20ª edição do evento tem como tema “Tradição e Contradição” (Foto: Alice Coêlho/UFJF)

20ª edição do evento tem como tema “Tradição e Contradição” (Foto: Alice Coêlho/UFJF)

Técnicas construtivas não convencionais de canteiro experimental estão sendo trabalhadas na 20ª Mostra de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Nesta terça-feira, 16, estudantes construíram canteiros decorativos feitos de barro com o propósito de experimentar técnicas naturais e de fácil aprendizagem. O evento aborda o tema “Tradição e Contradição” e busca discutir questões ligadas à comunidade acadêmica, como ensino, política e representatividade, por meio de oficinas, palestras e debates. A semana é organizada pelo Centro Acadêmico do curso de Arquitetura e Urbanismo e aberta ao público em geral.

Para o membro da comissão organizadora da mostra e estudante do 10º período de Arquitetura e Urbanismo, Paulo Roberto Ferreira, as oficinas de canteiro experimental são enriquecedoras para a formação. “Hoje em dia, não pisamos mais no chão, apenas no concreto. Quase não vemos o sol, porque os prédios tomam o sol da gente. Os canteiros experimentais são meios de retomarmos o contato com a natureza que foi perdido. A ideia é possibilitar que as pessoas estejam em contato com técnicas que não vemos na faculdade.”

O canteiro montado no segundo dia do evento consiste numa malha de bambus roliços e em formato de ripas que servem de suporte para o barro. Ferreira observa que o bambu e o barro são materiais financeiramente acessíveis e que não fazem mal ao meio ambiente. “O barro pode ser usado até mesmo em construções, como casas e prédios. Hoje estamos fazendo uma experimentação com efeito decorativo. Aproveitamos garrafas de vidro e o reboco será artístico em alto relevo. É um processo. Precisamos esperar o barro secar e criar rachaduras para ser preenchido novamente.”

Simultaneamente à oficina de canteiro experimental, o encontro contou ainda com a palestra sobre “A história da ocupação da Amazônia”; a atividade “O futebol como instrumento de reivindicação do espaço” e a exibição do filme “Pra frente Brasil”, de 1982, sobre a ditadura militar no país.

As atividades do evento ocorrem ao longo de toda a semana e vão até sexta-feira, 19. Outras oficinas de canteiros serão oferecidas, como jardim vertical e cúpula de ripas de bambu entrelaçadas para dar suporte a plantas trepadeiras.

Os interessados em comparecer à mostra podem fazer inscrição no dia da programação desejada. Detalhes dos locais de cada atividade serão divulgados na página do evento no Facebook na véspera de cada dia.

Outras informações:  cacau@arquitetura.ufjf.br