Trabalho visa reduzir possibilidade de lesão dos atletas (Foto: Divulgação)

O Núcleo de Investigação Músculo-Esquelética (NIME), grupo de pesquisa do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV), firmou parceria com o Valadares Esporte Clube para a coleta de dados físicos de 30 atletas do time principal que participará, a partir de agosto, do Módulo II do Campeonato Mineiro. Já nesta pré-temporada, pesquisadores coletam dados referentes a força máxima, potência muscular e equilíbrio, bem como analisam o desempenho dos atletas nas corridas com tiros de 100 metros.

O trabalho visa corrigir eventuais assimetrias dos atletas, reduzindo a possibilidade de lesão. “Existem estudos que demonstram a maior probabilidade de lesão com tais assimetrias, por isso a melhora do desempenho não é o único propósito, mas também a prevenção de lesões com a melhor capacitação física dos envolvidos”, destacou o professor Alexandre Barbosa, coordenador do NIME.

Uma vez coletados, os dados são analisados pelos pesquisadores do NIME e posteriormente repassados ao profissional de educação física do clube, possibilitando possíveis adaptações nos treinos de forma individualizada. Além de beneficiar o clube, a coleta ainda aporta um banco de dados importante para futuras comparações e possíveis trabalhos de iniciação científica ou mesmo de mestrado.

A ideia é que em breve o trabalho seja expandido para as divisões de base do time.

Professor Alexandre Barbosa acompanha coleta de dados no Parque Olímpico (Foto: Divulgação)

Além da parceria com o Valadares Esporte Clube, o NIME tem trabalhado com a equipe de corrida Luiz Souza, projeto social que conta com 197 atletas. A coleta dos dados é realizada no Parque Olímpico. “A coleta no local de treino possibilita a avaliação em um contexto real de competição e nos auxilia na identificação de possíveis intervenções para a melhora do desempenho atlético durante competições e treinos. Utilizamos sensores inerciais de alta precisão para as coletas de dados. Tais sensores conseguem detectar com acurácia alguma assimetria na velocidade de propulsão, nas fases de apoio e de voo da corrida, bem como angulações de pelve, que podem alterar a técnica do atleta, resultando em menor desempenho”, ressaltou Alexandre.

As pesquisas contam com o apoio do Instituto de Ciências da Vida, do Departamento de Fisioterapia da UFJF-GV, do Mestrado em Ciências da Reabilitação (www.ufjf.br/mcreab) e do mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde (www.ufjf.br/ppgcas), que contribuem em grande parte com recursos humanos, insumos e equipamentos para a realização das intervenções propostas.