Reitor destacou o sucesso do ICE e reforçou a necessidade do compromisso em defender as universidades públicas (Foto: Twin Alvarenga)

A semana do Instituto de Ciências Exatas (ICE) começou nesta segunda-feira, 15, com a solenidade em comemoração aos 50 anos do Instituto, que reuniu atuais e antigos professores, servidores e estudantes a fim de relembrar a história do ICE. Como forma de homenagem, os Correios lançaram um selo comemorativo.

A semana do ICE acontece anualmente há mais de 20 anos na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), sempre durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e apresenta programações específicas das semanas dos departamentos que fazem parte do Instituto – Computação, Matemática, Física, Química e Estatística – que promovem palestras e minicursos, além de um Feira de Ciências na próxima quarta-feira, 17.

O diretor do ICE, Eduardo Barrére, ressalta que o diferencial do evento neste ano foi o esforço para possibilitar a reunião de ex-docentes e servidores do Instituto, já que o tema desta edição é o aniversário da entidade. “Este é um encontro importante até mesmo para que a gente comece a valorizar mais a nossa história, o que não é tão comum na nossa área de exatas, na qual a gente trabalha muito com questões mais imediatistas”, explica.

A mesa de abertura foi composta pelo reitor Marcus Vinicius David e pela vice-reitora, Girlene Alves; pelo diretor do Instituto, Eduardo Barrére, e pela vice-diretora, Rosana Colombara; pela deputada federal e ex-reitora da UFJF, Margarida Salomão; pelo ex-diretor do ICE e secretário de Ensino Superior do MEC, Paulo Barone; e pelo ex-aluno e representante dos Correios na solenidade, Eduardo Neto.

https://www.youtube.com/watch?v=YB7PWCW1hWc

O reitor destacou que o sucesso do ICE reforça a necessidade do compromisso em defender as universidades públicas brasileiras e lembrou a importância do Instituto na produção de inovações e na atuação no desenvolvimento social. “O ICE sintetiza muito da nossa Universidade, pela qualidade da graduação, da pós-graduação e da pesquisa oferecidas aqui dentro. Por ser um Instituto que democratizou e ampliou o acesso ao ensino superior”, afirmou.

Correios lançaram o selo comemorativo pelos 50 anos do ICE (Foto: Twin Alvarenga)

Durante a cerimônia, os Correios lançaram o selo comemorativo pelos 50 anos do ICE, que além de ser um objeto de coleção, também possui real valor de porte e pode ser usada para postar correspondências. Os selos foram entregues aos membros da mesa de abertura e, também, aos homenageados pelo Instituto, que foram chamados ao palco para receber os selos e uma placa de homenagem.

Os ex-diretores do ICE e alguns professores e servidores foram homenageados pelos serviços prestados ao Instituto. Barone, diretor no período de 2002 a 2006, lembrou com orgulho das transformações pelas quais o Instituto passou ao longo do tempo e ressaltou o caráter pioneiro do ICE ao estabelecer a formação em dois ciclos, que permite que o aluno tenha contato com a formação profissional na segunda etapa do curso. Outro homenageado, o servidor Iradelvar Miguel do Monte – conhecido como Vavá, enfatizou a importância do Instituto em sua vida e a gratidão pela homenagem. “O ICE é o lugar em que eu me sinto bem, é a minha segunda casa”.

O evento teve ainda a palestra “ICE – 50 anos de História”, ministrada pelo professor do Departamento de Química, Emanoel Felício, que também foi homenageado na solenidade. Felício relembrou o início da construção da UFJF e as transformações pelas quais o ICE passou desde a implantação do Instituto, em 1968. O professor lembrou que no começo havia quatro cursos: Física; Desenho e Plástica; Matemática; e Química – hoje o Instituto tem 15 cursos de graduação presencial e mais quatro cursos de licenciatura a distância – Computação, Matemática, Química e Física.

O professor destacou, ainda, as dificuldades com infraestrutura e equipamentos no início e reforçou como o recurso humano é capaz de vencer obstáculos. “Estamos felizes em saber que nós investimos adequadamente quando nós pensamos que o mais importante para a instituição é ter pessoas. O trabalho do ICE nunca foi e nunca será o trabalho de um homem só, é um trabalho de equipe”, garantiu.