Apresentações orais aconteceram nesta terça, no Centro de Ciências, com presença de avaliadores do CNPq (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

O 24º Seminário de Iniciação Científica (Semic) sediou, nesta terça-feira, 13, no Centro de Ciências, apresentações de pesquisas acadêmicas desenvolvidas na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O evento, promovido pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da UFJF, é parte da Semana de Ciência, Tecnologia e Sociedade.

As apresentações foram divididas em três grandes áreas: Humanas e Sociais Aplicadas; Saúde e Biológicas; e Engenharia e Exatas. Os estudos escolhidos foram avaliados em uma primeira etapa, na qual os pesquisadores precisaram gravar um vídeo sobre o trabalho desenvolvido. Nesta segunda etapa – a apresentação oral – os estudantes são submetidos à uma banca de avaliadores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sendo três avaliadores externos e dois internos.

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, Mônica Ribeiro, destacou que o Semic já é tradicional na instituição e possibilita a integração das pesquisas acadêmicas, além de permitir a interface entre ensino, extensão, pesquisa e inovação. “É uma oportunidade excelente para os alunos apresentarem os trabalhos e para os professores perceberem o fruto dos projetos que eles desenvolvem”, afirmou. A pró-reitora considerou ainda que a UFJF exerce protagonismo ao criar este espaço para integração entre todas as áreas do conhecimento.

A estudante do Instituto de Artes e Design (IAD), Larissa Noriega, participa pela primeira vez do Seminário e abordou em seu trabalho uma perspectiva histórica sobre a arte contemporânea, ressaltando o sucesso e a profissionalização na área. Como estudo de caso, ela analisou a carreira de Maria Martins, artista dos anos 1940 e 1950. Larissa conta que precisou conciliar a finalização da pesquisa com a maternidade, o que tornou ainda mais emocionante a aprovação para apresentar o trabalho na Semic.

Primeira vez
O estudante de Farmácia, Ygor Ferreira, pesquisa desde 2014 os efeitos da planta “Polygonum Hydropiperoides MIchx” – conhecida popularmente como erva de bicho -, para o combate de infecções bacterianas. Através de seu extrato, o pesquisador percebeu que ela apresenta capacidade de inibir o crescimento de bactérias com importância médica. “Nesse cenário mundial, em que as bactérias estão cada vez mais resistentes e fica mais difícil tratar infecções, esta planta é uma opção terapêutica viável”, explicou. Ferreira contou que já havia se inscrito para o Seminário no ano passado, mas que esta é a primeira vez em que foi aprovado para a etapa de apresentação oral.

Já o estudante de Engenharia Elétrica, Hyago Palacio Fabris, apresentou o projeto de construção de um veículo elétrico de pequeno porte, elaborado no laboratório solar da Universidade, onde além de um carro elétrico, foi desenvolvido um controle no motor de indução, que induz um campo eletromagnético e faz os pneus e as rodas movimentarem.  Ele destacou que o papel do Seminário é relevante para promover a valorização do ensino e para conhecer todos os trabalhos desenvolvidos dentro da UFJF. “A gente precisa mostrar que faz pesquisa de ponta, que a Universidade tem potencial e que os alunos também têm ensino de qualidade para poder desenvolver essas pesquisas”, ressaltou.

Os melhores trabalhos apresentados no Seminário serão premiados nesta quarta-feira, 14, junto com a premiação dos projetos de extensão, graduação e inovação, a partir das 14h, no anfiteatro das Pró-reitorias.