Fernanda Freitas foi premiada com um período de residência arquitetônica no escritório de Gustavo Penna (Foto: Arquivo Pessoal de Fernanda Freitas)

A aluna Fernanda Freitas, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), venceu o 1º Concurso de Ideias do Gustavo Penna 73/23. A competição foi aberta para graduandos de todo o país e teve como prêmio um período de residência arquitetônica no escritório do profissional mineiro Gustavo Penna.

Com o apoio da Pontifícia Universidade Católica de Poços de Caldas (PUC/Poços de Caldas) e do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/MG), o concurso teve início no mês de outubro e fez parte do projeto “Gustavo Penna 73/23 – 50 anos de Arquitetura, Desenho e Palavra”, que realiza um conjunto de eventos visando comemorar os 50 anos de atuação do arquiteto que dá nome ao evento.

“Participar de concursos de arquitetura sempre esteve nas minhas atividades como estudante. As possibilidades de projetar em vários lugares fora da cidade, explorando temas que às vezes não aparecem na graduação sempre me atraíram e, por isso, já participei de alguns concursos. Porém esse foi o primeiro em que fui premiada e o sentimento é de felicidade e dever cumprido”, avalia a estudante que está no décimo período da graduação e se forma no dia 17 de dezembro.

O concurso ofereceu para seus participantes a possibilidade de alterar a vida da população de Poços de Caldas através da projeção de novos espaços para a cidade, além de repensar locais já existentes. Em seu projeto, Fernanda buscou priorizar a interação entre as pessoas nas vias públicas. “A minha proposta tinha como foco – além do redesenho de algumas ruas – as esquinas, ampliando o espaço para os pedestres e potencializando os encontros e a vivência na cidade através, também, de novos usos para edifícios e terrenos subutilizados na área central”, explica.

Projeto de Fernanda leva em conta a perspectiva de uma cidade para pessoas, convidativa ao caminhar e ao conviver (Imagem: Arquivo pessoal de Fernanda Freitas)

Cidade para as pessoas
“Até o início do século, as cidades eram pensadas em função do desenvolvimento e do progresso e hoje vivemos algumas consequências que afetam o nosso viver e acaba nos tirando das ruas por falta de infraestrutura, segurança, conforto e espaço para o pedestre. Uma cidade pensada para as pessoas é convidativa ao caminhar e ao conviver. Onde há espaço para se transitar com segurança, pequenas distâncias para se realizar as atividades do cotidiano e espaços de permanência e lazer, há mais qualidade de vida, mais participação da comunidade e mais encontros”, avalia a estudante.

Em seus últimos momentos como graduanda e nas vésperas do início da atividade profissional, Fernanda trata a vitória no concurso de âmbito estadual como um diferencial para entrar no mercado. “Tenho certeza de que essa residência arquitetônica vai me ajudar a entender melhor as dinâmicas da vida profissional e os processos de projeto, além de me proporcionar novos contatos e conhecimento de outros profissionais que contribuirão para esse início de vida como arquiteta”.