Projeto arqueológico desenvolvido pela Maea no campus (Foto: Divulgação)

Com uma divertida aventura que pretende evidenciar a arqueologia como ciência, o novo projeto do Museu de Arqueologia e Etnologia Americana (Maea), em parceria com o Centro de Ciências da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), será introduzido nesta terça-feira, dia 10, no contexto da 16ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. A ideia é contemplar, principalmente, o público infantil e adolescente de escolas municipais, estaduais e federais da cidade e da região.

Trata-se do “Fazer Ciência no Sítio Arqueológico”, uma oficina que se unirá em caráter permanente aos roteiros do Centro de Ciências já existentes, desta vez apresentando um percurso didático a partir de processos que remetem a escavação e a coleta. A oficina acontecerá em uma pequena área anexa ao prédio do Centro de Ciências, localizada na parte posterior próxima à mata, no campus. 

Em abril, o Centro de Ciências passará a incluir um novo projeto com um roteiro intensificado, que se refere a uma sessão no Planetário sobre a Arqueoastronomia Maya, uma visita à sala de Arqueoastronomia do Maea, um Relógio do Sol, além das atividades nos laboratórios da oficina “Fazer Ciência no Sítio Arqueológico”.

Cabanas-laboratório

Em fevereiro, a equipe do Maea, em parceria com o Centro de Ciências, com o apoio da Proinfra, começou a construção de duas cabanas com materiais sustentáveis, como madeira de eucalipto e bambus para estruturas e guarnições, além de folhas de palmeira para cobertura circundada por cercas de bambu projetando a ideia de uma aldeia indígena. 

No interior, na parte mais elevada da área, se encontram as áreas de escavação arqueológica, de contextos cronológicos distintos: Pré-Colonial e Contemporâneo, onde estão disponibilizadas diferentes peças, simulando artefatos.

Fragmentos de porcelana, ladrilho hidráulico, ferro e plástico foram evidenciados na parte que representa o Sítio Contemporâneo para mostrar aos estudantes que a Arqueologia não investiga apenas civilizações do passado, mas é capaz de revelar outras perspectivas sobre a história recente.

Um segundo momento da oficina envolve o Sítio Pré-Colonial, já com a possibilidade de análise de vasilhas de cerâmica. As peças foram criadas pela equipe do Maea de forma a representar os nativos que viveram na região da Zona da Mata Mineira.

Despertar para a ciência

A autora do “Fazer Ciência no Sítio Arqueológico” Luciane Monteiro, e o executor do projeto, Wagner Monteiro, ressaltam que todo o roteiro foi montado, nos mínimos detalhes, com a intenção de despertar os grupos de escolares e outros visitantes para a importância da arqueologia como uma ciência capaz de analisar evidências materiais deixadas por sociedades distintas.

A pesquisa arqueológica envolve diferentes etapas de trabalho, de caráter interdisciplinar, que serão apresentadas aos visitantes e que poderão ser vivenciadas desde o planejamento até as hipóteses que as evidências indicam.

Uma cerca com ripas de bambus demarca o território do Sítio Arqueológico, que abrange duas cabanas. Cada uma funciona como um laboratório, oferecendo uma mesa e dois bancos de trabalho para os grupos em visita. A primeira, representando o Sítio Colonial, mede 1,90m por 1,30m, e a segunda, representando o Sítio Pré-Colonial, mede 2,50m por 1,20m.

As participações devem ser agendadas pelo site oficial do Centro de Ciências ( https://www2.ufjf.br/centrodeciencias/). As visitas guiadas podem ser para escolas e para grupos. Também é possível realizar visitas espontâneas às quintas-feiras, das 19h às 21h, aos sábados, das 14h às 17h e, aos domingos, das 10h às 13h.

Outras informações: (32) 2102-3964 (Pró-reitoria de Cultura-UFJF)