O projeto “Queria que soubessem”, que vai reunir em uma cápsula do tempo, relatos, reflexões, desabafos e alertas das pessoas sobre o período de pandemia em que estamos vivendo, recebeu, nos cinco primeiros dias, 72 cartas. A ideia é que estas impressões viajem no tempo e cheguem intactas ao ano de 2050, quando serão abertas e poderão ser lidas na íntegra.

Responsável pela iniciativa, a Diretoria de Imagem Institucional, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), identifica que 75% das cartas foram escritas por alunos atuais. Os demais 25% estão distribuídos entre servidores e ex-servidores, ex-alunos, participantes de projetos da Universidade e pessoas sem vínculos com a instituição. 

Estudantes e servidores de 31 cursos diferentes escreveram até agora. Destaca-se o número de participantes dos cursos de Medicina e Enfermagem, profissões que lidam na linha de frente da luta contra o Coronavírus, e também os de História, pelo momento que marca uma linha do tempo da humanidade.  

As mulheres vem escrevendo na proporção de duas cartas para cada uma escrita por homem. Mas uma participação chamou atenção. Uma carta é assinada por toda a turma de formandos em Medicina do ano de 1992. 

Até agora, o autor mais velho é nascido em 1962 e o mais novo em 2002. A maioria é de brasileiros, mas há uma pessoa da Nigéria que também escreveu. Dos nascidos no Brasil, há muita gente de Juiz de Fora e região, mas também pessoas de outras partes de Minas Gerais, de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal e Amazonas. 

O projeto é aberto para as pessoas com algum vínculo com a Universidade e para a comunidade em geral. Para participar, basta preencher o formulário e redigir a carta, com tamanho máximo de 30 linhas.O prazo para o envio se estende enquanto durar a pandemia e o estado local de distanciamento social.

Formulário

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