(Foto: Twin Alvarenga/UFJF)

Pró-reitora da Unifal, Eliane Garcia Rezende, falou sobre as perspectivas e as dificuldades da extensão universitária no Brasil (Foto: Twin Alvarenga/UFJF)

“Não se faz extensão para a sociedade, se faz com a sociedade”. Com esta frase, a pró-reitora de Extensão da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), Eliane Garcia Rezende, abriu a palestra “Extensão universitária: princípios e críticas no contexto social brasileiro”, nesta quarta-feira, na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O evento faz parte da programação da 2ª Mostra de Ações de Extensão da UFJF, que integra a 2ª Semana de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade.

Segundo a convidada, a extensão universitária precisa ter sempre como premissa o trabalho e o diálogo com a sociedade. “A universidade, enquanto instituição social reconhece essa divisão de classes, a estrutura de dificuldades e diferenças sociais, mas, estando trabalhando com a sociedade, consegue, nessa relação, produzir novos conhecimentos que vão superar esses desafios sociais que o Brasil enfrenta.”

Segundo a pró-reitora de Extensão da UFJF, Ana Lívia Coimbra. a fala de Eliane reforça uma perspectiva da universidade pública como um espaço aberto à comunidade e com as ações de extensão identificadas como direitos sociais, que devem ser construídos por meio de uma ação acadêmica tendo como sujeitos técnicos, docentes e estudantes.

“Ela trouxe também algumas questões para pensarmos a extensão como um importante aspecto de formação dos nossos estudantes e uma ferramenta de diálogo com a sociedade, permitindo com que a gente construa princípios e modalidades, nesse nosso congresso, que tenham como objetivo, cada vez mais, construir uma relação com a comunidade na perspectiva da garantia de direitos”, acrescenta.

Dentre as diversas provocações propostas por Eliane, a palestrante destacou o caráter transformador da universidade no meio social. “A universidade não é reflexo da sociedade; ela a integra. No seu interior, ela também tem estratificações de classes, mas tem uma certa autonomia, que faz com que dialogue, por exemplo, contra coisas que a sociedade reforma, como a divisão de classes e as diferenças sociais. A universidade tem o papel de trabalhar com a sociedade para diminuir essas desigualdades”, conclui.

A Mostra terá ainda workshops, rodas de conversa, palestras, grupos de trabalho, plenária, apresentação de banners e atividades culturais extensionistas.

Confira aqui a programação completa.

Outras informações:
(32) 2102-3971 – Pró-reitoria de Extensão