O primeiro dia de provas do Programa de Ingresso Seletivo Misto 2020 (Pism) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) contou com uma recepção aos pais dos 248 candidatos que solicitaram atendimento especial. Os acompanhantes puderam esclarecer dúvidas, trocar experiências e conhecer os núcleos de assistência da Instituição por meio de palestras e depoimentos.
Durante as conversas foram abordados temas sobre o direito à acessibilidade e ao ensino superior, além de apresentação do Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI) e as condições oferecidas pela Universidade em termos de permanência e oportunidade para pessoas com algum tipo de barreira sensorial, intelectual ou voltadas para diferença, no sentido de uma participação e aprendizagem plena.
A vice-coordenadora do NAI, Mylene Santiago, destacou o crescimento na procura do atendimento especial para realização das provas do Pism. “Em 2014 foram recebidos 49 pedidos. Já este ano foram 248 e essas ações têm como objetivo acolher as famílias que não conhecem a Instituição e desenvolver o melhor trabalho possível, garantindo esses direitos.
Durante a palestra, a reitora em exercício, Girlene Alves da Silva, abordou a necessidade do acolhimento às famílias e ao candidato ao longo do processo seletivo.
“Existem dois aspectos que precisam ser compreendidos: primeiro, o de garantir a possibilidade do candidato fazer sua prova. Ao acolher a família e o candidato no processo seletivo, estamos sinalizando onde a instituição tem problema, onde ela pode avançar, e como essas parcerias devem ser estabelecidas no sentido de dar tranquilidade e outras garantias.”
A coordenadora do NAI e da ação de atendimento especial, Katiúscia Vargas, esclareceu a atuação do Núcleo e a importância da medida.
O primeiro contato
Adriana Luiza Matos participou pela primeira vez da ação enquanto aguardava pelo filho João Pedro Faria, 16 anos, candidato do Pism I. Adriana relatou que o primeiro contato a ajudou a se sentir mais segura e que não teve nenhum problema para realizar a inscrição. “Eu achei que por ser o primeiro ano teria mais dúvidas, mas fomos muito bem orientados, me mostraram quem ficaria com o meu filho que é autista, deixaram que eu o levasse à sala e transmitisse segurança a ele. O atendimento especial é fundamental e, sem ele, não seria possível o acesso a um concurso que é de todos.”
Para Rosilene de Almeida Salles, mãe do Jeremias Almeida Salles, 18, candidato do Pism I também avaliou o atendimento. “Foi muito importante e de grande ajuda esse primeiro contato. Lá fora a realidade é outra em que muitas pessoas, até mesmo especializadas na área da saúde, não conhecem o que acontece aqui.”