A avaliação e a comparação de diferentes intensidades de Exercício Muscular Inspiratório (EMI) e a análise das alterações cardiovasculares proporcionadas por ele durante e após a atividade fundamentaram a dissertação da acadêmica  Leila Dal Poggeto Moreira. A pesquisa contou com 15 voluntários jovens e do sexo masculino, além de dois questionários analíticos. O estudo foi apresentado no Programa de Pós-Graduação em Educação Física, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Segundo a mestranda, há uma lacuna a ser preenchida na literatura do tema porque ainda não se estabeleceu um consenso sobre o tempo, a carga e a intensidade adequada durante o EMI. Dessa forma, explica a pesquisadora, compreender as respostas cardiovasculares provocadas por essa atividade física oferece dados seguros e eficazes para a aplicação em cada grupo focal. “A pesquisa é capaz de promover um melhor entendimento do assunto abordado. Assim, mostramos para a sociedade que o exercício muscular inspiratório altera o sistema cardiovascular; e que diferentes intensidades causam diferentes respostas cardiovasculares”.

A avaliação foi realizada utilizando quatro sessões de EMI, são elas: Sham (consiste em um exercício sem carga), EMI 30%, EMI 40% e EMI 60% (exige a Pressão Inspiratória Máxima). Durante as atividades, a pesquisadora monitorou as variações da  pressão arterial sistólica, diastólica e média; resistência periférica total; débito cardíaco; volume sistólico e frequência cardíaca. As análises desses parâmetros se deram por meio da técnica não invasiva de fotopletismografia digital infravermelha. O fluxo sanguíneo muscular do antebraço também foi considerado no estudo.

Resultados  

Para mensurar os dados coletados de maneira ampla, Leila recorreu à aplicação de dois questionários. O primeiro, observa a prontidão da atividade física (PAR-Q); o segundo, a atividade física habitual (questionário de Becke). Os resultados demonstraram que, durante todas as sessões de EMI, a frequência cardíaca foi aumentada. Somente o protocolo Sham reduziu o volume sistólico; o protocolo EMI 60% aumentou o débito cardíaco e a pressão arterial. Além disso, a pesquisadora estabeleceu comparações entre os resultados durante a fase de recuperação – 60 minutos de intervalo -, comprovando que os quatro exercícios diminuíram a frequência, o débito cardíaco e o fluxo sanguíneo muscular de forma semelhante nessa condição de análise.  

O professor orientador da dissertação, Daniel Godoy Martinez, afirma que compreender as alterações decorrentes dos exercícios musculares inspiratórios pode evidenciar a assertividade do método de acordo com a população. “O diferencial dessa dissertação está na avaliação e na comparação de diferentes intensidades de exercício muscular inspiratório e as alterações cardiovasculares proporcionadas por ele durante e após o exercício. O conhecimento e a pesquisa científica andam juntos e são de extrema importância, pois é a partir dela que a inovação e tecnologia avançam”, destaca Godoy.   

Contatos:
Leila Dal Poggetto Moreira (mestranda)
leiladpmoreira@gmail.com

Daniel Godoy Martinez (orientador – UFJF)
danielgmartinez@yahoo.com.br   

Banca examinadora:
Prof. Dr. Daniel Godoy Martinez (orientador – UFJF)
Profª. Drª Patrícia Fernandes Trevizan Martinez (UFJF)
Profª. Drª Ivani Credidio Trombetta (Universidade Nove de Julho)

Outras informações: (32) 2102 – 3291 – Programa de Pós-Graduação em Educação Física