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Da esquerda para a direita: Profa. Mônica Correia Baptista, Profa. Núbia Schaper, Profa. Hilda Micarello (orientadora), Maiara Souza (mestranda) (foto: arquivo pessoal)

A análise das interações, das narrativas e dos sentidos produzidos por alunos da educação infantil no contato com o livro embasou a dissertação de mestrado da acadêmica Maiara Ferreira de Souza. A pesquisa foi apresentada no Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Segundo a pesquisadora, a investigação pretende contribuir com a formação das crianças e com a ressignificação da literatura no espaço educacional.

Durante a vivência prática com uma turma do segundo período da educação infantil, a acadêmica percebeu que havia necessidade de um tempo de leitura literária na rotina dos estudantes. Dessa forma, buscou maneiras para criar um momento propício à leitura. Outra iniciativa do estudo, foi o reconhecimento dos sentidos apreendidos pelos alunos com a prática. “Essas análises foram baseadas no conceito de vivência, desenvolvido por Vigotski e na concepção de linguagem de Bakhtin”, acrescenta Maiara.

A partir do contexto educacional de Juiz de Fora, Maiara propôs o desenvolvimento de oficinas diárias de leitura em espaços distintos da escola. A ideia foi a de intervir na organização das aulas, adicionando um tempo eficiente e interessante para a formação das crianças, promovendo o hábito de leitura literária o mais cedo possível.

Aplicações possíveis

Para atingir os objetivos estabelecidos na pesquisa, a observação contínua foi o caminho para indicar as soluções viáveis. Entre as intervenções possíveis,a pesquisadora destaca “a busca por novas obras, por outros espaços da escola que pudessem ser sugestivos, o diálogo mais próximo com a professora da turma, a busca por outras formas de narrar as histórias.”

A mestranda aponta, ainda, que as singularidades de cada criança devem ser trabalhadas nesse processo de formação. “Nesse sentido, o tempo/espaço de leitura é material, do relógio, do mundo físico e, ao mesmo tempo, é imaterial, do sujeito, do seu processo de atribuição de sentido ao mundo, ao texto. A mediação se dá nesse entrecruzamento porque a leitura literária necessita de uma interação entre leitor e texto para além do escrito, ou seja, demanda a compreensão dos não ditos, das cores, dos contextos que vão sendo tecidos pela relação das narrativas com a história de vida de cada um, dentre outros aspectos, o que pressupõe um acolhimento diferenciado por cada leitor e um compromisso com a sensibilidade estética da obra e das crianças.”

Contatos:
Maiara Ferreira de Souza (mestranda)
maiaraf.souza@gmail.com

Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello (orientadora – UFJF)
hilda.micarello@uab.ufjf.br

Banca examinadora:
Prof.ª Dr.ª Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello (orientadora – UFJF)
Prof.ª Dr.ª Mônica Correia Baptista (UFMG)
Prof.ª Dr.ª Núbia Aparecida Schaper Santos (UFJF)

Outras informações: (32) 2102 – 3665 – Programa de Pós-Graduação em Educação