Da esquerda para a direita: Profª. Fabiana Bonato, Prof. Júlio Lovisi, Prof. Marcus Gomes Bastos (orientador), mestrando Jaime Afonso Sousa Netto, Profª. Arise Galil (co-orientadora) e Prof. Gustavo Bittencourt (foto: arquivo pessoal)

Muitos pacientes que possuem doença renal crônica desenvolvem complicações cardíacas. Esses problemas agravam o estado de saúde podendo levar até mesmo à morte. Por esse motivo, o acadêmico Jaime Afonso Sousa Netto fez sua dissertação baseada nos estudos das alterações da função miocárdica associadas à doença renal crônica. A pesquisa foi desenvolvida e apresentada no Programa de Pós-graduação em Saúde, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

O professor orientador, Marcus Gomes Bastos, esclarece o problema que Jaime estudou: “a maioria dos pacientes que têm doença renal crônica desenvolvem complicações cardíacas. E essas são divididas em dois grupos: insuficiência cardíaca diastólica, quando o coração não consegue receber o sangue que está chegando para ele, e a insuficiência cardíaca sistólica, que é quando você não consegue bombear o sangue para o organismo. Jaime observou a função diastólica. O estudo que ele fez usando uma técnica nova chamada Strain do lado esquerdo permitiu identificar vários pacientes com o diagnóstico indeterminado, como já tendo a disfunção diastólica.”

Já o acadêmico revela que a pesquisa foi realizada através do estudo transversal com 114 pacientes divididos em dois grupos: aqueles que possuem doença renal crônica e os que possuem a doença e mais a hipertrofia do ventrículo esquerdo. Jaime analisou cada equipe para saber se a função diastólica estava alterada com a doença renal crônica. Ele explica que, para identificar o problema, é preciso utilizar uma metodologia complexa, mas o estudo comprovou que é possível dar o diagnóstico por meio de um novo mecanismo chamado Strain.

Segundo o pesquisador, esse exame de ecocardiografia avançado permite identificar pequenas lesões não percebidas em outros meios. O novo recurso é mais acessível financeiramente e identifica mais precocemente as alterações. “Se você aplicar este tipo de método, que é o Strain, no lado esquerdo, você irá encontrar ele diminuído. Portanto indicando que há disfunção diastólica, alteração no relaxamento do coração. Isso tem implicações prognósticas para o paciente”, detalha Jaime.

Na opinião do acadêmico, os resultados da dissertação podem contribuir para as práticas que visam retardar a progressão e prevenir as patologias cardíacas em pacientes com doenças renais crônicas. O orientador da pesquisa destaca, ainda, que o estudo terá continuidade, mas com um novo método, o longitudinal. Assim, o paciente será acompanhado durante um período maior de tempo, enquanto o pesquisador irá avaliar os mesmos fatores por várias vezes.

Contatos:
Jaime Afonso Sousa Netto (mestrando)
jaimenetto1@gmail.com

Marcus Gomes Bastos (orientador – UFJF)
marcusbastos7@gmail.com

Banca examinadora:
Prof. Dr. Marcus Gomes Bastos (orientador – UFJF)
Prof. Dra. Arise Galil (co-orientadora – UFJF)
Profª Drª Fabiana Bonato (UFJF)
Prof Dr Júlio Lovisi (UFJF)
Prof. Dr Vinicius Colares (UFJF)
Prof Dr Rogério Baumgratz de Paula (UFJF)
Prof. Dr Gustavo Bittencourt (Suprema – JF)

Outras informações: (32) 2102 – 3848  – Programa de Pós-graduação em Saúde