Congresso Brasileiro dos Engenheiros Sem Fronteiras, no Cine-Theatro Central, reuniu cerca de 300 congressistas, entre integrantes de núcleos da rede de diversas partes do país (Foto: Gabriela Maciel)

A noite da última sexta-feira, 15, foi marcante para a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), especialmente para as faculdades de Engenharia e Arquitetura e Urbanismo. A abertura do VI Congresso Brasileiro dos Engenheiros Sem Fronteiras, no Cine-Theatro Central, reuniu cerca de 300 congressistas, entre integrantes de núcleos da rede de diversas partes do país.

A cerimônia contou com a participação do reitor Marcus Vinícius David, da pró-reitora de Extensão, Ana Lívia Souza Coimbra, da coordenadora no núcleo dos Engenheiros Sem Fronteira – Juiz de Fora, professora Clarice Porto, do presidente nacional dos Engenheiros Sem Fronteiras Brasil, Cleuller Camilo, da diretora-geral dos Engenheiros Sem Fronteira-Juiz de Fora e coordenadora-geral do evento, Luana Oliveira, e do diretor da Wave Imersão linguística, Marcelo de Castro Dutra.

Sob o tema “Aprender para crescer, crescer para transformar!”, o congresso tem como objetivo, segundo Luana, “celebrar os resultados da gestão, integrar os participantes e incentivar o desenvolvimento dos núcleos da rede Engenheiros Sem Fronteiras, além de fomentar o sentimento do voluntariado nos membros da ONG”.

Dando início à abertura do evento, a Orquestra Juiz de Fora encantou os participantes com um repertório diversificado, executando desde músicas clássicas, como a canção “Oh, Minas Gerais”, a temas de filmes e séries, como “Rei Leão” e “La Casa de Papel”.

O reitor Marcus David parabenizou a organização do evento e saudou os alunos visitantes, ressaltando a importância da recepção da UFJF ao congresso, não apenas no espaço do campus, mas também no Cine-Theatro Central, patrimônio da cidade de Juiz de Fora. O reitor destacou, ainda, o papel das universidades públicas de levar conhecimento para a sociedade e de trazer experiências para dentro da comunidade acadêmica. “É interessante ver que os estudantes de engenharia estão trabalhando para além dos setores produtivo e econômico. Através de projetos como os Engenheiros Sem Fronteiras, é possível que os alunos utilizem seus conhecimentos para o campo social e adquiram experiências em diversos segmentos da sociedade”.

A pró-reitora de Extensão, Ana Lívia Souza Coimbra, destacou o fato de a Reitoria prezar por diversidade e integração na comunidade acadêmica, além de valorizar projetos que tornem mais prazerosa a rotina dos estudantes. “Sabemos das dificuldades que os universitários enfrentam na sua formação, principalmente relacionadas ao cotidiano na universidade. Os cursos de Engenharia representam bem esses obstáculos, pelas disciplinas pesadas e métodos avaliativos complexos, que muitas das vezes desencadeiam nos alunos quadros de depressão e ansiedade. Projetos como o Engenheiros Sem Fronteiras funcionam como antídoto para esses quadros, pois proporcionam aos estudantes a oportunidade de se sentirem produtivos em um ambiente mais leve”.

O núcleo dos Engenheiros Sem Fronteiras de Juiz de Fora foi fundado em 2015 e é constituído por estudantes de Engenharia e Arquitetura, que utilizam de seu conhecimento técnico para desenvolver projetos que solucionem problemas da comunidade. A professora Clarice Porto, coordenadora do núcleo de Juiz de Fora, lembrou do processo de criação do grupo na UFJF. “Quando fui convidada para integrar a equipe, há quatro anos, pensei nos motivos que me levariam a aceitar o desafio. Sem sombra de dúvidas, o olhar para o outro que o projeto proporciona foi o que me fez tomar a decisão de dar entrada nos papéis e concretizar a criação do nosso núcleo”. Clarice, que também representou o diretor da Faculdade de Engenharia, Marcus Borges, reafirmou o apoio da faculdade ao projeto e destacou que “pequenos gestos provocam transformações extraordinárias”.

O congresso segue até o domingo, 17, com palestras, oficinas, minicursos, mesas-redondas, rodas de conversa, ações e apresentará uma exposição de banners científicos (Foto: Gabriela Maciel)

Como comprovação dessas mudanças, o discente Cleuller Camilo, presidente nacional dos Engenheiros Sem Fronteiras, apresentou os resultados da gestão 2019 e celebrou os nove anos de atuação da ONG no Brasil. Cleuller destacou a marca de mais de dois mil voluntários espalhados por 21 estados do país, atingida esse ano, e a criação de coalizões estratégicas que potencializarão os trabalhos nos próximos anos. “Entramos, também, em 2019, para o grupo das melhores ONGs do Brasil, e isso é fruto do trabalho incansável da nossa gestão”, comemorou e agradeceu o presidente.

A discente Luana Oliveira, diretora-geral dos Engenheiros Sem Fronteiras-Juiz de Fora, também comemorou os resultados da ONG, que já tem propostas de trabalhar em conjunto com a comunidade internacional. Em vídeo exibido na cerimônia, a presidente Internacional dos Engenheiros Sem Fronteiras, a norte-americana Cathy Leslie, deixou claro o desejo de trabalhar em parceria com os voluntários brasileiros. “Nós somos a prova de que é possível crescer e transformar a sociedade”, disse Luana.

A cerimônia teve, ainda,uma discussão sobre educação com a palestra “Escolas Inovadoras Transformam o Mundo”, com Thiago Almeida, sobre as estratégias educacionais como solução para os problemas das próximas décadas, e se encerrou com a palestra principal “Transformar o Mundo Brincando”, de Edgard Gouveia Jr, com a reflexão da importância de mobilizar a humanidade para ações que impactem a qualidade de vida no planeta.

O congresso segue até o domingo, 17, com palestras, oficinas, minicursos, mesas-redondas, rodas de conversa, ações e apresentará uma exposição de banners científicos e estandes de produtos e serviços de parceiros. Confira a programação completa.

Outras informações: Site do evento