O Brasil é um dos países com maior riqueza de biodiversidade do mundo. De acordo com a Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil/Academia Nacional de Farmácia (ACFB/ANF), apesar das diversas iniciativas, pesquisas e desenvolvimento no âmbito da preservação da natureza e na produção de produtos derivados, os casos de sucesso na exploração coordenada, sustentável e em larga escala ainda são escassos.
Com o intuito de converter, de forma sustentável, o potencial da biodiversidade brasileira em ganhos financeiros e bem-estar social por meio da articulação entre atores dos diversos segmentos do mercado, a ACFB/ANF promove a “Parceria pela Biodiversidade + Inovação (P>B+i)”. O Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) é um dos participantes do projeto.
De acordo com a gerente do NIT, Ana Carolina Vidon, “a participação no projeto possibilita que as pesquisas oriundas da UFJF, que envolvam biodiversidade e inovação, possam obter parcerias para o seu desenvolvimento e licenciamento, permitindo maior probabilidade de inserção mercadológica e melhoria da qualidade de vida da população.”
Fases do projeto
A Parceria pela Biodiversidade + Inovação está estruturada em quatro fases principais. Iniciada em março deste ano, a primeira fase – “Mapeamento de Atores e Interessados” – consiste na identificação de atores e interessados em apresentarem demandas e oportunidades relativas ao desenvolvimento de produtos baseados na biodiversidade. Neste sentido, o NIT da UFJF firmou-se como um dos parceiros do projeto.
Na segunda fase, de “Identificação de Demandas e Ofertas”, prevista para acontecer em julho, serão realizadas entrevistas com os interessados e coleta de informações sobre ofertas e demandas. O objetivo é verificar se existem ofertas de pesquisas em estágio avançado para fins de desenvolvimento conjunto; produtos para licenciamento; serviços analíticos e tecnológicos e compartilhamento de infraestrutura. Além disso, esta fase também analisa as demandas por fornecedores de matérias primas, produtos e serviços; instalações industriais; estudos sobre classes terapêuticas ou segmentos de mercado específicos.
Ambas as fases seguirão em paralelo ao longo do ano. A realização das demais fases dependerá do andamento do projeto, sendo antevisto pelo menos um evento para apresentação de resultados parciais, ainda em 2020.
Por fim, a terceira etapa tem o intuito de aproximar os ofertantes, demandantes e especialistas na intermediação de contatos. Na quarta, a equipe de coordenação da P>B+i buscará apoiar o estabelecimento de parcerias ou consórcios entre as partes. “Será possível uma parceria entre diversos atores (indústrias farmacêuticas, ICT’s, produtores agrícolas, etc.), possibilitando que as pesquisas oriundas da UFJF, que envolvam biodiversidade e inovação, possam obter parcerias para o seu desenvolvimento e licenciamento, permitindo maior probabilidade de inserção mercadológica, e, assim, melhorando a qualidade de vida da população”, esclarece Ana Carolina.
Outras informações:
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