Vice-reitora Girlene Silva destacou investimentos em laboratórios e inclusão da extensão no currículo dos cursos, entre outras ações efetivas (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Em mais um encontro realizado junto às unidades acadêmicas, o reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Marcus David esteve com sua equipe no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) para apresentar o plano estratégico e financeiro da instituição para os próximos dois anos e ouvir as demandas do ICB para ampliação das propostas.

Além de assegurar o equilíbrio financeiro das contas, o reitor afirmou que a partir de agora é possível voltar a pensar em ações de melhoria e no fortalecimento da instituição. Nesse sentido, falou sobre o empenho em concluir o primeiro pacote de obras e reformas do ICB e a promissora expectativa quanto ao segundo pacote. Nele estão contemplados a Anatomia, a Botânica e a Bioquímica. De acordo com David, o Conselho Superior tem sido bastante sensível e provavelmente irá definir pela priorização desses espaços na alocação de recursos e retomada dos trabalhos.

A vice-reitora Girlene Silva destacou, dentre as grandes áreas do planejamento, algumas ações efetivas como os investimentos em laboratórios, a discussão sobre as licenciaturas, a inclusão da extensão no currículo dos cursos e o resgate da figura do professor visitante, algo que tem garantido resultados positivos para os programas de pós-graduação.

Em relação aos investimentos, alguns professores alertaram para a reduzida fatia de recursos voltada para a graduação, o que não permite grandes avançados. A ideia seria melhorar a integração com a pós-graduação e a definição mais clara quanto aos orçamentos da unidade, cursos e departamentos. Segundo a coordenadora do curso de Ciências Biológicas, apesar de já completar 50 anos, o curso possui problemas estruturais como a falta de pessoal e infraestrutura adequada ao tamanho da demanda.

A coordenadora do curso de Nutrição, Céphora Maria Sabarense, mostrou preocupação quanto ao fato dos cursos terem que destinar 10% de sua carga horária para atividades de extensão. A pró-reitora de Extensão Ana Lívia Coimbra disse que essa é uma regulamentação nacional e todos os cursos terão que se adaptar. Para atingir essa carga horária, segundo ela, estão sendo pensadas alternativas como disciplinas mistas, articulação com a pesquisa, criação de eventos, entre outras oportunidades para além das possibilidades de bolsas em projetos.

Avaliação dos docentes
Uma das sugestões levantadas durante a reunião foi a criação de mecanismos mais efetivos de avaliação dos docentes. Segundo

Reitor Marcus David falou sobre o empenho em concluir obras e reformas do ICB (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

a diretora de Avaliação Institucional, Michele Farage, existe uma obrigação legal a respeito do assunto e, no final do ano passado, foi criado um módulo dentro do Siga para isso. A primeira aplicação foi realizada em julho e contou com a participação de quatro mil estudantes e 400 docentes, de forma voluntária. Os relatórios estão sendo emitidos e serão encaminhados para os departamentos e coordenações até o final deste mês.

Entre os temas do encontro, também foi apontado como essencial o avanço nas políticas de captação de recursos, especialmente, junto à iniciativa privada, e no desenvolvimento de soluções na área de tecnologia da informação para o atendimento das demandas do campus.

O diretor de Inovação, Ignácio Delgado, anunciou que em breve a UFJF terá mecanismos mais simplificados de integração entre a instituição e empresas. Está em andamento um novo parâmetro legal para os trâmites, principalmente, para aqueles de menor valor envolvido – até R$ 16.800. Outra iniciativa da área é a aposta em projetos estratégicos que possam garantir recursos de grande monta como a ideia de um instituto de pesquisas transnacional, envolvendo múltiplas áreas do conhecimento.

Ainda dentro da área de inovação, apontou-se como essencial os investimentos no Centro de Gestão do Conhecimento. O reitor reconheceu a necessidade e disse que o setor tem trabalhado no mapeamento de processos dentro da Universidade para, a partir daí, propor soluções na área de tecnologia da informação.

O calendário de vistas da gestão  às unidades acadêmicas continua nas próximas semanas.