Da esquerda para a direita: professora Michele Munk Pereira, professor Carlos Magno da Costa Maranduba, mestranda Virgínia Samôr Alves e professora Paula Loures (foto: arquivo pessoal)

Uma pesquisa realizada no Mestrado Profissional em Ensino de Biologia (PROFBIO), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), examinou a utilização das Tecnologias da informação e comunicação (TICs) como ferramentas de aprendizagem e ensino nas aulas de biologia. Segundo a pesquisadora, Virginia Sâmor Alves, o objetivo principal da investigação foi inserir o uso do blog Bio Nota 10 e o canal da plataforma no Youtube nas atividades pedagógicas para facilitar a interação e a construção coletiva de conhecimento dentro e fora do espaço escolar.

A mestranda enxerga o trabalho como um grande avanço e um novo modo de se ensinar para as atuais gerações. “As TICs desempenham um papel cada vez mais importante para o desenvolvimento do mundo invadindo todas as áreas do cotidiano, incluindo a Educação. Um exemplo da importância das TICs na educação, é a possibilidade de uma melhor aprendizagem por parte dos alunos nascidos no mundo digital”, disse a bióloga, que teve a ideia para a pesquisa antes do mestrado, quando em 2014 criou o blog Bio Nota 10 como uma forma de melhorar a estratégia de ensino. “Vendo meus alunos sempre no celular achei que seria uma ótima estratégia para aproximar o ensino com o lazer”, acrescenta.

Apesar de muitos professores considerarem as tecnologias uma ameaça para o ensino nas salas de aula, Virgínia sempre foi otimista quanto ao tema. “Não vejo as TICs como vilãs do processo ensino aprendizagem. Quando utilizadas, melhoram o processo de ensino, pois criam ambientes virtuais de aprendizagem, colaborando com o aluno na assimilação dos conteúdos. E, atualmente, encontramos na escola um crescimento do acesso aos dispositivos móveis pelos estudantes, sejam eles de classes mais ou menos favorecidas”. E ela ainda faz uma observação: “é importante salientar que não é a tecnologia a responsável pela solução ou resolução do problema educacional do Brasil. Entretanto, pode sim colaborar para melhorar certos índices que se apresentam desfavoráveis, se for usada adequadamente, para o desenvolvimento educacional”.

Mesmo com todas as dificuldades, como se deslocar de Visconde do Rio Branco, cidade onde mora, conciliando o trabalho como professora e os compromissos da pós-graduação, Virgínia tem um balanço positivo do projeto e se alegra com o crescimento de suas plataformas. “O blog tem mais de 600 mil visualizações, tem página no Instagram e Facebook, o canal no YouTube tem cerca de 180 inscritos e o vídeo mais acessado possui 3500 views. O blog também tem vários produtos como canetas, chaveiro, copos, blusa”. Além disso, durante o processo de pesquisa, a pesquisadora elaborou um artigo baseado no tema da dissertação que foi publicado na revista Ciência Hoje.

O professor orientador da dissertação, Carlos Magno da Costa Maranduba, salientou a importância do estudo para o ambiente acadêmico e a sociedade. “A pesquisa mostra a aplicação de ferramentas tecnológicas que são disponíveis e que são úteis para fixação do conhecimento se usadas de forma correta”.

Contatos:
Virgínia Samôr Alves – (Mestranda)
virginiasamor@bol.com.br 

Carlos Magno da Costa Maranduba – (Orientador-UFJF)
carlos.maranduba@ufjf.edu.br

Banca Examinadora:
Prof. Dr. Carlos Magno da Costa Maranduba – (Orientador – UFJF)
Profa. Dra. Michele Munk Pereira – (UFJF)
Profa. Dra. Paula Loures Valle Lima – ( FUPAC E UNIPAC)

Outras informações: (32) 2102 – 3223 – Mestrado Profissional em Ensino de Biologia