Participantes representaram conto africano do professor da UFJF Edimilson Pereira (Foto: Maria Otávia Rezende)

O mês da Consciência Negra foi lembrado com homenagens na última edição do Domingo no Campus, em 17 de novembro. As músicas foram um dos pontos fortes da manhã de atividades: o DJ Álvaro Capute fez um repertório de autores que marcaram história: “a seleção foi feita baseada no tema da Consciência Negra, e o critério foi buscar artistas e cantores negros, tanto brasileiros, quantos internacionais de sucesso, pra galera ficar mais sintonizada com o tema e ao mesmo tempo curtir e se distrair”.

O professor Estevão Maciel, do projeto de musicalização do Núcleo de Desenvolvimento Musical Funga Alafia, também animou as crianças e adultos presentes com músicas especiais, de origens afro-brasileiras, e reiterou a importância de apresentá-las ao público. “Procurei trazer ritmos diferentes, tanto da parte filosófica, quanto memorial das músicas. E trouxe essas canções porque na África eles têm muito essa questão da roda de música, que fala sobre a união, sobre a paz e sobre a coletividade.”

Manhã reuniu atividades para todos os gostos (Foto: Maria Otávia Rezende)

Maciel continuou tocando e ajudando a Tia Nilcéia com as suas famosas histórias que encantam todos os presentes. Neste domingo, ela trouxe um conto africano do professor da UFJF Edimilson Pereira, “O nome do sol”. Nilcéia ainda chamou as crianças para participarem de um pequeno teatro, para ilustrar o conto. Ao final da história, todas as crianças se reuniram em busca de um tesouro perdido, uma nova proposta do Domingo no Campus, que relembra a antiga brincadeira de Caça ao Tesouro. As crianças rodaram por diversas mesas de projetos até encontrar o tesouro.

Mais uma vez presente no projeto, o grupo de capoeira Jireh encantou o público com diversas apresentações de alunos e professores do grupo. A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura popular, dança e música. Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes marciais é a sua musicalidade. Praticantes desta arte marcial brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar, mas também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Um capoeirista que ignora a musicalidade é considerado incompleto. O mestrando Paulo Ricardo, que coordena o grupo Jireh, comentou sobre a importância da apresentação para a comunidade. “A capoeira tem transformado a vida de muitas pessoas, porque é uma atividade lúdica, pedagógica, cultural e desportiva, que desenvolve várias capacidades físicas e cognitivas, além da interação social. É essencial essa oportunidade de estarmos aqui, nesse trabalho tão valoroso pra comunidade”.

A programação ainda contou com diversos outros projetos e atividades, como Ginástica para Terceira Idade, Oficina de Bordado, Educação e Atenção em Saúde, Programa Saúde na Escola, GET da Medicina Veterinária, Festival de Pipas, Artes da Fifia, Obesidade e Hipertensão em adultos jovens, Na Vizinhança da Filosofia, Médicos do Barulho e Little League Marfins Beisebol de Juiz de Fora.

O Domingo no Campus é realizado com verbas de emenda parlamentar da deputada federal Margarida Salomão (PT-MG).