Estudantes participaram de palestras, workshops e uma competição de inovação e tecnologia (Foto: Gustavo Tempone/UFJF)

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebeu nesta quarta-feira, 10, o IEEE Day 2018, evento internacional promovido pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), uma organização representada em mais de 160 países. A programação do evento contou com uma competição de inovação, workshops e palestras de cunho tecnológico e social – um exemplo desta última categoria foi a apresentação intitulada “Tendências de Investimento Social nas Empresas”, ministrada pela coordenadora de atividades da empresa Dow, Andreia de Oliveira.

O objetivo de Andreia foi, principalmente, mostrar as ações da companhia – líder na produção de silicone no mundo – em prol do incentivo ao voluntariado e da inclusão das minorias, ou seja, de grupos marginalizados devido a aspectos sociais, culturais, físicos, econômicos ou religiosos. Andrea também atua como líder do grupo LGBT nomeado Glad, que é constituído por colaboradores da empresa e terceiros.

“Quando uma pessoa faz parte de algum grupo, ela se vê identificado dentro da própria empresa e tem a tendência de consumir os produtos da mesma. Então, há um ganho não só financeiro, mas também um ganho de desenvolvimento, de respeito e do processo igualitário para todos, independente de suas características físicas, genéticas e de gênero.”

A discente do curso de Engenharia Elétrica, Juliane Rodrigues, frisa o lado positivo de um evento como esse: “o aluno que sai da sala de aula tendo respeito pela diversidade leva vantagem ao enfrentar o mercado de trabalho, pois o pensamento machista já não cabe mais na sociedade.” Um dos organizadores do evento, o aluno do curso de Engenharia e embaixador do IEEE em Minas Gerais, João Lucas de Castro, argumenta que a discussão de temas relacionados à inclusão se faz necessário principalmente nos cursos de engenharia. “A engenharia ainda é um ambiente muito homogêneo, a gente não vê muitas mulheres, pessoas negras e LGBTTI, e isso acaba fazendo com que as pessoas tenham a ideia de ser um meio preconceituoso”, finaliza.