Com objetivo de fornecer informações para o combate à Covid-19, o Grupo de Estudos sobre o Indivíduo Idoso (ID) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), desenvolveu, de forma remota, uma cartilha que reúne dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre como cuidar da saúde física e mental durante a quarentena. Voltada especialmente para os idosos e pessoas com deficiência, a cartilha está disponível para download no site do projeto.
Dando continuidade aos trabalhos desenvolvidos pelo grupo, durante o período de isolamento social, um dos produtos realizados pelo ID foi a cartilha “Unir sem Reunir”, que trata sobre direitos, serviços, equipamentos urbanos e outras informações úteis ao público alvo da campanha. Segundo o coordenador do projeto, professor Emmanuel Sá Resende, a equipe do ID, busca auxiliar esses dois públicos, que são os focos das pesquisas efetuadas no grupo. “Nesse período difícil pelo qual todos estamos passando, é preciso unir os esforços para ajudar o maior número de pessoas possível. Enquanto os idosos fazem parte do grupo de risco, poucas orientações para a pessoa com deficiência são divulgadas.”
A referência para confecção da cartilha foi o Guia Global Cidade Amiga do Idoso, documento produzido pela OMS com objetivo de apontar estruturas e serviços que sejam acessíveis e promovam a inclusão do idoso na sociedade. A gerente da equipe de força tarefa da cartilha, estudante do 9º período de Arquitetura, Lara Vilela, diz que o projeto traz temáticas inspiradas no guia global da OMS. “Como o combate à Covid-19 é especialmente tocante à população idosa, decidimos pegar essa estrutura de cartilha e trabalhar com um olhar voltado para o período atual de isolamento social e dessa pandemia que estamos vivendo. Então se o Guia Global trata de lazer no espaço urbano, nessa cartilha nos preocupamos com temáticas relativas ao lazer dentro de casa de uma forma segura.”
Para Lara Vilella, trazer informação nesse período é essencial, especialmente para a pessoa idosa. “Nesse período estão circulando muitas fake news. Sabemos que os idosos são aqueles que recebem notícias falsas em maior volume e as assimilam de maneira mais contundente. Levar informação de qualidade é importante para que eles se previnam de forma correta e eficiente, mas também para contribuir na questão emocional. Então, buscamos auxiliar a pessoa idosa a lidar com esse momento de ficar em casa, de perda de rotina. Nossa ação no ID toma várias frentes, mas sempre com a noção de proteger a pessoa física e emocionalmente.”
As informações para as pessoas com deficiência foram selecionadas a partir de um levantamento de documentos federais com recomendações para essa parcela da população.
Uma das propostas do projeto é também estabelecer vínculos com vários outros agentes atuantes na cidade de Juiz de Fora, como a Prefeitura Municipal, Câmara Municipal, Conselhos Municipais, associações, e outros núcleos e grupos de pesquisa da UFJF. Segundo o professor Emmanuel Sá Resende, é necessário identificar possíveis colaborações e convergências entre as ações em curso, para assim maximizar o resultado do trabalho em sua divulgação.