudança nas previsões (de número de casos)”, explica um dos autores do estudo, o pesquisador Fernando Colugnati. Conforme Colugnati, os números sugerem que a epidemia segue o mesmo curso apresentado pelo boletim anterior. “Não há muitas novidades nesta semana, além do reajuste das previsões, que, no entanto, não diferem das anteriores em termos dos intervalos de predição apresentados, que representam as incertezas nas estimativas”.

Isolamento social

Ainda conforme o estudo, a taxa de adesão ao isolamento social continua em queda. Essa circunstância é verificada desde 15 de abril até 25 de maio. Em contraponto, observa-se o crescimento das confirmações diárias da Covid-19. “Continua subindo o número de casos e continua caindo o índice de isolamento”, alerta o pesquisador.

Para medir essa taxa de isolamento social, os pesquisadores utilizam indicadores disponibilizados pelo uso de telefones celulares, de modo agregado e sem a identificação dos usuários. De acordo com o grupo, o indicador notifica o percentual de celulares que não saíram de casa.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 05/06/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/05-06-2020/area-degradada-as-margens-da-represa-joao-penido-sera-recuperada.html

Título: “Área degradada às margens da represa João Penido será recuperada”

Projeto está alinhado a demanda do setor de aviação, que busca alternativa para promoção da descarbonização

Por meio do Programa Produtor de Águas (PPA) e da Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata (PbioZM), a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) irá iniciar a recuperação ambiental de 8,6 hectares de área degradada às margens da Represa Dr. João Penido. Além de promover a recuperação do manancial, a iniciativa está alinhada à uma demanda do setor de aviação civil, que busca alternativas para promoção da descarbonização. Integrando a proposta, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) também irá implantar equipamento para produção de biodiesel no Centro Integrado de Ensino, Pesquisa, Extensão, Tecnologia e Cultura (Cieptec) na Região Norte da cidade, a partir da doação do governo britânico, em parceria com a empresa Green Fuels. Os projetos foram anunciados durante transmissão ao vivo na manhã desta sexta-feira (5), na página do Facebook da PJF, em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.

A recuperação ambiental nas margens da Represa João Penido será feita a partir do plantio de 600 mudas de macaúba e 14.300 de outras espécies nativas da Mata Atlântica, representando a primeira ação do Programa Produtor de Águas (PPA) em Juiz de Fora. A iniciativa é resultado da doação de plantas e serviços da empresa Geoflorestas, parceira da Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata (PbioZM). Com isto, Juiz de Fora passa a contar com duas unidades técnicas de demonstração, que é a integração da macaúba com outras espécies nativas e o plantio de agricultura sintrópica (forma de cultivo que conserva a mata natural, associando-a à plantação de culturas alimentares) com consórcio de feijão e milho.

Para a recuperação ambiental e implantação das unidades técnicas, houve a contratação de produtores rurais, a fim de envolvê-los e convertê-los em fiscais da área recuperada. Eles também passarão por treinamento em técnicas de manejo agrícola sustentáveis, a fim de serem multiplicadores do projeto. De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão (Seplag) da PJF, Rômulo Veiga, 70% da formação territorial de Juiz de Fora é composta por zoneamentos rurais. Entretanto, ao longo dos anos, a área rural perdeu parte da matriz econômica da cidade, com baixa contribuição para o PIB e pouca capacidade de geração de emprego. Desta forma, foi identificada a necessidade de uma política pública para atender esses fatores.

“Nós temos uma mesma área que compartilha todas essas demandas. Através do consorciamento do plantio de florestas de biomassa com produção de alimentos, conseguimos gerar empregos nesse setor, a partir da colheita manual da macaúba, e também de produções para atender demandas de abastecimento do município, além de, nas áreas necessárias de recuperação, fazer plantio de florestas nativas”, explica Veiga.

Projeto promove recuperação ambiental e recarga hídrica de mananciais

O Projeto Macaúba Zona da Mata, que promove a recuperação ambiental de áreas degradadas, foi criado a partir da Agenda de Desenvolvimento Econômico da Zona da Mata, contando com a participação da PJF desde 2011. Além da plantação da palmeira macaúba e da agricultura sintrópica, a iniciativa prevê a pecuária de leite e corte. De acordo com a Seplag, o projeto se transformou em oportunidade para o desenvolvimento sustentável regional, por conta da elevada produtividade de óleo e proteína da macaúba, associada à sua alta capacidade em fixar água no solo, promovendo a recarga hídrica dos mananciais.

O óleo da planta vinha sendo testado pela Plataforma Brasileira de Bioquerosene, a fim de utilizá-lo para produção de querosene renovável de aviação. O potencial da macaúba já foi observado, inclusive, pela aviação civil internacional, que vem buscando alternativas para descarbonização do setor, imposta pelo “Esquema de Redução de Emissões da Aviação Civil” (Corsia, na sigla em inglês), das Nações Unidas.

Com as maiores florestas de macaúba no país, o Governo de Minas criou, em 2014, a “Plataforma Mineira de Bioquerosene”. Como a Zona da Mata se destacou no projeto, em 2018, foi criada, também, a “Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata”. A iniciativa visa a desenvolver, na região, cadeia produtiva integrada para produzir bioquerosene de aviação e diesel verde (HVO), utilizando a macaúba como principal insumo.

Para o prefeito Antônio Almas (PSDB), o projeto reflete a capacidade do município em associar o poder público ao privado e à academia, visto as diversas parcerias estabelecidas para  implantação do mesmo. “O enfrentamento das dificuldades socioeconômicas de décadas na Zona da Mata Mineira só será possível com parcerias como essas que celebramos hoje. Vários setores se reúnem e permitem a todos acreditar que poderemos reconstruir um desenvolvimento que seja sustentável, garantindo melhores condições de vida para toda região.”

Participaram também da transmissão o reitor da UFJF, Marcus David; o CEO da Green Fuels, James Hygate; o CEO da Green Fuels para América Latina, Manuel Thompson; o CEO da empresa Acrotech, Felipe Morbi; o CEO  Geoflorestas, Leandro Aranha; o diretor de Combustíveis Renováveis da Gol Linhas Aéreas e da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Pedro Scorza; e o diretor de Políticas Regulatórias da Secretaria Nacional de Aviação Civil, Ricardo Sampaio da Silva Fonseca.

UFJF deve implantar equipamento para produção de biodiesel

Durante a transmissão, foi anunciada a implantação de equipamento para produção de biodiesel no Cieptec, unidade da UFJF a ser criada na Região Norte de Juiz de Fora. Como destacou o reitor da Universidade, Marcus David, a instituição está em tratativas com a Green Fuels para definir o projeto de pesquisa e implantar o equipamento, cedido pelo governo britânico. “Estamos considerando a possibilidade de, talvez, fazer com que essa seja a primeira ação realizada no nosso Centro Integrado de Tecnologia”, diz.

Ainda segundo o reitor, a UFJF também está dialogando com a Agência Alemã de Cooperação Internacional a respeito da viabilidade de instalação de uma unidade experimental para desenvolvimento de querosene de aviação. A iniciativa se enquadra no projeto de um centro de pesquisas sobre combustíveis alternativos sem impactos climáticos.

De acordo com o CEO da Green Fuels para América Latina, Manuel Thompson-Flôres, a planta GSX3, que irá produzir o biocombustível, tem capacidade para três mil litros. Pesquisadores da empresa atuarão juntamente com os da UFJF para o desenvolvimento das análises em Juiz de Fora. “Isso é importante porque vai certificar não somente a qualidade do produto biodiesel, que vem para descarbonizar a frota da Prefeitura (Cesama, Demlurb, Empav, e da frota da própria Universidade), mas também é um passo inicial importante para o próximo segmento, que seria produção de HVO e de bioquerosene no Centro de Pesquisa.”

Ainda conforme Manuel, a planta está finalizada para embarcar. Além do equipamento, a empresa irá doar mais de 10 mil mudas de macaúbas para serem implantadas nas margens da Represa Dr. João Penido, juntamente com as cedidas pela Geoflorestas.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Educação

Data: 05/06/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/06/05/apos-denunciar-possiveis-fraudes-de-cotas-na-ufjf-perfil-em-rede-social-e-apagado.ghtml

Título: “Após denunciar possíveis fraudes de cotas na UFJF, perfil em rede social é apagado”

Dados de estudantes que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas foram publicadas no Twitter; a universidade informou como é feita a apuração dos casos. O G1 conversou com advogado para saber quais as orientações para quem denuncia.

Um dia depois de o G1 ter mostrado que um perfil no Twitter denominado “UFJF Antifraudes” estava publicando inúmeras denúncias de ingresso de estudantes que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas, mas que não se encaixam no sistema de cotas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o perfil foi apagado. Sobre as denúncias, ainda nesta sexta-feira (5), a universidade emitiu uma nota de “como o local apura denúncias de fraudes” e comentou o assunto.

Desde 2018, a Universidade Federal de Juiz de Fora recebe diversas denúncias de fraude no sistema de cotas. Uma das alternativas encontradas na época foi a implantação da Comissão de Verificação das Autodeclarações Étnico-raciais. Estes assuntos já foram alvo de diversas reportagens do G1.

Para entender mais sobre o assunto, o G1 conversou o advogado especialista em direto da tecnologia da informação, Lair de Castro Júnior.

Denúncias

De acordo com as denúncias, as fraudes ocorreram no preenchimento das cotas raciais, tanto no Programa de Ingresso Seletivo Misto (PISM) e quanto no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Conforme as publicações, os estudantes que ingressaram se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas, através de ingressos pelas cotas A e D.

O perfil no Twitter contava com postagens de alunos e tinha publicações com as fotos dos denunciados, além da cota em que cada estudante utilizou para entrar na UFJF e o curso.

Na ocasião, o perfil afirmou que a intenção não era “cancelar nem linchar ninguém”, mas sim “gerar conscientização e reconhecimento do erro”. A conta também pedia que os internautas denunciassem casos semelhantes à Diretoria de Ações Afirmativas da instituição.

Como a UFJF apura?

De acordo com a ouvidora geral da UFJF, Flávia Bastos, as delações sobre as possíveis fraudes devem ser encaminhadas pela plataforma nacional Fala.BR, onde o denunciante pode se identificar ou optar pelo anonimato.

“Todas as denúncias que chegam à ouvidoria são avaliadas. É importante que no ato da declaração, sejam trazidos indícios de materialidade para facilitar o processo como, por exemplo, questões que comprovem a acusação. Muitas vezes, somente o envio de fotos ou a acusação feita pelo autor, fazem com que o processo leve mais tempo por falta de concretude. Quando somos ajudados com mais dados a investigação se torna mais viável”, explicou Flávia.

Conforme a instituição, depois de uma primeira análise pela ouvidoria, a denúncia segue para a Pró-reitoria de Graduação (Prograd), que estabelece a comissão e instaura a sindicância.

Penalidades

As penalidades para estudantes que tentam burlar o sistema variam desde a perda do direito à vaga na UFJF até responder a processo judicial. As investigações das comissões visam a resguardar os direitos das populações de baixa renda, negra e também das pessoas com deficiência, contempladas pela Lei 12.711/2012, a Lei de Cotas, alterada pela Lei 13.409/2016.

Em um vídeo o diretor de Ações Afirmativas, Julvan Moreira de Oliveira, explicou que todas as denúncias que chegam até a UFJF.

E quem denuncia ?

Em entrevista ao G1, o advogado especialista em direto da tecnologia da informação, Lair de Castro Júnior, disse que a melhor opção para fazer uma denúncia é entrar em contato com os órgãos competentes.

“Se a gente expõe uma pessoa, por mais que ela tenha praticado um crime de verdade, é direito dela não ser exposta, antes de ter tido um processo de apuração”, explicou.

Segundo ele, as pessoas que por ventura forem acusadas falsamente de praticarem uma fraude, podem acabar com ações contra quem fez e quem republicou. “Crimes contra honra, calúnia, injúria e difamação”.

Atualmente, existe a Lei 12.737, de 2012, que torna crime a invasão de aparelhos eletrônicos para obtenção de dados particulares.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar (PM) para saber se algum aluno realizou um Boletim de Ocorrência (BO) contra a ação do perfil no Twitter, mas até a última atualização desta matéria, não houve retorno.

Denúncias desde 2018

Desde 2018, a Universidade Federal de Juiz de Fora recebe diversas denúncias de fraude no sistema de cotas. Naquele ano, uma das alternativas encontradas pela instituição foi a implantação da Comissão de Verificação das Autodeclarações Étnico-raciais.

Uma das primeiras ocorreu em julho de 2018, quando uma sindicância da UFJF apurou possíveis casos de fraude no sistema de cotas raciais. Ao todo, a comissão responsável pela investigação analisou 92 denúncias e acolheu 17 delas. Das denúncias acolhidas, mais da metade era referente a alunos do curso de Medicina dos campi Juiz de Fora e Governador Valadares.

Os estudantes foram afastados na época, mas a Justiça Federal concedeu uma liminar para restabelecer a matrícula dos alunos cotistas que haviam sido afastados dos cursos da instituição.

Para a matrícula dos estudantes em 2019, a UFJF criou a Comissão de Comissão de Verificação das Autodeclarações Étnico-raciais para procedimentos de verificação de autodeclaração no momento da matrícula do candidato.

A comissão estabeleceu a seguinte metodologia: durante a matrícula, todos os candidatos que se autodeclararam pretos, pardos e indígenas passam pelas bancas de heteroidentificação, composta por três membros.

Eles tinham a tarefa de verificar se o fenótipo, ou seja o conjunto de características físicas do indivíduo, predominantemente a cor da pele, a textura do cabelo, o formato do rosto, dentre outras características, as quais combinadas ou não, permitem validar ou invalidar a condição étnico-racial afirmada pelo candidato autodeclarado negro (preto ou pardo), para fins de matrícula na UFJF.

Os candidatos que tiveram seus registros indeferidos pelas bancas de heteroidentificação e que recorreram, têm a possibilidade de apresentar documentos que comprovem a etnia ou documentos dos pais.

Além da condição fenotípica, os recursos dos candidatos são avaliados por uma Comissão Específica de Heteroidentificação, composta por cinco membros, que também consideram a ascendência direta.

Os candidatos cujos processos foram indeferidos pela Comissão Específica de Heteroidentificação podem recorrer ao Conselho Superior.

Mais denúncias em 2019

Já em setembro de 2019, o G1 mostrou que a UFJF investigava 56 denúncias de fraude no sistema de cotas. Entretanto, 48 delas não se confirmaram e foram arquivadas durante o processo, todas as demais seguem em análise.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 05/06/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/05-06-2020/pjf-confirma-mais-de-cem-casos-de-covid-19-em-uma-semana.html

Título: “PJF confirma mais de cem casos de Covid-19 em uma semana”

Ao todo, Juiz de Fora registra 718 confirmações da doença. Mais de 620 suspeitas foram notificadas em sete dias

Cento e cinco novos casos de Covid-19 foram confirmados pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) na última semana. Na sexta-feira passada, o município tinha 613 casos confirmados da doença. Nesta sexta (5), o número de confirmações subiu para 718. Conforme boletim do grupo de modelagem epidemiológica da Covid-19, formado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a previsão é de que o número de casos confirmados de Covid-19 em Juiz de Fora aumente ainda mais: de acordo com levantamento, o número de confirmações deve chegar a 754 na próxima segunda-feira (8), e a 874 em 16 de junho.

O boletim epidemiológico da PJF divulgado nesta sexta mostra ainda que 625 notificações de casos suspeitos foram registradas, também em sete dias. Na sexta passada, havia 4.558 casos suspeitos. No levantamento mais recente, o número subiu para 5.183.

Quanto ao número de mortes causadas pela doença, não houve alteração em relação aos dados divulgados na quinta (4). Até o momento, a cidade tem 38 óbitos decorrentes da Covid-19. Além disso, a causa de um óbito, que pode ter relação com a doença, ainda está em investigação. Até então, entre as vítimas fatais do coronavírus no município, 33 eram idosos e cinco pessoas tinham menos de 60 anos.

O boletim é disponibilizado pela Prefeitura no site covid19.pjf.mg.gov.br, criado para divulgar informações sobre o coronavírus. A administração municipal não divulga o número de pacientes curados.

Taxa de ocupação leitos UTI

Informações disponibilizadas pela PJF, por meio do painel gerencial de dados da Covid-19, mostram que até as 18h30 desta sexta, a taxa de ocupação total de leitos UTI na cidade, considerando as 12 unidades hospitalares do município (entre públicas e privadas), era de 66,29%. Em recorte que considerava apenas os equipamentos de cuidados intensivos credenciados ao SUS, o índice de ocupação subia para 74,84%.

O Hospital Regional Doutor João Penido, referência no atendimento a pacientes com Covid-19 de Juiz de Fora e região, tinha, até então, todos os seus 20 leitos UTI ocupados. Todos os pacientes tinham sintomas suspeitos ou diagnóstico já confirmando a doença. Já o Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF) tinha taxa de ocupação de 82,35% na UTI. Dos 17 leitos UTI, cinco estavam com pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19, e nove eram ocupados por pacientes com demais enfermidades.

Os hospitais Pronto Socorro (HPS) e Instituto João Felício também tinham alta taxa de ocupação dos leitos UTI nesta sexta. No HPS, 83,33% dos equipamentos de cuidados intensivos estavam ocupados, ou seja, dez dos 12 disponíveis. Nenhum, no entanto, era por paciente com suspeita ou diagnóstico de coronavírus. Já no João Felício, o índice de ocupação era de 95%. Dezenove dos 20 leitos UTI estavam ocupados por pacientes com outras enfermidades que não a Covid-19. Todos os leitos dos quatro hospitais citados são credenciados via Sistema Único de Saúde (SUS).

Em relação aos leitos de enfermaria, até então, 49,48% estavam ocupados. Ou seja, dos 1.437 equipamentos de enfermaria existentes em toda a rede de saúde de Juiz de Fora, 711 estavam ocupados. Das pessoas internadas em enfermaria, 69 tinham resultado positivo ou aguardavam diagnóstico para a Covid-19. As outras 642 estavam internadas devido a outras enfermidades.

Hospitais privados

Também em relação à taxa de ocupação de leitos de cuidados intensivos, até as 18h30 desta sexta, o Hospital Albert Sabin tinha 17 dos seus 23 leitos UTI ocupados. Ou seja, 73,91%. Destes, oito eram por pacientes diagnosticados ou com suspeita da doença.

Já o índice no Monte Sinai era de 42,55%. Ou seja, 20 dos 47 leitos UTI estavam ocupados, sendo que quatro eram por pacientes suspeitos ou com Covid-19. No Hospital da Unimed Juiz de Fora, a taxa de ocupação de UTI era de 40%. Quatro dos dez leitos estavam ocupado: um tinha paciente com suspeita da doença.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 05/06/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/05-06-2020/diretor-de-acoes-afirmativas-da-ufjf-fala-sobre-denuncias-de-fraudes-nas-cotas.html

Título: “Diretor de Ações Afirmativas da UFJF fala sobre denúncias de fraudes nas cotas”

Julvan Moreira de Oliveira explicou como é feita a apuração de queixas oficializadas na instituição

Depois que perfis no Twitter e no Instagram divulgaram listas com os nomes e fotos de estudantes que supostamente teriam fraudado o sistema de cotas, o titular da Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Julvan Moreira de Oliveira, falou sobre o assunto em um vídeo, lançado no canal “Na Hora do Lanche (em casa)” da UFJF, no Instagram, nessa sexta-feira. A live tinha como objetivo não só elucidar as questões relativas às queixas, mas também discutir o racismo estrutural em um contexto mais amplo, contando com entrevistas com a historiadora Giovana Castro, com a mestranda em Letras e membro do coletivo AfroFlor, Andressa Maria da Silva, e o estudante de Jornalismo e influencer digital, Maycon Nutella.

Julvan reforçou o conteúdo da nota publicada pela UFJF na quarta-feira (3), afirmando que todas as denúncias que são registradas na instituição pela Ouvidoria Especializada em Ações Afirmativas, pela Ouvidoria Geral e até mesmo pela Pró-Reitoria de Graduação são apuradas.

Ele relembrou que as primeiras denúncias foram recebidas pela Universidade em fevereiro de 2018, quando 96 alunos foram denunciados como possíveis autores de fraudes em cotas destinadas a pretos, pardos e indígenas. “Naquela ocasião, o reitor criou, por meio de uma portaria, uma comissão de sindicância que ouviu todos os 96 estudantes e mais três testemunhas, indicadas por cada estudante. Naquele momento, foi verificado que 17 deles tinham fraudado. Foi aberto processo administrativo, que chegou ao Conselho Superior, que decidiu desligar aqueles estudantes.” Ele enfatizou que, em alguns casos, os alunos suspeitos não esperaram o final do processo e se desligaram antes. Outros entraram na Justiça.

Em 2019, para evitar que novos casos pudessem ocorrer, segundo Julvan, foi criada a banca de heteroidentificação, que no ato da matrícula verifica as autodeclarações. “Quando é indeferido, o estudante tem o direito de recorrer. O seu recurso é analisado por uma comissão específica de heteroidentificação, que é formada por cinco membros.” Ele ainda acrescentou que esse grupo de avaliação tem respaldo na Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186 do Supremo Tribunal Federal, que considerou as cotas constitucionais.

Os casos anteriores à composição da banca podem ser denunciados pelos meios citados pelo professor. “É o que legalmente deve ser feito, para que a pessoa tenha direito de defesa. No fim, a UFJF encaminha se desliga ou não o estudante que fraudou.” Julvan explicou que a autodeclaração, que também é alvo de críticas, não é uma posição do Governo brasileiro. Ela foi definida em conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual o Brasil faz parte, em 2001, em Durban, na África do Sul. “Ela discutiu diversidade, tolerância. Os países que participaram tomaram a posição de que a identidade étnica, ou identidade racial, é uma autodeclaração. A pessoa não pode falsificar, assim como acontece com outros documentos, como um RG. Não pode mentir sobre isso.”

O diretor pontuou ainda que o que pode estar causando tantos apontamentos de possíveis fraudes, que não passaram por denúncias formais, é o fato de que a Universidade não publiciza o resultado das ações, para não expor os fraudadores. O resultado do processo é mostrado para a pessoa que entra com a denúncia, mas os nomes não são divulgados nas mídias.

Critérios internos

Sobre o processo de investigação dos casos, Julvan ainda explicou que os critérios foram construídos coletivamente por pesquisadores e são constituídos por meio de pesquisas nas áreas de Antropologia e Direito, justamente, para que não ocorram injustiças. Outro questionamento respondido por Julvan no programa diz respeito à representação de estudantes no processo. Ele afirmou que além dos pesquisadores e dos Técnicos Administrativos em Educação (TAEs), as bancas são formadas por alunos dos cursos de Pós-Graduação da UFJF. Todos, segundo o titular da Diaaf, recebem capacitação antes de atuar nas comissões.

“Todas as denúncias são encaminhadas. Como pesquisador, estive desde 1983 junto com o Movimento Negro. Participei das discussões nacionais. Eu, Julvan, tenho responsabilidade com isso. Desde 1983, quando o Movimento Negro veio brigando pela instalação das cotas no Brasil, eu participei. Tem mão minha nesse projeto de lei. Eu sou um dos mais interessados em que não tenha fraude. Isso é fruto da luta do Movimento Negro. Para mim, a política de ações afirmativas é uma forma de inserção da nossa comunidade negra e da população cada vez maior na sociedade brasileira. Não podemos criar mecanismos que não sejam legais”, defendeu.

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Veículo: Acessa

Editoria: Cidade

Data: 04/06/2020

Link: https://www.acessa.com/saude/arquivo/noticias/2020/06/04-boletim-destaca-queda-isolamento-social-crescimento-casos-covid-19/

Título: “Boletim destaca queda de isolamento social e crescimento de casos de Covid-19 em JF”

O quarto boletim semanal do grupo de modelagem epidemiológica da Covid-19, formado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foi divulgado nesta quarta-feira, 3 de junho. Os dados reiteram a continuidade da queda de isolamento social e a permanência do crescimento da curva de casos do novo coronavírus no município.

Segundo o boletim, a incidência diária de suspeitos continua a se comportar em termos constantes após o dia 5 de maio, enquanto a ocorrência diária de casos confirmados segue em crescimento. O primeiro documento, divulgado no dia 12 de maio, apresentou taxa de crescimento de 8% ao dia. No segundo, de 19 de maio, este número havia caído para 4,2%; o terceiro, do dia 26 de maio, apresentou uma taxa de 3,8%. O boletim mais atual mostra uma taxa de crescimento de 2,8%. “Verificamos uma queda na velocidade da curva, de praticamente um ponto percentual, mas isso não refletiu uma mudança nas previsões”, explica um dos autores do estudo, Fernando Colugnati. Os dados coletados pelo boletim são referentes à última semana, com informações atualizadas até segunda-feira, dia 1° de junho.

Para Colugnati, os números sugerem que a epidemia segue o mesmo curso apresentado pelo boletim anterior. “Não há muitas novidades nesta semana, além do reajuste das previsões, que no entanto não diferem das anteriores em termos dos intervalos de predição apresentados, que representam as incertezas nas estimativas”.

Aumento de casos e queda do isolamento

De acordo com o documento divulgado, a previsão de casos confirmados em Juiz de Fora para o dia 8 de junho, antes em 719, foi reajustada para 754 (ainda dentro dos intervalos de previsão), podendo chegar a 874 casos no dia 16 de junho.

O isolamento social continua em queda desde 15 de abril até o dia 25 de maio. Em contraponto, observa-se o crescimento das confirmações diárias da Covid-19. “Continua subindo o número de casos e continua caindo o índice de isolamento”, alerta o pesquisador.

O boletim utiliza indicador de isolamento social dado pelo uso de telefones celulares. Este indicador, disponibilizado de modo agregado sem a identificação e nenhum número, notifica o percentual de celulares que não saíram de casa.

Plataforma “JF Salvando Todos”

No início de maio, pesquisa do departamento de Estatística da UFJF, coordenada por Marcel Vieira, desenvolveu a plataforma virtual JF Salvando Todos, para o acompanhamento da evolução dos casos de Covid-19 no Brasil. São ilustrados, por meio de gráficos, o avanço de casos suspeitos e confirmados da doença, do número de óbitos e dos quadros descartados. As informações do portal se baseiam nos dados divulgados diariamente pelo Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

A plataforma recebeu atualizações e agora apresenta os casos, óbitos e taxas por regiões de saúde ou por regiões do IBGE, além dos dados de todo o Brasil. A pesquisa pode ser feita por regiões, estados e até municípios. A plataforma também mostra estimativas de taxas de crescimento diário e de tempo para duplicação dos casos e óbitos. Já os boletins informativos e as notas técnicas do Grupo de Modelagem agora terão uma aba específica no site da UFJF.

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Veículo: Hashtag Pop

Editoria: Educação

Data: 05/06/2020

Link: https://hashtagpop.com.br/eventos/ufjf-promove-live-com-debates-sobre-racismo-e-fraudes-nas-cotas-assista/

Título: “UFJF promove live com debates sobre racismo e fraudes nas cotas; assista”

A Universidade Federal de Juiz de Fora, em resposta à mobilização que se espalhou pelo mundo contra o racismo e também em resposta a um perfil criado por terceiros para expor estudantes acusados de fraudar cotas raciais e raciais socioeconômicas na instituição, promoveu nessa sexta-feira (05/06) uma live de debates com professores, alunos e influenciadores. O programa intitulado de “Na Hora Do Lanche”, que normalmente ocorre em outro formato no canal do YouTube, foi adaptado para se adequar ao isolamento social promovido como forma de combater a pandemia do novo coronavírus. A apresentação é feita por Femmenino, estudante da instituição, drag queen, artista visual e DJ.

Nessa semana, foram convidados Julvan Moreira, diretor de Ações Afirmativas da UFJF, Giovanna de Carvalho Castro, professora, historiadora e doutoranda da Universidade, Andrêssa Maria da Silva, mestranda da Universidade e componente do coletivo AfroFlor e Maykon Nutella, estudante de jornalismo e influenciador digital. Os temas foram permeados por racismo, incluindo seus reflexos no dia a dia e sua forma estrutural, além da vivência e sentimentos de pessoas pretas, constantemente vítimas de uma sociedade pautada pela branquitude.

A live foi dividida em três atos devido às questões técnicas e políticas do Instagram, que limita as transmissões a blocos de 60 minutos. Você pode conferi-las aqui:

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Veículo: Acessa

Editoria: Cultura

Data: 04/06/2020

Link: https://www.acessa.com/zonapink/arquivo/2020/06/04-grupo-pesquisa-ufjf-realiza-lives-para-celebrar-mes-orgulho-lgbtt/

Título: “Grupo de pesquisa da UFJF realiza lives para celebrar Mês do Orgulho LGBT”

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (Gesed) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) inicia nesta sexta-feira, 5 de junho, uma série de quatro transmissões ao vivo nas redes sociais. A iniciativa marca o Mês do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros (LGBTT).

As lives serão realizadas sempre às sextas-feiras, às 19h, no Instagram do Gesed. “No mês de maio, nós fizemos uma série de fotos, em preto e branco, com frases que traziam dados da LGBTTfobia e publicamos na conta do Gesed no Instagram e no Facebook. Este mês, vamos fazer quatro lives, todas ocorrerão às sextas-feiras, às 19h, no Instagram. A ideia é convidar quatro pessoas que possam conversar sobre os desafios para a comunidade LGBTT”, explica o coordenador do Gesed e professor da Faculdade de Educação da UFJF, Anderson Ferrari.

Programação

A primeira live será com a convidada do grupo de estudos e pesquisas, a professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Megg Rayara Gomes de Oliveira. “Megg foi a primeira travesti negra doutora em Educação no Brasil. O título da live é: Travesti, preta, doutora e perigosa: subvertendo as normas de raça e de gênero na academia”, destaca Ferrari.

No dia 12 de junho, o debate será com a professora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e atual presidente da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH), Bruna Irineu. “A fala da Bruna ainda não tem título mas vai girar em torno da produção acadêmica do campo das relações de gênero e sexualidade, com foco nas lesbianidades”, explica Ferrari.

No dia 19 de junho, o convidado será o professor Cleyton Feitosa, doutorando em Ciências Políticas pela Universidade de Brasília (UnB). Nesta live, vão ser abordadas as políticas públicas para a comunidade LGBTT e a relação dos grupos LGBTT com o Legislativo.

Já na transmissão ao vivo do dia 26 de junho, o Gesed receberá a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fátima Lima. “Ela vai discutir conosco sobre a necropolítica e os efeitos da pandemia para a comunidade LGBTT”, conclui Ferrari.

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Veículo: Gaúcha ZH

Editoria: Educação

Data: 04/06/2020

Link: https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e-emprego/noticia/2020/06/denuncias-de-fraudes-em-cotas-raciais-na-internet-apontam-para-supostos-alunos-da-ufpel-ckb1dd3ph007x015nku2ja61b.html

Título: “Denúncias de fraudes em cotas raciais na internet apontam para supostos alunos da UFPel ”

Movimento no Twitter ganhou força após manifestações antirracistas nos Estados Unidos

Um movimento surgido no Twitter nesta semana para denunciar pessoas que teriam fraudado o sistema de cotas em universidades públicas aponta para pessoas que supostamente seriam alunas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O movimento, que ganhou corpo com as manifestações antirracistas nos Estados Unidos, tem se alastrado por diferentes perfis na rede social.

Na quarta-feira (3), um perfil chamado “Fraudadores Cota” foi criado para reunir as denúncias, e já havia passado de 100 mil seguidores nas primeiras horas. Nesta quinta-feira (4), entretanto, a conta estava fora do ar. A reportagem contatou o Twitter para verificar se o perfil havia sido removido e aguarda uma resposta.

Um dos alvos conhecidos das denúncias foi a influenciadora digital Larissa Busch, 24 anos. Postagens apontaram que ela teria fraudado o sistema de cota racial na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ao ingressar no curso de comunicação social, em 2014. Na última terça-feira (2), ela admitiu o erro em sua conta pelo Instagram, dizendo ter sido a “pior escolha” da sua vida.

Nos dias que sucederam, dezenas de perfis surgiram para agrupar por Estados ou universidades os apontamentos de estudantes que haviam se declarado pretos, pardos ou indígenas, mas que não se encaixam no sistema. Alguns internautas reclamaram estar sendo perseguidos injustamente ou terem sido vítimas de engano. 

Em um dos perfis mais movimentados, o da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), um dos posts mais compartilhados era de um rapaz dizendo ter sido confundido com alguém que supostamente havia fraudado as cotas, e então exposto no Twitter. A mensagem, em tom de preocupação, havia sido retuitada 102 vezes. 

A conta de denúncias da UFJF também havia saído do ar nesta quinta-feira. Algumas das poucas contas de denúncias ainda ativas eram a de universidades públicas de Pernambuco e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Nas denúncias de supostas fraudes na universidade gaúcha, os suspeitos eram apresentados pelo nome inteiro, com links de suas redes sociais, fotos e o documento de matrícula ou classificação com a indicação das cotas. A universidade informou, nesta sexta-feira (5), que irá apurar as denúncias. “A Universidade vai apurar as novas denúncias com absoluta seriedade e agilidade, como sempre o fez em situações análogas. Para tanto, a UFPel deliberou, na tarde de ontem, a constituição de comissão específica, a fim de investigar essas novas denúncias e propor a adoção das providências que se fizerem necessárias”, diz a nota.

A advogada criminalista Sylvia Urquiza pondera que a divulgação de perfis como “fraudadores de cotas” pode ser considerada crime contra a honra, como calúnia, caso não consigam comprovar a efetiva fraude, ou difamação.

— Quem retuíta, sabendo  falsa a imputação, também pode responder pelo mesmo crime. No entanto, a calúnia, ao contrário dos crimes de difamação e injúria, admite o que se chama de  exceção da verdade, ou seja, quem expôs a fraude pode provar que os fatos são verdadeiros.  A calúnia distingue-se da difamação e da injúria por ofender a honra imputando fato que é criminoso. Mas  não basta simplesmente ser uma afirmação genérica como, por exemplo, dizer que a pessoa é fraudadora. Ao contrário, deve-se esclarecer como e quando aquele ato criminoso foi cometido, com um mínimo de detalhe, o que me parece ser o caso descrito — afirma a advogada.

Ela esclarece que a melhor forma de denunciar eventuais fraudes em cotas é comunicando as autoridades competentes para isso. 

— Sem dúvida que o melhor caminho é buscar as autoridades para fazer uma denúncia de crime. Porém, se os fatos expostos forem verdadeiros, a calúnia permite a prova da verdade como meio de defesa. Já a difamação e a injúria não permitem esse tipo de prova. Por exemplo, se alguém tuitar uma ofensa chamando outro de ladrão (difamação contra a honra objetiva) e imbecil (injuria contra a honra subjetiva), ainda que seja verdade, cometeu os crimes contra a honra. Veja que esses crimes, para que sejam configurados, precisam chegar ao conhecimento de terceiros por ação do ofensor. Não há crime contra honra em troca de mensagens privadas. Se a divulgação da ofensa for feita por meio que permita o conhecimento de muitas pessoas, como o Twitter, o crime é agravado, aumentando-se a pena — explica.

Veja o que diz a UFPel

“Nota da Gestão: A equidade racial importa

Com relação às novas denúncias de fraude no ingresso por cotas na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que vieram ao nosso conhecimento nessa semana, a administração da UFPel vem apresentar as seguintes informações:

  1. As políticas de cotas raciais, de caráter reparatório, são essenciais para promover a equidade racial no Brasil. Na UFPel, além das políticas nacionais de cotas para a graduação e para o acesso de servidores, aprovamos em 2017 um inédito programa de acesso afirmativo para todos os programas de pós-graduação da instituição.
  2. A UFPel já tratou, em outra ocasião, responsavelmente, de denúncias contra o sistema de cotas. Ao final de 2016, uma denúncia amplamente noticiada resultou no cancelamento da matrícula de estudantes de Medicina, cujas vagas foram em 2017 repostas por sujeitos de direito do sistema de cotas raciais, quando a UFPel passou a adotar adequadas formas de heteroidentificação.
  3. O trabalho da UFPel desenvolvido nos processos de heteroidentificação recebeu destaque e baseou o trabalho de diversas outras instituições no país. Em 2018, a UFPel confirmou seu protagonismo na pauta, ao propor e sediar o I Encontro Nacional de Comissões de Heteroidentificação: Desafios e Perspectivas das Ações Afirmativas nas Universidades Brasileiras.

Com base nesse acúmulo, informamos que a Universidade vai apurar as novas denúncias com absoluta seriedade e agilidade, como sempre o fez em situações análogas. Para tanto, a UFPel deliberou, na tarde de ontem, a constituição de comissão específica, a fim de investigar essas novas denúncias e propor a adoção das providências que se fizerem necessárias.”

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