Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 28/04/2020
Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/28-04-2020/jf-tem-a-madrugada-mais-fria-de-2020.html
Título: “JF tem madrugada mais fria de 2020”
Mínima chegou a 13,4 graus por volta das 5h, o menor índice registrado na cidade desde outubro do ano passado
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou em Juiz de Fora, nesta terça-feira (28), a menor temperatura do ano, com 13,4 graus. A mínima foi observada durante a madrugada, por volta das 5h, no equipamento instalado no Campus da UFJF. O índice no termômetro é o mesmo do registrado em 21 de outubro de 2019 e só não é menor que o identificado no dia 13 daquele mesmo mês. Já a temperatura máxima do dia foi de 23,9 graus. Para esta terça, a estimativa é de oscilações entre 12 e 25 graus na cidade.
Massa de ar frio e seco
A baixa temperatura durante a noite é resultado de uma massa de ar frio e seco age sobre parte do Sudeste brasileiro esta semana, deixando o tempo estável, sem chuvas. E uma das características desta condição no tempo é a significativa amplitude térmica, ou seja, a diferença entre as temperaturas mínima e máxima no decorrer de um dia.
Ao longo da semana, a ausência de nuvens deve deixar as madrugadas ainda mais frias na cidade. Entretanto, com a incidência dos raios solares ao longo das tardes, a máxima deve voltar a subir e, gradativamente, marcar até 30 graus nos próximos dias.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Economia
Data: 28/04/2020
Título: “Critt promove palestras virtuais sobre modelos de negócios e coronavírus em Juiz de Fora”
Os eventos são transmitidos gratuitamente pelo perfil do Critt no instagram a partir desta terça-feira (28). Saiba como participar.
O Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realiza nesta semana mais duas edições do “CrittLive” e outra rodada “Critt Talks”.
Os eventos são transmitidos gratuitamente pelo perfil do Critt no instagram e têm como objetivo tratar questões relacionadas ao empreendedorismo, além de abordar os impactos do novo coronavírus.
A segunda edição do CrittLive, que ocorre nesta terça-feira (28), às 16h, abordará questões relativas ao suporte clínico e hospitalar em Juiz de Fora, em virtude da Covid-19.
Já a outra edição do “CrittLive” ocorre na quinta-feira (30) às 17h em comemoração ao Dia Mundial da Propriedade Intelectual e debaterá questões empresariais, relativas ao empreendedorismo, patentes e marcas.
Pra tratar desses assuntos, a conversa ocorre com João Carlos Guedes do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do Critt/UFJF, que atua na redação de patentes e registro de marcas no Critt desde 2014.
Já o “Critt Talks” traz o gerente de empreendedorismo do Critt, Rafael Gonçalves, com o tema Modelagem de negócios para startups com Lean Canvas.
A capacitação, que faz parte da série de cursos e palestras onlines sobre inovação, empreendedorismo, desenvolvimento e propriedade intelectual, acontece na quinta-feira (30), às 14h. Para participar, os interessados devem realizar a inscrição gratuita pelo site.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 28/04/2020
Título: “Vídeo realizado por voluntários estimula doação no Canil Municipal ”
A peça audiovisual passou a ser divulgada, nesta terça-feira, no site da Prefeitura e nas redes sociais do canil
“Por mais que a gente tente cuidar deles da melhor maneira, um canil, um abrigo, não é vida para um animal. Lugar de cachorro e de gato é dentro de um lar com carinho e proteção”, afirma Miriam Neder, gerente do Departamento de Controle Animal do Canil Municipal de Juiz de Fora. Essa afirmativa faz parte da abertura do vídeo, de cerca de 13 minutos de duração, realizado por voluntários com o propósito de estimular doações no Canil Municipal, bem como mostrar a realidade dos animais lá acolhidos.
A peça audiovisual passou a ser divulgada, nesta terça-feira (28), no site da Prefeitura e nas redes sociais do canil (@canilmunicipaljuizdefora). Sua realização é uma obra dos voluntários Laura Helena Amorim e Giovanni Viruez, que atuam no canil há mais de dois anos e cursaram Cinema na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
A ideia para o vídeo resultou da vontade de fazer algo a mais para ajudar nos eventos de adoção.
Dessa forma, a dupla de voluntários juntou solidariedade e conhecimento adquirido na faculdade para fazer o vídeo. “Conversamos com a Miriam (Neder) e achamos que seria bom termos a oportunidade de mostrar para a população em geral como as coisas funcionam lá dentro, já que muita gente não conhece e acha que os animais sofrem maus-tratos lá”, contou Laura, por meio da assessoria de imprensa.
O vídeo tem depoimentos de voluntários e funcionários, relatando como funciona o dia a dia do canil e emocionantes histórias, desde a chegada dos animais até a conquista de um lar. “Não há nenhum recolhimento que seja alegre, porque aquele animal está na rua por abandono ou porque fugiu e ninguém o procurou. Mas muitas dessas histórias terminam com final feliz, e isso nos conforta”, ressalta Miriam Neder, por meio da assessoria.
Segundo o veterinário do canil, Expedito Quintino, a maioria dos recolhimentos é feita devido a atropelamentos: “É média de cinco por semana. Os outros são de cadelas no cio, animais cegos e idosos. Os que têm cinomose também são muito abandonados, porque é doença de custo financeiro alto para ser tratada. Então, muitas pessoas abandonam por causa disso”. A cinomose é doença canina viral, altamente contagiosa, que pode levar à morte ou deixar graves sequelas nos animais.
A produção do vídeo começou em outubro de 2019, e a edição foi concluída este mês. Os equipamentos para a produção foram cedidos pelo Estúdio de Cinema Almeida Fleming. “Achamos que é momento oportuno, já que a pandemia prejudicou o número de adoções e as visitas ao canil”, avaliou Laura.
Para fazer adoção, o interessado poder ligar para o Disque-Adoção pelo telefone 3225-9933.
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Veículo: Carta Capital
Editoria: Brasil
Data: 28/04/2020
Título: “Estudo inédito desfaz mitos sobre os moradores de rua no Brasil”
Pesquisadores de diversas áreas e universidades mapearam, durante quatro anos, aspectos do cotidiano desses cidadãos em oito cidades
Dos vadios que desafiavam a relação senhor-escravo aos andarilhos, homens do saco, loucos varridos, a figura do cidadão sem casa e sem ofício conhecidos teve sempre lugar na vida brasileira. A partir dos anos 50, a urbanização desenfreada — quase nunca acompanhada de educação, saúde, segurança e moradia e empregos ocupáveis pelos mais pobres — fez nascer a figura do morador de rua. Esses indivíduos passaram a ser tratados como população.
Essa amálgama que até hoje pesa sobre como modo que o Brasil enxerga e trata seus habitantes nessa situação. Do senso, algo romântico, que os vê como sujeitos “livres” à pecha higienista de invasores perigosos e indesejáveis, a verdade é que sabemos muito pouco sobre eles. Chega às livrarias em maio um estudo que joga luz sobre os dramas, hábitos e desejos e o cotidiano dessa população. O relatório Cidadãos em situação de rua: dossiê Brasil: grandes cidades, da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Pesquisadores de diversas áreas e universidades mapearam, durante quatro anos, aspectos do cotidiano desses cidadãos em oito cidades do Brasil. A escolha do termo tem razão especial, explica Igor de Souza Rodrigues, coordenador da pesquisa. “A marginalidade se perpetua, principalmente, pela exclusão desses indivíduos. Como se eles não fizessem parte do mesmo sistema social que o nosso.”
As conclusões corroboram essa ideia. Uma das constatações é que o nível de escolaridade dos que vivem nas ruas não é tão diferente da média geral retratada pelas estatísticas. Outro equívoco corrigido, repetido quase como um mantra pelo senso comum, é que esses indivíduos não trabalham. “Quando fomos a campo, constatamos o contrário disso. Na verdade, eles sustentam todo ramo da reciclagem, o lucro de grandes depósitos de sucata e multinacionais que se orgulham de ser ‘sustentáveis’, mas não empregam sequer um catador”, completa Rodrigues. Outro ofício comum é o dos chapas, que atuam na carga e descarga em pontos de passagem de caminhões. A escolha pelo trabalho braçal se dá pela rentabilidade, pois o pagamento é combinado previamente e consumado em seguida.
Quanto mais perto nas ruas, maior fragilidade. Uma das pesquisas que integram o relatório, concluída em Juiz de Fora em 2017, constatou que 72% dos que dormiam na rua não são beneficiados por nenhum programa assistencial do governo. E 46% estavam há mais de cinco anos na rua.
Conforme aumentam as estruturas de suporte, sejam elas do Estado ou alguns vínculos familiares mesmo que precários, a vida tende a melhorar sensivelmente A posse da Carteira de Trabalho sobe para 48% nos indivíduos que dormem em abrigos. Chega a 60% entre os que voltam para casa para dormir. Em ambos os grupos, oito em cada 10 anda em posse de RG e CPF, uma alta considerável em comparação aos que vivem e dormem nas ruas.
As casas de acolhimento e restaurantes populares servem também de base aos percursos diários dessa população. Dias de suspensão da ordem cotidiana, como domingos e feriados, trazem incerteza quanto a onde comer e como ocupar o tempo. No caso de atipicidade prolongada, como esta que se vive pela covid-19, o drama é ainda mais crítico. “A situação está ficando insuportável. Não tem água no fluxo, na Luz. Nem o caminhão-pipa está indo. O Atende II continua fechado. O centro de convivência do Recomeço também. Foram três ações na semana passada com bombas. Se o plano é matar as pessoas, vão conseguir”, denuncia Alderon Costa, fundador da Rede Rua, que atua em São Paulo.
Há ainda relatos que revelam detalhes do sistema de valores dessa população. Como a história do rapaz de 26 anos, que depositou dois reais que recebera minutos antes pela chance de escolher uma música na jukebox de um bar. Acertar a música era importante. Se a escolha agradava, as prostitutas do bar começavam a dançar e os clientes, geralmente aposentados, pagavam rodadas de cervejas e cachaça para os que estavam no local. Caso vencesse o desânimo, não haveria bebida. A relação entre o vício é a vida nas ruas, aliás, é complexa. Não há como separar os efeitos químicos da droga da miséria de ordem social a que está submetida esta população: fome, higiene precária, baixa imunidade, o frio no pernoite da rua e o medo da violência.
A obra também lança um olhar demorado sobre a questão das mulheres. Historicamente limitadas a viver e estabelecer suas relações no âmbito doméstico, muitas recorrem às ruas como forma de se verem livre da violência marital. Também pesam nessa equação os transtornos mentais. Sem suporte familiar para lidar com a doença e sem a chance de receber tratamento adequado, a rua vira saída. No caso das travestis e transsexuais, para quem o processo de expulsão simbólica e afetiva do seio familiar se materializa em expulsão literal, em um quadro cuja prostituição e violência se retroalimentam. Mesmo entre outros moradores de ruas, elas estão sujeitas a uma “violência justificável”, como se merecessem esse tratamento perverso. Por isso, são obrigadas a conviver entre si. O que explica, inclusive, a formação de linguagem e códigos de comportamento específicos.
O enriquecimento do País não se traduziu em melhoras significativa na vida desses indivíduos. Ao contrário, as relações se degradaram ainda mais. A contagem mais recente da cidade de São Paulo indicou 24.344 pessoas vivendo nas calçadas. São mais pessoas vivendo nas ruas do que habitantes de 70% das cidades do Brasil. O aumento em relação ao censo anterior, de 2015, foi de 53%. Esse número é ainda maior. A pesquisa paulistana não incluiu, por exemplo, moradores de barracos ou locações com madeirite. Os movimentos sociais duvidam da contagem e estimam que os paulistanos na rua chega 30 mil. O número próximo do aferido pela última pesquisa nacional sobre a população de rua, feita em 2009, e que coletou dados em apenas 71 cidades.
O efeito cascata de tantas fontes de exclusão, como uma âncora, prende esses cidadãos no fundo de um oceano de dificuldades. Os efeitos psicológicos de uma longa temporada nas ruas os fazem incorporar a culpa pelo fracasso. Para mudar esse quadro, é preciso uma intervenção robusta.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Educação
Data: 28/04/2020
Título: “UFJF prorroga suspensão das atividades presenciais até 30 de maio”
Aulas e demais atividades administrativas estão paralisadas desde o dia 17 de março
A suspensão das atividades presenciais na UFJF foram prorrogadas até o dia 30 de maio. A medida está prevista na Resolução Consu nº 10/2020 e na Portaria SEI 446 de 1º de abril de 2020. Dessa forma, atividades presenciais acadêmicas e administrativas seguem suspensas, com exceção daquelas consideradas essenciais ou estratégicas.
Está autorizada a realização de atividades presenciais que sejam necessárias para viabilizar as ações planejadas para o combate ao novo coronavírus. A prorrogação segue recomendação do Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre o Novo Coronavírus (SarsCov-2), e a suspensão ou seu prazo podem ser alterados a qualquer momento.
As atividades presenciais acadêmicas e administrativas da UFJF foram suspensas no dia 17 de março e, no dia seguinte, o Conselho Superior da instituição suspendeu as atividades por mais 15 dias e, em 1º de abril, houve nova prorrogação por mais 30 dias.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Educação
Data: 28/04/2020
Título: “UFJF prorroga suspensão das atividades presenciais até 30 de maio”
Instituição seguiu recomendação do Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas. Calendário acadêmico de 2020 já havia sido suspenso.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) prorrogou a suspensão das atividades acadêmicas e administrativas nos campi de Juiz de Fora e de Governador Valadares até o dia 30 de maio. A informação foi divulgada na tarde desta terça-feira (28) e publicada em uma portaria.
De acordo com a UFJF, a decisão segue orientação do Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre a Covid-19 da instituição. O prazo pode ser alterado a qualquer momento, de acordo com os novos dados sobre a evolução da doença.
O G1 mostrou que as atividades foram suspensas no dia 17 de março. No dia 18 do mesmo mês, o Conselho Superior da instituição aumentou o prazo por mais 15 dias. Já em abril, houve uma nova prorrogação, por mais 30 dias.
A UFJF também suspendeu o calendário acadêmico de 2020 por tempo indeterminado após o avanço do novo coronavírus. A informação foi publicada através da Resolução 023/2020 no dia 24 do mês passado.
Recomendação
Em uma reunião nesta quarta-feira (27), o Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas se reuniu para avaliar a tendência da epidemia e orientar a instituição sobre medidas a serem implementadas.
Na ocasião, o grupo recomendou à UFJF as seguintes medidas:
- “Intensifique dentro das possibilidades acadêmicas, jurídicas e financeiras a parceria entre a UFJF e os municípios de Juiz de Fora e Governador Valadares, no sentido de viabilizar as ações que possibilitem o enfrentamento da COVID-19, tais como: participação em comitês de assessoramento, produção e doação de insumos, realização de pesquisas; capacitação e treinamento de equipes; produção de material educativos, realização de testes diagnósticos”;
- “Mantenha as medidas de distanciamento social, contribuindo com as ações municipais e estaduais de cuidado e prevenção, no sentido de reduzir a exposição de trabalhadores e estudantes da Universidade aos riscos de contaminação”;
- “Permaneça com a suspensão de suas atividades prevista na Resolução Consu nº 10/2020 até o dia 30 de maio”.
O grupo se reúne periodicamente com o intuito de discutir os possíveis avanços e definir orientações de acordo com o cenário local.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 28/04/2020
Título: “UFJF recolhe alimentos e produtos de higiene para comunidades carentes”
Doações deverão ser entregues no Centro de Ciências nesta quarta-feira, a partir das 9h
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por meio de Centro de Ciências, está arrecadando doações de alimentos não perecíveis e produtos de higiene e limpeza para serem doados a comunidades carentes. As doações deverão ser entregues no Centro de Ciências na manhã desta quarta-feira (29), a partir das 9h. Alimentos como arroz, feijão, macarrão, óleo, caixa de leite, extrato de tomate, leite em pó e farinha de trigo, além de pasta de dente e papel higiênico, por exemplo, serão recebidos. O Centro de Ciências da UFJF fica localizado na região central do campus, próximo à Praça Cívica.
“Nesse momento sabemos que muitas pessoas não estão podendo trabalhar, como as de grupos de risco, trabalhadores informais e aqueles que realizam serviços domésticos. Desse modo, não podem garantir o sustento de seus familiares. Por isso, toda ajuda e solidariedade são importantes. Um ajudando o outro para vencermos essa pandemia, garantindo que todos fiquem em suas casas”, defende a professora do departamento de Física da UFJF e uma da envolvidas na iniciativa, Zélia Ludwig.
Capacitação para produção de sabão
O Centro de Ciências, em parceria com o Departamento de Química da universidade, que, capitaneado pela professora Denise Lowinsohn, está produzindo sabões e sabonetes líquidos para doação a pessoas em condição de vulnerabilidade. Também vai capacitar representantes da Associação dos Amigos (Aban) sobre a fabricação de sabões. A produção acontece a partir de óleos de cozinha usados. “Nós e a equipe do Centro de Ciências, coordenada pelo professor Elói Teixeira, vamos somar esforços com a equipe da professora Denise e usar nossas oficinas para mostrar que o conhecimento gerado na universidade serve para ajudar a comunidade”, explica Ludwig.
Segundo a pesquisadora, a capacitação gera independência e reverbera no cenário pós isolamento social. “Depois da pandemia, eles podem ganhar dinheiro vendendo o sabão, por exemplo. Eles vão aprender a criar suas próprias receitas, o cuidado que devem ter ao manipular o hidróxido de sódio – a soda cáustica, usada para a fabricação de sabão. Além disso, vão entender a importância para o meio ambiente de se reciclar o óleo e não descartá-lo de maneira incorreta. E o mais importante: usar esse sabão para fazer a higiene de seus utensílios e objetos nesse momento”, conclui.
A aula acontece também na manhã desta quarta-feira, nos laboratórios do Centro de Ciências. Por medidas de segurança contra a Covid-19, poucas pessoas ficarão em cada laboratório.
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Veículo: Gazeta do Povo
Editoria: Educação
Data: 28/04/2020
Link: https://www.gazetadopovo.com.br/parana/coronavirus-calendario-escolar-parana-aprendizado/
Título: “Novo calendário escolar não prevê nivelamento para retorno às aulas presenciais”
“A Secretaria de Estado de Educação e do Esporte do Paraná (Seed) já montou um novo calendário do ano letivo de 2020, com alterações por causa da pandemia de Covid-19 que aflige o mundo todo. Mas as mudanças são poucas: apesar da suspensão de aulas no fim de março, ainda está prevista uma semana de recesso em julho e aulas até 18 de dezembro, conforme resolução nº 1.249/2020, publicada em Diário Oficial na segunda-feira (27). Ainda não está previsto nenhum teste para nivelamento de alunos no retorno das aulas presenciais, medida já anunciada em outros estados.”
“A Seed está contabilizando a educação a distância, iniciada oficialmente em 6 de abril, para cômputo dos dias letivos. Entretanto, o calendário pode mudar, caso haja determinação do Conselho Nacional de Educação (CNE) ou do Conselho Estadual de Educação (CEE). Em todos os estados brasileiros as aulas presenciais estão suspensas, e a educação a distância está liberada para todas as etapas, com exceção da educação infantil.
A rede estadual tem 2.143 escolas e cerca de 1 milhão de estudantes. O conteúdo está sendo repassado via aplicativos de celular, como Classroom e Aula Paraná, canal no YouTube e transmissão via canais abertos de televisão. Em audiência na Assembleia Legislativa na segunda-feira, o secretário da pasta, Renato Feder, afirmou que a adesão à tecnologia tem sido cada vez maior.”
“Segundo Feder, os acessos via televisão não são mensuráveis, mas os alunos que assistem aulas por esse meio precisam entregar atividades de casa nas escolas onde estudam. As instituições de ensino também estão recebendo verba e imprimindo as atividades para entregar aos alunos, caso não consigam acessar a internet ou assistir o conteúdo na televisão. Outra opção é a liberação de laboratórios de informática das escolas para grupos pequenos de alunos, com os devidos cuidados para se evitar a disseminação de Covid-19. Ele ressaltou que o ensino a distância é obrigatório em toda a rede. “O diretor da escola é um representante da secretaria e tem que seguir a nossa recomendação. O aluno que falta vai ficar com falta. O professor que não quer fazer EaD vai ficar com falta e este professor vai ter que repor ou ter salário descontado.
Os deputados estaduais, em sessão virtual, questionaram Feder sobre o nivelamento de estudantes, já que o conteúdo está sendo transmitido em diferentes plataformas. “A fonte é uma única só. O currículo do Paraná diz claramente a sequência didática. A mesma aula que está na tevê é a mesma que está no YouTube, no Aula Paraná e no Classroom, os mesmos exercícios”, disse na Assembleia. Ele reiterou que cabe o professor, conhecedor da realidade de cada turma, personalizar ou regionalizar alguma atividade. “O ideal é que tenham o mesmo aprendizado que tivessem em aula presencial”, afirmou.
Sobre a possibilidade de testes no retorno das aulas, Feder reiterou que o professor deve fazer o acompanhamento dos alunos. “Cada professor está com sua turma e ele é responsável por gerenciar, motivar e cobrar seus alunos. Do mesmo jeito que ele tinha que ofertar qualidade na sala de aula real, a gente está pedindo para ele dar qualidade na sala de aula virtual e que seus alunos entendam”, disse, complementando que a Seed busca a qualificação dos professores para que consigam desempenhar bem o papel na sala de aula virtual.
Na Alep, o secretário disse ainda que os alunos da rede estadual estarão preparados para provas como o Enem, quando ocorrerem. “A solução de EaD que a gente está oferecendo é muito mais robusta que a de outros estados brasileiros e mais robusta do que a das escolas privadas. A nossa solução de tecnologia exige bastante do aluno, tem muitos vídeos, muitas atividades, muita lição de casa”, relatou. Ele disse que o governo do estado está oferecendo as mesmas plataformas aos municípios, responsáveis pelo ensino fundamental dos anos iniciais. Feder reconheceu que a aula virtual para crianças de 6 a 11 anos é um assunto “complexo”, mas que não haveria outra solução. “Se não usar, tem risco de repetir de ano todo mundo. É um dilema difícil, que cada secretaria municipal vai ter que decidir”, observa.”
Conteúdo denso
Juliana Yade, especialista em Educação do Itaú Social, ressalta que os estudos na área mostram perda de aprendizado quando crianças e adolescentes estão fora da escola. “O impacto é maior nas classes dentre as classes mais pobres e vulneráveis do que nas classes mais abastadas, pois o capital cultural que circula quando se está fora da escola é diferente entre uma classe e outra. O convívio familiar traz um repertório de aprendizagem, mas não sistematizado como na educação formal, ou pelo menos de forma diferente considerando as classes A e B e C, D e E”, explica.
Segundo Juliana, é recomendável o ensino não presencial neste momento, para as crianças terem acesso a alguma atividade que as estimule. Entretanto, é preciso fazer uma dosagem. Ela recomenda que cada instituição de ensino avalie a melhor forma e quantidade de conteúdo a ser repassado, com cuidado para o tempo que as crianças permanecem em frente ao computador, celular ou televisão. “A Sociedade Brasileira de Pediatria indica sobre o tempo de exposição de tela para cada faixa etária, e são questões que precisam ser levadas em conta”, orienta.
O mais importante, diz Juliana, é planejar o retorno pós-pandemia, porque a educação não presencial realizada hoje no Brasil e no mundo é uma situação atípica, longe do ideal, sem a mediação do professor. “Existem muitas crianças que não vão conseguir acompanhar este processo. Desde o não acesso à internet a não conseguir ter espaço na casa, algum cômodo, para estudar. Então é preciso pensar em políticas públicas para depois da pandemia. Certamente para não deixarmos nenhuma criança para trás, para não deixarmos que desigualdades sejam ampliadas, teremos que ter estratégias para as crianças que não conseguirem acompanhar o aprendizado não presencial”.
Outros estados
Em São Paulo, por exemplo, a resolução nº 44 da Secretaria de Educação prevê que “os estudantes que não realizarem as atividades não presenciais ou apresentarem mais dificuldades de aprendizagem, deverão ser encaminhados à recuperação e reforço para a consolidação de aprendizagens essenciais para seu percurso educacional no retorno às aulas presenciais”, prevendo que isso ocorrerá com professores que quiserem ampliar carga de trabalho ou pela contratação de docentes.
No domingo passado (26), o governo do Maranhão realizou um simulado virtual, aberto a qualquer estudante, para monitoramento do aprendizado, com prêmios para os alunos da rede estadual que tivessem melhor desempenho. O governo maranhense já anunciou também que o retorno às aulas presenciais será marcado por uma semana de acompanhamento psicológico dos professores e da equipe escolar; em seguida, outra semana de acolhimento aos estudantes e suas famílias. “Após esses dois momentos, será realizada a avaliação diagnóstica e de nivelamento – já planejada em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF) – para identificar o nível de aprendizagem de toda a rede”, segundo noticiado pelo governo local. A assessoria de imprensa da SEED informou à Gazeta do Povo que a realização do Prova Paraná, marcada para setembro, fará um diagnóstico do desempenho dos alunos.”
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Social
Data: 29/04/2020
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/29-04-2020/380524.html
Título: “Coluna Cesar Romero”
‘Live’ solidária
Depois do grande sucesso da ‘Live’ Solidária, Renan & Christiano agora contabilizam a expressiva arrecadação de alimentos para o Projeto Mesa Brasil, do Sesc. Foram doados mais de nove toneladas de alimentos, 500 máscaras, 240 litros de leite e mais 500 de álcool em gel.
Talento de JF
Maurício Dias, juiz-forano que está na equipe da agência AKQA, em São Paulo, é um dos produtores do clipe “Não existe amor em SP” que Milton Nascimento gravou com Criolo. Formado em publicidade pela Estácio, Maurício em 2018 faturou os Leões de Prata e de Bronze no Festival Internacional de Criatividade de Cannes.
‘Baby’
Nasceu Olívia, primeira filha de Juliana Albuquerque e Ricardo Peixoto.
Alerta amazônico
“Nós temos um risco muito grande de um genocídio acontecer com as tribos indígenas brasileiras”, afirmou no “Roda Viva”, da TV Cultura, o fotógrafo Sebastião Salgado, falando sobre a ameaça da Covid-19. Para o jornalista Jorge Sanglard a denúncia é gravíssima, principalmente partindo de um dos mais importantes defensores da Amazônia sustentável, com um trabalho primoroso no Instituto Terra.
Papo empresarial
João Carlos Guedes, do Núcleo de Inovação Tecnológico, é o convidado do “CrittLive”, hoje, às 17h. No bate papo ele destaca questões empresariais, relativas ao empreendedorismo, patentes e marcas.
Turismo do bem
Thereza Badaró, à frente do Haras Morena, lançou a campanha “Sua diária vale um sorriso”. A cada compra de uma diária, o ‘resort’ doará cesta básica para uma família cadastrada no Instituto da Criança ou na ONG Alfa. Ao final da campanha, uma família será contemplada com cestas durante o ano de 2021.
Boa performance
Alunos de medicina, integrantes da Liga Acadêmica de Hematologia (Hemoliga), tiveram os três trabalhos aceitos no congresso da Sociedade Internacional de Hemostasia e Trombose. Nathalia Noyma Sampaio Magalhães, aluna da Suprema, será uma das apresentadoras.
Miss Gay adiado
O Miss Brasil Gay não será realizado este ano por causa da pandemia. Com participação especial da cantora Gloria Groove, a edição de 2021 será no dia 21 de agosto, no Terrazzo.
Antenado
Juiz de Fora poderá ter que montar barreiras sanitárias caso sejam confirmadas as informações que circulam em um grupo de médicos no WhatsApp. Pacientes com suspeita de coronavírus estariam vindo do Rio para tratamento na cidade, por conta da falta de vagas nos hospitais cariocas. Não bastassem todos os problemas locais, só faltava essa…
Toque
“Não há dor que o sono não consiga vencer”
Honoré de Balzac
Voo Livre
Estão aniversariando, o presidente da Unimed Hugo Borges, Christiane Rangel Mendonça, Sônia Parma, Fabinho Cal e Betinha Paranhos.
A UFJF está arrecadando alimentos e produtos de higiene e limpeza para comunidades carentes. As doações devem ser entregues hoje, a partir das 9h, no Centro de Ciências.
Em comemoração ao Dia Mundial da Dança, a Praça CEU e o Programa Gente em Primeiro Lugar exibem 57 coreografias inéditas. Hoje, às 18h, pelo Instagram.
Apesar de todas as prevenções, o prefeito de Três Rios (RJ), Josimar Salles testou positivo para a Covid, sendo atendido no Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição.
O Studio Vivian Mockdece também fará uma ‘live’, às 17h, com o renomado bailarino Luiz Carlos Nogueira Arad.
Dar esmola na rua é auxiliar a vadiagem. Ajude o Grupo de Estudos Espíritas Garcia (3213-1698).
Coronarvírus – Cuide-se. Previna-se.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Social
Data: 29/04/2020
Título: “Projeto da UFJF orienta sobre convívio familiar em período de isolamento social”
Ação, realizada virtualmente, visa melhoria da qualidade de vida dos grupos familiares. Saiba como se inscrever para o atendimento que é gratuito.
Por contadas recomendações de isolamento social para a prevenção ao novo coronavírus, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) decidiu adaptar as ações do projeto de extensão “Desenvolvendo famílias: intervenções para promoção da eficácia familiar”.
Inicialmente, o projeto buscava famílias com ao menos um membro entre os 12 e 14 anos, com o objetivo de dar orientações para a melhorar o convívio entre o adolescente e seus pais.
No entanto, com a ampliação, o objetivo se tornou orientar sobre um enfrentamento saudável da Covid-19 e lidar com suas implicações psicossociais. Os grupos familiares serão orientados sobre a qualidade de vida na quarentena, período que pode trazer muitas angústias e conflitos familiares.
A UFJF ressalta, no entanto, que parte da atenção da iniciativa ainda é voltada para os adolescentes.
Segundo publicação no site oficial da Universidade, o projeto trabalhará com duas frentes: orientação familiar e psicoeducação, isto é, propagação de conhecimento psicológico para o enfrentamento da pandemia.
Como se inscrever
O serviço é gratuito e os encontros serão realizados por meio de plataformas digitais, por isso é necessário que a família atendida tenha acesso à internet.
Os interessados em receberem as orientações devem entrar em contato através do Facebook ou Instagram do projeto, ou pelo e-mail desenvolvendofamilias@gmail.com.
Após as inscrições, é definida a estratégia de atendimento, com os dias e horários disponíveis. É necessário que as famílias participem de todos os encontros.
As solicitações podem ser feitas durante todo o período de quarentena.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Cidade
Data: 29/04/2020
Título: “Prefeitura abre chamamento público para doação de itens para combate ao coronavírus em Juiz de Fora”
Pessoas físicas e jurídicas podem participar. Materiais serão utilizados nos hospitais e unidades de saúde do município.
A Prefeitura de Juiz de Fora abriu nesta terça-feira (29) um chamamento público para receber doações de bens, como insumos ou equipamentos médicos, para auxiliar no combate à pandemia do novo coronavírus.
Pessoas físicas e jurídicas podem participar. A lista completa dos materiais e as diretrizes estão disponíveis através de editais publicados pelo Executivo. São dois editais disponíveis, um para equipamentos e outro para bens e produtos.
Os interessados devem encaminhar as propostas através do e-mail srm@pjf.mg.gov.br, incluindo a ficha de inscrição, disponível no edital; cópia da carteira de identidade (RG) e/ou Cadastro de Pessoa Física (CPF); se for jurídica, cópia do Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral; proposta, contendo descrição, especificações, quantidade e valor de mercado, bem como outras características necessárias à definição do objeto; além dos comprovantes, quando houver, de atendimento aos “critérios para a aceitação da doação”.
O material será avaliado pela Comissão de Processamento de Doações, que coordenará os procedimentos para recebimento dos itens aprovados. Os materiais ofertados deverão atender as Resoluções da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), satisfazer os requisitos mínimos de qualidade estabelecidos em Norma Técnica (por exemplo: NBR/ABNT – Norma Brasileira/ Associação Brasileira de Normas Técnicas) e atender integralmente às demais normas pertinentes.
Doações recebidas
A Prefeitura de Juiz de Fora já recebeu, da empresa Nexa, 200 kits para teste rápido de detecção da Covid-19, 12 mil litros de álcool etílico, doados pelo grupo Bahamas, que está sendo transformado em álcool em gel 70% por profissionais da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Além destes itens, foram recebidas 10 mil máscaras de tecido, sendo cinco mil doadas pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Juiz de Fora (CDL-JF) e outras cinco mil pelo Sindicato do Comércio (Sindicomércio).
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Veículo: Semana On
Editoria: Brasil
Data: 30/04/2020
Link: http://www.semanaon.com.br/conteudo/15210/como-o-novo-coronavirus-acentua-as-desigualdades-no-brasil
Título: “Como o novo coronavírus acentua as desigualdades no Brasil”
Estudo inédito desfaz mitos sobre os moradores de rua no país
O novo coronavírus chegou ao Brasil trazido por pessoas da classe alta, que fizeram viagens internacionais e se contaminaram no exterior. Um dos primeiros casos no país foi o de um homem de 61 anos, morador de São Paulo, que passou duas semanas na Itália em fevereiro. Internado no hospital Albert Einstein, teve o diagnóstico confirmado em 26 de fevereiro e se curou da doença duas semanas depois.
Rapidamente, o vírus desceu na hierarquia social e agora se espalha pelas classes baixas. Em grandes centros urbanos, a covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, já mata mais na periferia do que no centro. Na cidade de São Paulo, entre os bairros onde moravam mais vítimas estão Brasilândia, Sapopemba, São Mateus e Cidade Tiradentes, todos na periferia. O mesmo ocorre em outras capitais. Em Fortaleza, os bairros em situação mais crítica são Barra do Ceará e José Walter, ambos na periferia.
A contaminação é facilitada pela distribuição desigual da renda. Nas periferias, as condições para cumprir o isolamento social são piores: há mais moradores por domicílio, o acesso a água encanada, vital para a higienização, às vezes não existe ou é intermitente, e a insegurança econômica estimula muitos a saírem de casa para obter algum dinheiro.
Quando alguém é infectado e adoece, o sistema público de saúde é a única alternativa, e em algumas cidades ele já está saturado para tratar casos graves. O ponto de partida já é desigual: o número de leitos de UTIs na rede pública, por 10 mil habitantes, é quase cinco vezes inferior ao da rede privada.
A tendência é que a crise provocada pela covid-19 acentue a desigualdade no Brasil, que já é um dos países mais desiguais do mundo, afirma Fernando Burgos, professor da FGV-EAESP e especialista em políticas sociais e desigualdade.
“Quando começou a pandemia, muitas pessoas diziam que a covid-19 iria igualar os desiguais, pois todos iriam ficar doentes, precisar de respiradores, etc. Isso era uma bobagem. A doença afeta desigualmente os desiguais, e será cada vez mais dura com os mais pobres”, diz.
Impacto na saúde
A primeira interação visível entre a pandemia e a desigualdade se dá nas condições para evitar a contaminação. Antônio Augusto Moura da Silva, professor de epidemiologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), afirma que o alto número de óbitos nas periferias de regiões metropolitanas é uma consequência da condição de vida nesses locais.
“Nas periferias é mais difícil manter o distanciamento social, e a transmissão deve estar ocorrendo a uma maior velocidade”, diz. Segundo ele, a situação nesses bairros irá se agravar nas próximas semanas e, com o sistema de saúde saturado, “pessoas vão começar a morrer em casa”.
Não é só o ritmo de contaminação que prejudica as classes baixas. A população pobre também tem uma probabilidade maior de ter doenças pré-existentes, como diabetes, hipertensão, doença pulmonar e cardíaca ou insuficiência renal, que tornam uma infecção pelo coronavírus mais perigosa. Na província de Hubei, na China, a taxa de hospitalização foi 1,8 vez maior para os contaminados pelo coronavírus que tinham alguma comorbidade, e 2,6 vezes maior para os com duas ou mais comorbidades.
Um estudo publicado em 6 de abril pelas economistas Luiza Nassif Pires, do Bard College, nos Estados Unidos, e Laura Carvalho, da USP, e pela médica e pesquisadora Laura de Lima Xavier, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, com base na Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE de 2013, mostra como as classes mais baixas têm, proporcionalmente, mais comorbidades.
Segundo o trabalho, entre os brasileiros que frequentaram apenas o ensino fundamental, 42% têm uma ou mais doenças crônicas associadas aos casos mais graves da covid-19, enquanto na média da população essa taxa é de 33%. “A base da pirâmide tem maior probabilidade de precisar de internação no caso de contaminação pelo coronavírus”, afirmam as autoras.
Redução na renda
Além da saúde, a pandemia também atinge o bolso das diferentes classes sociais de forma distinta. Uma pesquisa realizada pelo DataPoder360 de 13 a 15 de abril mostrou que, quanto mais pobre, maior o impacto da covid-19 na renda dos brasileiros.
O levantamento perguntou aos entrevistados se o coronavírus prejudicou sua renda ou emprego. Entre os desempregados ou sem renda fixa, 77% responderam que sim. O percentual cai para 57% entre os que ganham até dois salários mínimos, e para 26% entre os que recebem mais de dez salários mínimos.
Em nota técnica publicada pela Rede de Políticas Públicas e Sociedade, os pesquisadores Rogério Barbosa, do Centro de Estudos da Metrópole, e Ian Prates, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, estimaram o número de trabalhadores afetados no Brasil pela covid-19, e concluíram que 81% da força de trabalho (75,5 milhões de pessoas) experimentam algum tipo de vulnerabilidade em função da pandemia. Os mais vulneráveis, com empregos menos estáveis em setores não essenciais, como serviços domésticos, cabeleireiros, comércio de vestuário e manutenção de veículos, somam 23,8 milhões de pessoas, ou 25,5% da população.
“Muitas pessoas que já tinham vínculos frágeis no mercado de trabalho vão perdê-los, e será difícil restabelecê-los”, diz Burgos, da FGV-EAESP. Em crises como essa, o sistema de proteção social do país deveria reagir, mas está respondendo de forma frágil.
Ele afirma que as iniciativas da Renda Básica de Emergência, que pagará 600 reais por mês por três meses a trabalhadores informais de baixa renda, e a expansão do Bolsa Família demoraram para ser anunciadas e ainda enfrentam problemas de implementação.
“Tínhamos três semanas de antecedência em relação a outros países e já podíamos ter botado dinheiro na mão dessas pessoas mais vulneráveis, mas temos um governo que não acredita na pandemia”, diz Burgos, lembrando que muitas pessoas que teriam direito ao benefício ainda não conseguiram recebê-lo.
Moura da Silva, da UFMA, realça que a covid-19 deve atingir também de forma mais aguda os pretos e pardos, que predominam entre a população de baixa renda. “A taxa de mortalidade será maior nesse grupo do que entre os brancos”, afirma.
Acesso à educação
Outra área em que a covid-19 impacta de forma distinta as classes baixas e altas é a educação. Enquanto os alunos de boas escolas privadas migraram para o ensino online e seguem ativos e apoiados por uma boa estrutura em casa durante o isolamento social, em muitas cidades os estudantes da rede pública sofrem com a ausência ou precariedade de sistemas de ensino à distância e não têm espaço ou conexão à internet adequados em casa.
“O esforço de muitos professores é gigantesco, mas as escolas públicas têm piores condições, e isso vai gerar mais desigualdade. O aluno do terceiro ano do Ensino Médio, que já tinha menos chance de ter uma boa nota no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], estará em piores condições para competir”, diz Burgos.
Mesmo que a rede pública migre para o ensino online, como é o caso de São Paulo, as condições de estudo em casa variam. Ele cita o próprio caso da FGV-EAESP, que tem alunos bolsistas que moram em favelas.
“Você vê a condição da pessoa assistindo à aula em casa, e é muito diferente. Enquanto alguns [de classes altas] estão no quarto, em seu computador, com alguém preparando almoço para ele, outros [de classe baixa] estão na cozinha, assistindo com o irmão menor ao lado, dividindo o computador, com internet ruim. Ambos terão a mesma condição? Óbvio que não”, afirma.
Maior impacto ainda está por vir
Os dois professores consultados pela DW Brasil estimam que os efeitos da covid-19 na desigualdade brasileira serão percebidos com maior nitidez nas próximas semanas.
Burgos afirma que as redes de solidariedade formadas para doação de alimentos, importantes neste primeiro momento, podem se esgotar e se mostrar insuficientes para manter um padrão de vida mínimo para a população mais pobre.
“Não adianta só dar feijão e arroz, se não der botijão de gás para eles cozinharem. E os empresários vão ficar doando por quanto tempo? Tenho dúvidas se essa solidariedade será permanente”, diz.
Ele diz que o país está presenciando atualmente a primeira onda de vulnerabilidade provocada pela pandemia. A segunda onda virá em cerca de um mês, quando ficará mais claro o impacto nas pessoas que foram demitidas ou que não estão conseguindo manter uma renda de subsistência. “A desigualdade é um projeto nacional no Brasil, e a pandemia veio para agravar esse projeto”, diz.
A chegada da covid-19 aos municípios menores também deve adicionar pressão às classes baixas desses locais, diz Moura da Silva, da UFMA. “Muitas cidades brasileiras não dispõem de UTI, e uma parcela dos contaminados vai precisar ser internada. Isso pode gerar uma situação bastante dramática na rede pública”, afirma.
Moradores de rua no Brasil
Dos vadios que desafiavam a relação senhor-escravo aos andarilhos, homens do saco, loucos varridos, a figura do cidadão sem casa e sem ofício conhecidos teve sempre lugar na vida brasileira. A partir dos anos 50, a urbanização desenfreada — quase nunca acompanhada de educação, saúde, segurança e moradia e empregos ocupáveis pelos mais pobres — fez nascer a figura do morador de rua. Esses indivíduos passaram a ser tratados como população.
Essa amálgama que até hoje pesa sobre como modo que o Brasil enxerga e trata seus habitantes nessa situação. Do senso, algo romântico, que os vê como sujeitos “livres” à pecha higienista de invasores perigosos e indesejáveis, a verdade é que sabemos muito pouco sobre eles. Chega às livrarias em maio um estudo que joga luz sobre os dramas, hábitos e desejos e o cotidiano dessa população. O relatório Cidadãos em situação de rua: dossiê Brasil: grandes cidades, da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Pesquisadores de diversas áreas e universidades mapearam, durante quatro anos, aspectos do cotidiano desses cidadãos em oito cidades do Brasil. A escolha do termo tem razão especial, explica Igor de Souza Rodrigues, coordenador da pesquisa. “A marginalidade se perpetua, principalmente, pela exclusão desses indivíduos. Como se eles não fizessem parte do mesmo sistema social que o nosso.”
As conclusões corroboram essa ideia. Uma das constatações é que o nível de escolaridade dos que vivem nas ruas não é tão diferente da média geral retratada pelas estatísticas. Outro equívoco corrigido, repetido quase como um mantra pelo senso comum, é que esses indivíduos não trabalham. “Quando fomos a campo, constatamos o contrário disso. Na verdade, eles sustentam todo ramo da reciclagem, o lucro de grandes depósitos de sucata e multinacionais que se orgulham de ser ‘sustentáveis’, mas não empregam sequer um catador”, completa Rodrigues. Outro ofício comum é o dos chapas, que atuam na carga e descarga em pontos de passagem de caminhões. A escolha pelo trabalho braçal se dá pela rentabilidade, pois o pagamento é combinado previamente e consumado em seguida.
Quanto mais perto nas ruas, maior fragilidade. Uma das pesquisas que integram o relatório, concluída em Juiz de Fora em 2017, constatou que 72% dos que dormiam na rua não são beneficiados por nenhum programa assistencial do governo. E 46% estavam há mais de cinco anos na rua.
Conforme aumentam as estruturas de suporte, sejam elas do Estado ou alguns vínculos familiares mesmo que precários, a vida tende a melhorar sensivelmente A posse da Carteira de Trabalho sobe para 48% nos indivíduos que dormem em abrigos. Chega a 60% entre os que voltam para casa para dormir. Em ambos os grupos, oito em cada 10 anda em posse de RG e CPF, uma alta considerável em comparação aos que vivem e dormem nas ruas.
As casas de acolhimento e restaurantes populares servem também de base aos percursos diários dessa população. Dias de suspensão da ordem cotidiana, como domingos e feriados, trazem incerteza quanto a onde comer e como ocupar o tempo. No caso de atipicidade prolongada, como esta que se vive pela covid-19, o drama é ainda mais crítico. “A situação está ficando insuportável. Não tem água no fluxo, na Luz. Nem o caminhão-pipa está indo. O Atende II continua fechado. O centro de convivência do Recomeço também. Foram três ações na semana passada com bombas. Se o plano é matar as pessoas, vão conseguir”, denuncia Alderon Costa, fundador da Rede Rua, que atua em São Paulo.
Há ainda relatos que revelam detalhes do sistema de valores dessa população. Como a história do rapaz de 26 anos, que depositou dois reais que recebera minutos antes pela chance de escolher uma música na jukebox de um bar. Acertar a música era importante. Se a escolha agradava, as prostitutas do bar começavam a dançar e os clientes, geralmente aposentados, pagavam rodadas de cervejas e cachaça para os que estavam no local. Caso vencesse o desânimo, não haveria bebida. A relação entre o vício é a vida nas ruas, aliás, é complexa. Não há como separar os efeitos químicos da droga da miséria de ordem social a que está submetida esta população: fome, higiene precária, baixa imunidade, o frio no pernoite da rua e o medo da violência.
A obra também lança um olhar demorado sobre a questão das mulheres. Historicamente limitadas a viver e estabelecer suas relações no âmbito doméstico, muitas recorrem às ruas como forma de se verem livre da violência marital. Também pesam nessa equação os transtornos mentais. Sem suporte familiar para lidar com a doença e sem a chance de receber tratamento adequado, a rua vira saída. No caso das travestis e transsexuais, para quem o processo de expulsão simbólica e afetiva do seio familiar se materializa em expulsão literal, em um quadro cuja prostituição e violência se retroalimentam. Mesmo entre outros moradores de ruas, elas estão sujeitas a uma “violência justificável”, como se merecessem esse tratamento perverso. Por isso, são obrigadas a conviver entre si. O que explica, inclusive, a formação de linguagem e códigos de comportamento específicos.
O enriquecimento do País não se traduziu em melhoras significativa na vida desses indivíduos. Ao contrário, as relações se degradaram ainda mais. A contagem mais recente da cidade de São Paulo indicou 24.344 pessoas vivendo nas calçadas. São mais pessoas vivendo nas ruas do que habitantes de 70% das cidades do Brasil. O aumento em relação ao censo anterior, de 2015, foi de 53%. Esse número é ainda maior. A pesquisa paulistana não incluiu, por exemplo, moradores de barracos ou locações com madeirite. Os movimentos sociais duvidam da contagem e estimam que os paulistanos na rua chega 30 mil. O número próximo do aferido pela última pesquisa nacional sobre a população de rua, feita em 2009, e que coletou dados em apenas 71 cidades.
O efeito cascata de tantas fontes de exclusão, como uma âncora, prende esses cidadãos no fundo de um oceano de dificuldades. Os efeitos psicológicos de uma longa temporada nas ruas os fazem incorporar a culpa pelo fracasso. Para mudar esse quadro, é preciso uma intervenção robusta.
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Veículo: Acessa
Editoria: Educação
Data: 28/04/2020
Título: “UFJF prorroga suspensão de atividades até 30 de maio”
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) prorrogou a suspensão das atividades até o dia 30 de maio, nos campi de Juiz de Fora e de Governador Valadares. Segundo a nota, a decisão foi tomada pelo Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre o Novo Coronavírus (SarsCov-2). “A decisão toma como referência a tendência da epidemia e as estratégias adotadas para reduzir o impacto na morbidade e nas mortalidade pela Covid-19. O prazo pode ser alterado a qualquer momento”.
Confira a nota na íntegra:
O Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre o novo Coranavirus (SarsCov-2) da UFJF reuniu-se às 14 horas do dia 27 de abril de 2020 para proceder à avaliação da tendência da epidemia e orientar a instituição sobre medidas a serem implementadas.
Considerando que:
1 – a Organização Mundial da Saúde (OMS), diante de um cenário internacional de expansão da doença por diversos continentes, declarou pandemia de Covid-19;
2 – o Governo do Estado de Minas Gerais teve sua situação de emergência decretada;
3 – os dados presentes nos boletins epidemiológicos sobre a situação dos municípios de Juiz de Fora e Governador Valadares apontam ainda para o distanciamento social como medida necessária;
4 – o estudo realizado e apresentado por meio das notas técnicas (Nota Técnica-1, Nota Técnica-2 e Nota Técnica Modelagem Compuatcional) aponta que seja considerado o distanciamento social como medida necessária para o enfrentamento da epidemia ;
Este comitê recomenda à UFJF que:
Intensifique dentro das possibilidades acadêmicas, jurídicas e financeiras a parceria entre a UFJF e os municípios de Juiz de Fora e Governador Valadares, no sentido de viabilizar as ações que possibilitem o enfrentamento da COVID-19, tais como: participação em comitês de assessoramento, produção e doação de insumos, realização de pesquisas; capacitação e treinamento de equipes; produção de material educativos, realização de testes diagnósticos;
Mantenha as medidas de distanciamento social, contribuindo com as ações municipais (Juiz de Fora e Governador Valadares) e estaduais de cuidado e prevenção, no sentido de reduzir a exposição de trabalhadores e estudantes da Universidade aos riscos de contaminação;
Permaneça com a suspensão de suas atividades prevista na Resolução Consu nº 10/2020 até o dia 30 de maio . A suspensão ou o seu prazo poderão ser alterados a qualquer tempo, ouvindo este Comitê de Monitoramento e Orientações de Conduta sobre o Coronavírus, que tomará como referência a tendência da epidemia e as estratégias adotadas que reduzem o impacto na morbidade e mortalidades;
Por meio da Comissão de Coordenação das Ações de Enfrentamento da Covid-19, Portaria SEI n.428/2020, possa autorizar atividades presenciais, se as mesmas estiverem relacionadas ao enfrentamento da pandemia. Para tanto, devem ser respeitadas e asseguradas as condições de segurança necessárias aos envolvidos (docentes, técnicos e discentes), como evitar aglomerações, respeitar a distância entre as pessoas e fornecimento de equipamentos de proteção individual em tipo e número adequados ao risco.
Este comitê permanece em reunião, podendo rever sua decisão de acordo com possíveis mudanças no quadro da pandemia.
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Veículo: Plantão dos Lagos
Editoria: Educação
Data: 28/04/2020
Título: “UFJF prorroga suspensão de atividades até 30 de maio”
Instituição seguiu recomendação do Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas. Calendário acadêmico de 2020 já havia sido suspenso. Campus em Juiz de Fora da Universidade Federal de Juiz de Fora
Carlos Mendonça/Prefeitura de Juiz de Fora
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) prorrogou a suspensão das atividades acadêmicas e administrativas nos campi de Juiz de Fora e de Governador Valadares até o dia 30 de maio. A informação foi divulgada na tarde desta terça-feira (28) e publicada em uma portaria.
De acordo com a UFJF, a decisão segue orientação do Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre a Covid-19 da instituição. O prazo pode ser alterado a qualquer momento, de acordo com os novos dados sobre a evolução da doença.
O G1 mostrou que as atividades foram suspensas no dia 17 de março. No dia 18 do mesmo mês, o Conselho Superior da instituição aumentou o prazo por mais 15 dias. Já em abril, houve uma nova prorrogação, por mais 30 dias.
A UFJF também suspendeu o calendário acadêmico de 2020 por tempo indeterminado após o avanço do novo coronavírus. A informação foi publicada através da Resolução 023/2020 no dia 24 do mês passado.
Recomendação
Em uma reunião nesta quarta-feira (27), o Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas se reuniu para avaliar a tendência da epidemia e orientar a instituição sobre medidas a serem implementadas.
Na ocasião, o grupo recomendou à UFJF as seguintes medidas:
“Intensifique dentro das possibilidades acadêmicas, jurídicas e financeiras a parceria entre a UFJF e os municípios de Juiz de Fora e Governador Valadares, no sentido de viabilizar as ações que possibilitem o enfrentamento da COVID-19, tais como: participação em comitês de assessoramento, produção e doação de insumos, realização de pesquisas; capacitação e treinamento de equipes; produção de material educativos, realização de testes diagnósticos”;
“Mantenha as medidas de distanciamento social, contribuindo com as ações municipais e estaduais de cuidado e prevenção, no sentido de reduzir a exposição de trabalhadores e estudantes da Universidade aos riscos de contaminação”;
“Permaneça com a suspensão de suas atividades prevista na Resolução Consu nº 10/2020 até o dia 30 de maio”.
O grupo se reúne periodicamente com o intuito de discutir os possíveis avanços e definir orientações de acordo com o cenário local.
Fonte: Fonte: G1
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Veículo: Faculdade de Medicina da UFMG
Editoria: Educação
Data: 29/04/2020
Título: “Campus Saúde capacita estudantes moçambicanos e profissionais do Vale do Jequitinhonha”
Capacitação com publicações científicas, videoaulas e atividades prepara para divulgação de informações sobre pandemia diretamente com a população.
O Campus Saúde da UFMG está capacitando alunos moçambicanos para atuar na prevenção e informação da população sobre a covid-19. Assim como em Belo Horizonte, os estudantes de Medicina irão atuar em linha direta com as pessoas para sanar dúvidas em relação à pandemia. No mesmo projeto, que faz parte do programa “Campus Saúde enfrentando o coronavírus”, profissionais de saúde do Vale do Jequitinhonha e estudantes da UFSJ e UFJF também foram beneficiados.
O conteúdo das capacitações é o mesmo usado para alunos da UFMG, com a única ressalva para o fluxograma de atendimento e funcionamento da rede de saúde de Moçambique, que foi atualizado com o auxílio do Ministério da Saúde de Moçambique. “A UFMG desenvolve um papel de ponta quando o assunto é colaboração nacional e internacional em pesquisa, ensino e extensão”, afirma a professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina, Maria Cândida Bouzada, que participa da parceria com as instituições. Ela destaca o desempenho expressivo da UFMG junto às comunidades de Minas Gerais em relação à extensão.
A capacitação envolve revisão de publicações científicas, videoaulas e atividades. Já foram capacitados 600 alunos da UFMG – dos cursos de Medicina e Enfermagem -, 93 da UFSJ e 1 da UFJF, em três turmas. A quarta turma conta com 250 alunos da UFMG, médicos e enfermeiros de municípios do Vale do Jequitinhonha e 50 alunos de diversas universidades. Também está previsto curso voltado para educadores e auxiliares em saúde, como forma de apoio aos municípios.
Cooperação internacional em saúde
A primeira turma, com 25 alunos da Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) – sediada em Maputo -, finalizou o curso no último domingo (26 de abril). Mais 60 vagas foram ofertadas e serão distribuídas entre a UEM e outras duas instituições: o Isctem (Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique), também baseada em Maputo e de caráter privado; e a Universidade de Lúrio, pública e presente no norte do país.
O país ainda não registrou óbitos, mas já conta com dezenas de casos confirmados. “A oferta veio no momento exato. Ainda não temos muitos casos, mas já há a necessidade de explicar para a comunidade sobre a doença”, aponta o professor e diretor da UEM, Jahit Sacarlal. O Ministério da Saúde de Moçambique solicitou o apoio dos estudantes – que estão fazendo aulas à distância – para atuar no call center “Alô Vida”, que informa a população sobre questões de saúde.
Segundo o professor Sacarlal, além da capacitação, o aproveitamento foi positivo também como intercâmbio de experiências em saúde pública. “Foi bom para os alunos, que aprenderam bastante. No treino também puderam ver como é o manuseio de pacientes com a covid-19 no Brasil. Para o atendimento, eles estão informados sobre o fluxo de atendimento aqui de Moçambique”, comenta.
Uma das etapas da capacitação é a webaula realizada pelo professor do Departamento de Clínica Médica, Unaí Tupinambás, que coordena a capacitação. A aula foi transmitida ao vivo em 19 de março e foi assistida por mais de 1.200 pessoas. Ela está disponível online.
Em novembro de 2019, a Faculdade de Medicina da UFMG aderiu à Rede de Cooperação das Escolas Médicas de Língua Portuguesa, que estabelece esforços de compartilhamento de experiências entre Universidades. A UEM também faz parte da rede. O protocolo foi assinado em Lisboa.
“A experiência além mar e este compartilhamento de saberes com um país de língua portuguesa e com costumes muito parecidos, como são Moçambique e Brasil, torna esta atividade ainda mais rica”, celebra a professora Cândida Bouzada.
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Veículo: Acessa
Editoria: Saúde
Data: 29/04/2020
Título: “PJF abre chamamento público para recebimento de itens de combate à pandemia”
Pessoas físicas e jurídicas interessadas em auxiliar o combate à pandemia decorrente do novo coronavírus (covid-19) em Juiz de Fora podem realizar doações de bens, insumos ou equipamentos ao Poder Público. A lista completa dos materiais e as diretrizes estão disponíveis nos editais de chamamento público publicados pela Prefeitura e podem ser conferidos nos editais nº 412 – Equipamentos e nº 413 – Bens e produtos.
Os interessados devem encaminhar as propostas através do e-mail srm@pjf.mg.gov.br, incluindo a ficha de inscrição, disponível no edital; cópia da carteira de identidade (RG) e/ou Cadastro de Pessoa Física (CPF); se for jurídica, cópia do Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral; proposta, contendo descrição, especificações, quantidade e valor de mercado, bem como outras características necessárias à definição do objeto; além dos comprovantes, quando houver, de atendimento aos “critérios para a aceitação da doação”. O material será avaliado pela Comissão de Processamento de Doações, que coordenará os procedimentos para recebimento dos itens aprovados.
Os materiais ofertados deverão atender as Resoluções da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), satisfazer os requisitos mínimos de qualidade estabelecidos em Norma Técnica (por exemplo: NBR/ABNT – Norma Brasileira/ Associação Brasileira de Normas Técnicas) e atender integralmente às demais normas pertinentes.
Doações recebidas
- 200 kits para teste rápido de covid-19, recebidos da empresa Nexa;
- 12 mil litros de álcool etílico, doados pelo grupo Bahamas, sendo que parte está sendo transformada em álcool gel 70% por profissionais ligados à Farmácia Universitária, à Faculdade de Farmácia e ao Instituto de Ciências Exatas (ICE) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF);
- Dez mil máscaras de tecido, sendo cinco mil recebidas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Juiz de Fora (CDL-JF) e outras cinco mil pelo Sindicato do Comércio (Sindicomércio).
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Veículo: Info Escola
Editoria: Educação
Data: 29/04/2020
Título: “Programa ‘Tempo de Aprender’ oferece cursos on-line em práticas de alfabetização para gestores e pais”
“Tempo de Aprender” é um programa de alfabetização abrangente do Ministério da Educação (MEC), desenvolvido a partir da Política Nacional de Alfabetização (PNA).
O projeto foi criado com o objetivo de combater as principais causas das deficiências da alfabetização no país. Entre elas estão: déficit na formação pedagógica e gerencial de docentes e gestores; falta de materiais e de recursos estruturados para alunos e professores; falha no acompanhamento da evolução dos alunos; e baixo incentivo ao desempenho de professores alfabetizadores e de gestores educacionais.
Com o propósito de melhorar a qualidade da alfabetização, o programa dispõe de ações estruturadas em quatro eixos:
1 – Formação Continuada de profissionais da alfabetização;
2 – Apoio pedagógico para a alfabetização;
3 – Aprimoramento das avaliações da alfabetização;
4 – Valorização dos profissionais de alfabetização.
A plataforma online oferece cursos de Formação Continuada para professores e gestores, pais e responsáveis e demais interessados. O projeto é uma realização do MEC e entidades como o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supeiror (CAPES), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), entre outras.
Para mais informações acesse o portal Tempo de Aprender.
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