Hélady Sanders Pinheiro na premiação em Cuririba (Foto: Divulgação)

A médica, professora e pesquisadora do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF/EBSERH), Hélady Sanders Pinheiro, foi agraciada com o prêmio Emil Sabbaga no 16º Congresso Brasileiro de Transplantes, que aconteceu este mês em Campinas. O projeto premiado teve o HU-UFJF como centro coordenador, ou seja, que idealizou e coordenou toda a pesquisa, realizada em parceria com outros 20 serviços de transplantes no Brasil, entre hospitais universitários e particulares.

De acordo com Hélady, a pesquisa aborda um tema de extrema importância para o resultado do transplante renal: o fato de o paciente conseguir aderir de várias formas ao seu tratamento. “Foram pesquisados a prevalência desse problema e quais os fatores associados a esse comportamento, para que a gente possa pensar formas de abordar e contornar isso no futuro.”

A médica, também responsável pelo setor de Pesquisa e Inovação Tecnológica do HU, destaca a extensão e a importância do estudo, não só pelo número de hospitais envolvidos, mas do grande número de pacientes atendidos, 1.105. Além disso, afirma, “é importante ressaltar a qualidade da pesquisa que é feita, idealizada e conduzida nos hospitais universitários”.

 Resultados

A prevalência de não-aderências ao uso das drogas específicas do transplante renal (imunossupressores) é em torno de 40%, um índice alto e que pode comprometer o sucesso do procedimento. O estudo aponta as características do paciente e a forma como o serviço de transplante onde ele é acompanhado estão relacionados a não-aderência.

Como ressalta Hélady, “os transplantes em geral tratam de doenças muito graves, mas conferem qualidade de vida e adiciona sobrevida aos pacientes submetidos a eles. Se não conseguem seguir as recomendações para que tenham os melhores resultados, isso pode impactar tanto na perda desse enxerto quanto na piora na qualidade de vida das pessoas”. Portanto, está aí a importância da pesquisa: “A ideia é que, após esse trabalho, a gente possa trazer propostas para a redução do problema, não só nos centros que participaram do estudo, mas para sugerir soluções a toda a comunidade de pacientes renais transplantados no país”, conclui.

Outras informações: (32 4009-5393 (Assessoria do HU-UFJF-Ebserh)