Luiza de Mello Stefano abordou como a atividade e o engajamento das comunidades de fãs no Twitter influenciam na construção do fluxo e da dinâmica comunicacional dos programas televisivos (foto: Alice Coêlho/UFJF)

A mestranda Luiza de Mello Stefano, do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCom) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), defendeu a dissertação “Conectividade TV e web: a construção do fluxo e da dinâmica comunicacional do BBB18 a partir do engajamento dos fãs”. A pesquisa trata da simbiose entre televisão e web em um cenário no qual emerge um modelo de consumo, produção e distribuição de conteúdo audiovisual que pede conectividade.

“Abordamos, através de um estudo exploratório da 18ª edição do reality show Big Brother Brasil, como a atividade e o engajamento das comunidades de fãs no Twitter influenciam na construção do fluxo e da dinâmica comunicacional dos programas televisivos”, afirma a pesquisadora.

Luiza conta que sempre acompanhou o programa e, de telespectadora e fã, começou a ter curiosidade no âmbito da pesquisa e da comunicação. “Quando precisei montar o projeto de pesquisa para minha monografia, já não tinha dúvidas que queria estudar o BBB. Em 2016, analisei se as redes sociais eram vilãs ou aliadas da televisão, frente a sucessivas quedas de audiência do Big Brother Brasil. Nessa época, comecei a estudar sobre o novo contexto da televisão, sobre fenômenos como a segunda tela, social TV e as comunidade de fãs. No mestrado, foquei na forma como o engajamento dos usuários influencia no modo de produzir televisão, que deu origem à dissertação que defendi.”

Segundo a autora da pesquisa, a 18ª edição do BBB foi a que mais e melhor utilizou as redes e participação dos fãs a seu favor, representada nos quadros “Big Treta Brasil” e “O outro lado do paredão”. Luiza argumenta que a interferência da participação deles “evidenciou um Big Brother Brasil empenhado em estabelecer uma comunicação horizontalizada e representativa com seus públicos. Além disso, algumas estratégias e ações propostas pelo programa se destacaram e revelaram pistas de um novo modelo de se produzir televisão”.

Para a professora Soraya Ferreira, que orientou o trabalho, a pesquisa aponta para a necessidade da academia se debruçar, cada vez mais, sobre os impactos trazidos pelas novas tecnologias. “A tecnologia coloca em destaque formas diferenciadas de participação que precisamos entender como funcionam, como interferem nas nossas ações e quais as estratégias que temos usado para ocupar estes espaços, a princípio mediados pelas linguagens do entretenimento”, argumenta.

Banca examinadora:
Prof. Dra. Soraya Maria Ferreira Vieira – (orientadora – UFJF)
Prof. Dra. Gabriela Borges Martins Caravela – (UFJF)
Prof. Dr. Bruno Roberto Campanella – Universidade Federal Fluminense (UFF)

Outras informações: (32) 2102-3616 – Programa de Pós-Graduação em Comunicação