Mesa-redonda sobre a regulamentação da Extensão no 44º Encontro Nacional Forproex (Foto: Ascom/MEC)

O Ministério da Educação (MEC), por meio do ministro Rossieli Soares da Silva, homologou, na última sexta-feira, 14, a resolução que define as Diretrizes para as Políticas de Extensão da Educação Superior Brasileira. A homologação aconteceu em cerimônia do Conselho Nacional da Educação (CNE) em Brasília, Distrito Federal (DF), e definiu princípios para a Extensão de todo o sistema de Educação Superior do país.

Pautada em discussões do Conselho ao longo dos últimos anos, as diretrizes, que se realizam como políticas de estado, definiram como ações extensionistas todas aquelas que envolvam diretamente a comunidade externa às Instituições de Ensino Superior (IES) e complementam a formação acadêmica.

A resolução foi elaborada a partir de uma construção coletiva que contou com representantes de órgãos públicos e privados da extensão do Brasil. Entre 2014 e 2018, o Fórum de Pró-reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior brasileira (Forproex) realizou mais de cem visitas da direção nacional à instituições de ensino que objetivaram o debate das diretrizes.

A Pró-reitora de Extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e  presidente do Fórum de Pró-reitores de Extensão das Instituições de Educação Superior brasileiras (Forproex), Ana Lívia de Souza Coimbra, considera que a homologação da resolução significa a materialização, por meio de uma lei, dos princípios e diretrizes que movem a Extensão.

Segundo Ana Lívia, as novas diretrizes nacionais serão fundamentais para o fortalecimento do compromisso social das instituições de ensino superior (Foto: Géssica Leine)

Segundo Ana Lívia, as novas diretrizes nacionais serão fundamentais para o fortalecimento do compromisso social das instituições de ensino superior. “Hoje no sistema de ensino superior no Brasil nós temos oito milhões de universitários. Com essas diretrizes, cuja extensão começa a fazer parte da matriz curricular de todos os cursos, teremos no território brasileiro oito milhões de estudantes com projetos interventivos no campo da comunicação, cultura, educação, meio ambiente, saúde, trabalho, tecnologia, direitos humanos e justiça. E isso é muito significativo”, avalia.

Política de extensão na UFJF

Na UFJF o debate acerca da política de extensão já vem sendo promovido nas duas edições do Congresso de Extensão Universitária, realizadas, em conjunto com Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), nos campi de Juiz de Fora e de Governador Valadares, em 2017 e 2018. Como explica Ana Lívia, “assim como em todas as outras universidades, teremos uma modificação nos currículos dos nossos estudantes, incluindo a possibilidade de se trabalhar a extensão universitária por meio de disciplinas e projetos”.

Visando debater a melhor forma de atender a essas diretrizes, foi criada uma comissão com a participação de membros dos Conselhos Setoriais de Graduação e de Extensão, da Prograd e da Proex. “O objetivo é ampliar a discussão sobre a implementação mais apropriada da extensão nos currículos dos cursos de graduação da UFJF. O trabalho está em andamento e, para que o debate seja o mais amplo e democrático, em breve, novos sujeitos serão incorporados nas atividades”.