Jornada de Cinema e Ciências Sociais discutiu questões de gênero, raça e sexualidade (Foto: Iago de Medeiros/UFJF)

Refletindo sobre “Mulheres indígenas, Empoderamento Feminino e Formas de Resistências”, a 1ª Jornada de Cinema e Ciências Sociais foi encerrada nesta quarta-feira, 10. A partir da dinâmica de exibição de filme seguido de debate, o último dia dos encontros apresentou o filme “Piõ Hoimanazé, a Mulher Xavante em sua Arte”, da diretora Cristina Floria. Foi abordado o empoderamento feminino do ponto de vista urbano e das comunidades indígenas.

A jornada é organizada pelo Laboratório de Antropologia Visual e Documentário (Lavidoc), do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCSO), e pelo curso de Cinema e Audiovisual, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). As convidadas para o debate foram as mestrandas Francineia Bitencourt Fontes e Janaina Janis, com mediação do professor Daniel Pimenta.

Para o coordenador do Lavidoc, Carlos Reyna, o filme “mostra a riqueza de conhecimento das guerreiras femininas Xavante, que trazem sua arte, sua forma, e seu patrimônio cultural feminino”. Isso acontece, explica ele, “a partir das transmissões culturais para as crianças sobre parto, menstruação, arte de maneira geral e suas pinturas desenvolvidas como forma de existência e continuidade cultural”.

Panorama geral
O evento discutiu, ao longo de três dias, questões ligadas a gênero, raça e sexualidade; relações raciais, cultura negra e memória; e representação indígena feminina. A jornada teve início segunda-feira, 8, com debate sobre o cinema como objetivo de pesquisa. Categorias e conceitos pertinentes às Ciências Sociais, a partir de gênero e raça, foram identificados.

O segundo dia ficou por conta de um mergulho na utilização das imagens fílmicas e fotográficas como ferramenta de pesquisa. Os pontos debatidos partiram da produção do conhecimento, pensando também como essa questão pode ser construída metodologicamente para permitir um entendimento ao espectador.

“Com essa primeira jornada, criamos muitas expectativas, houve um fluxo interessante de participação de diversas áreas, como Ciências Sociais, Comunicação, História, e Cinema. Sendo esse último particularmente importante porque tem propostas sempre vinculadas às Ciências Sociais, seja para realização, seja como ferramenta de pesquisa e interpretação”, observa Reyna.