Etapa final do treinamento reuniu 38 monitores no Jardim Botânico (Foto: Twin Alvarenga)
Entre a trilha sonora da mata e o verde das numerosas espécies de plantas que compõem o Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), olhos e ouvidos atentos captaram neste sábado, dia 18, as instruções do Treinamento Prático para a Monitoria em Educação Ambiental. A atividade finalizou o I Curso de Formação de Educadores Ambientais do Jardim Botânico da Universidade.
O treinamento é uma prática inaugural voltada aos 38 monitores selecionados entre os 180 inscritos para atuar no Jardim Botânico. O objetivo é preparar o grupo para receber o público durante as visitas. Segundo o diretor do Jardim Botânico, professor Gustavo Soldati, o compromisso inicial se estabelece em torno da educação ambiental voltada às visitações. “A educação ambiental tem que ser crítica. Queremos formar educadores ambientais comprometidos com o viés crítico e que saibam lidar com o público. Mais do que falar da planta, defenderemos também os saberes tradicionais”, pontuou.
Todas as ações a serem desenvolvidas no local serão embasadas pelo projeto político-pedagógico, com princípios e diretrizes concebidas a partir de uma construção coletiva. Quem explica é o vice-diretor Breno Moreira. “Temos um conselho técnico, um conselho administrativo e um conselho comunitário, este formado por representantes da sociedade civil de Juiz de Fora. Antes da construção do projeto político-pedagógico, ouvimos a opinião de todos esses grupos para poder buscar atender a demanda que vem da sociedade, porque o Jardim Botânico é um lugar público e deve servir aos interesses de todas as pessoas.”
Todas as ações a serem desenvolvidas no local serão embasadas pelo projeto político-pedagógico (Foto: Twin Alvarenga)
Quem corrobora e ressalta o aspecto inclusivo do lugar é a professora da faculdade de Educação e coordenadora do grupo de Educação Ambiental, Angélica Cosenza. “É um projeto que traz uma perspectiva de conservação da natureza e de defesa da sociodiversidade, mais do que somente a biodiversidade, priorizando a inclusão e os direitos humanos. É mais do que ser público só por ser da UFJF, é também acolher os coletivos sociais que hoje estão lutando por melhor distribuição de bens e serviços ambientais”, destacou.
Para a monitora Ana Carolina Ribeiro, aluna de Ciências Biológicas da UFJF, a experiência tem tudo para ser um grande aprendizado.“Quando entrei na Biologia sempre tive interesse em trabalhar com plantas medicinais e saberes tradicionais. Será um processo muito positivo para todos os monitores, principalmente por essa troca bonita entre nós e os visitantes. Acho que nós aprenderemos muito mais com eles do que eles com a gente”, resumiu a estudante.
Focado na promoção de justiça ambiental, os trabalhos de Extensão no Jardim Botânico buscam construir conceitos de Educação Ambiental por meio do diálogo com a sociedade. Este, deverá ocorrer durante as visitações escolares e espontâneas ao espaço do Jardim.
Outras informações:
(32) 3224-6725 – Jardim Botânico UFJF