Da esquerda para a direita: Professora Angélica da Conceição Oliveira Coelho, professora Carla Ferreira de Paula Gebara, professor José Carlos Tavares da Silva, professora Isabel Cristina Gonçalves Leite (coorientadora), doutoranda Denise Cristina, professora Rosangela Maria Greco (orientadora), Sra. Assunta (mãe da orientadora), professora Marluce Rodrigues Godinho e professora Cristina Arreguy Sena (foto: arquivo pessoal)

A tese desenvolvida pela enfermeira Denise Cristina Alves de Moura analisa o estresse psicossocial no trabalho e a prevalência de depressão dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Neste contexto, a pesquisa observa as relações desses problemas com as características de saúde, de vida e de trabalho. Quatrocentos profissionais de Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Juiz de Fora fizeram parte do estudo que foi realizado por meio do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

De acordo com Denise, a pesquisa aponta que a prevalência de sintomas depressivos entre os ACS foi de 20,6%. Além disso, o estudo revelou que fatores como possuir baixa ou moderada capacidade para o trabalho, baixo apoio social e  pertencer às classes econômicas C, D e E configuram condição de risco para a prevalência de sinais e sintomas de depressão. Em relação ao estresse psicossocial no trabalho, a enfermeira conta que foi utilizada a escala Modelo Demanda-Controle para a avaliação. “Nesse contexto, houve predomínio do trabalho de alta exigência entre os ACS (32,5%), que é o grupo de exposição para o estresse psicosocial no trabalho”, pontua.

A pesquisadora avalia que com os resultados obtidos é possível estabelecer estratégias de melhoria das condições de saúde, bem como dos processos de trabalho, além de evidenciar a importância da abordagem dos problemas de saúde mental. “Nesse sentido, torna-se necessária a implementação e o acompanhamento de métodos de manejo das fontes geradoras de depressão e estresse para os trabalhadores em questão.”

Para a professora orientadora, Rosangela Maria Greco, o estudo é relevante à medida em que aborda transtornos mentais, como a depressão  que, segundo ela, é considerada uma das mais importantes causas de incapacidade da população potencialmente trabalhadora. “Os ACS, que são trabalhadores inseridos na Atenção Primária à Saúde, estão expostos às demandas inerentes à atenção integral, às necessidades de saúde da população, às cargas desencadeadas pelo convívio com situações de pobreza, desigualdades sociais, limitações do sistema de saúde, precarização das condições laborais e à defasagem de planos de cargos e salários.” Nesse cenário, ela ressalta que é necessário olhar para as condições de vida, de saúde e de trabalho desses profissionais, pois “eles são um elo importante nas políticas de saúde e imprescindíveis para o Sistema Único de Saúde.”

Contatos:
Denise Cristina Alves de Moura – (doutoranda)
denisematipo@yahoo.com.br

Rosangela Maria Greco – (Orientadora – UFJF)
romagreco@gmail.com

Banca Examinadora:
Profa. Dra. Rosangela Maria Greco – (Orientadora – UFJF)
 Profa. Dra. Isabel Cristina Gonçalves Leite – (Co-orientadora – UFJF)
 Profa. Dra. Cristina Arreguy Sena – (UFJF)
 Profa. Dra. Marluce Rodrigues Godinho – (UFJF)
 Profa. Dra. Angélica da Conceição Oliveira Coelho – (UFJF)
Prof. Dr. José Carlos Tavares da Silva – (UCP)
Profa. Dra. Carla Ferreira de Paula Gebara – (UCP)

Outras informações: (32) 2102 – 3830 – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC)