“Projetos como esse são uma forma de democratizar, mostrar que a universidade não está tão distante e que eles podem vislumbrá-la”, afirmou Bara (Foto: Rafael Rezende)

“Projetos como esse são uma forma de democratizar, mostrar que a universidade não está tão distante e que eles podem vislumbrá-la”, afirmou Bara (Foto: Rafael Rezende)

O que faz um profissional formado em Educação Física? Como aliar esporte e ciência? Essas foram algumas das perguntas respondidas pelo professor da Faculdade de Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Maurício Bara, aos alunos da Escola Estadual Hermenegildo Vilaça. A apresentação ocorreu na noite desta quinta-feira, 28, integrando o projeto “A ciência que fazemos”, que visa levar os pesquisadores da universidade aos colégios de Juiz de Fora.

Intitulada “A ciência na Copa do Mundo”, a apresentação de Maurício mostrou aos estudantes o Polar Team System Pro, sistema de controle da frequência cardíaca utilizado no treinamento dos atletas de várias seleções na Copa do Mundo na Rússia. Testando o equipamento em cinco alunos, o grupo pode conferir a variação da frequência cardíaca dos jovens através de um aplicativo instalado em um tablet, conforme se movimentavam com menor ou maior velocidade.

Para Maurício, o projeto pode ajudar a quebrar barreiras importantes. “O principal é aproximar a universidade da comunidade. Acredito que tenham pessoas em Juiz de Fora que não veem a universidade como acessível. Projetos como esse são uma forma de democratizar, mostrar que a universidade não está tão distante e que eles podem vislumbrá-la”, conta. O pesquisador ainda abordou os possíveis cargos que podem ser ocupados por profissionais da área, tais como árbitro, treinador e auxiliar técnico nas mais variadas modalidades esportivas, professor em colégios, academias, escola de dança e estúdio de pilates.

A professora de Biologia na escola Hermenegildo Vilaça, Gelsimara Franco, considerou que a apresentação teve a relevância de “despertar o interesse dos alunos para essa ideia do curso superior, que é algo acessível e possível para alunos de qualquer classe social”. Gelsimara também alerta para a importância de desmistificar o conceito de ciência. “Para eles, ciência é algo mais restrito, é a biologia, a física, a química. Hoje, puderam observar a sua presença em outras áreas e a aplicação no dia a dia deles, no vôlei, numa academia, numa escola”, avalia.

“O mais importante é incentivá-los a continuarem estudando. A gente sabe de todas as dificuldades, mas se eles continuarem nesse caminho será uma vitória para todo mundo”, conclui Maurício.