Paloma Campos durante leitura da ata de defesa pela banca examinadora (foto: arquivo pessoal)
“Como é para a pessoa idosa estar em situação de doença oncológica?” Uma pesquisa realizada pela mestranda em Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Paloma Coutinho Campos, teve o objetivo de desvendar essa questão e apontar quais seriam as peculiaridades da pessoa idosa diagnosticada com câncer. O estudo resultou na dissertação “O movimento existencial da pessoa idosa em situação de doença oncológica”, defendida no dia 22 de agosto.
A pesquisa de natureza qualitativa foi norteada pela fenomenologia de Martin Heidegger. Paloma entrevistou 14 homens e mulheres, pacientes da Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (Ascomcer), com diagnóstico de câncer confirmado e com mais de 60 anos de idade. As entrevistas aconteceram entre novembro de 2016 e abril de 2017. Ela investigou de que forma essas pessoas vivenciavam o adoecimento.
“Os entrevistados disseram como se sentiam, como foi o contato com os profissionais de saúde, qual experiência eles tiveram com a enfermagem e o cuidado, falaram da rotina e de como lidam com o adoecimento, sempre apontando as dificuldades na rede pública de saúde”, explicita.
Paloma Campos com a professora orientadora Maria Carmen Simões Cardoso de Melo
Para Paloma, o estudo mostra que os lados afetivo e emocional do paciente devem ser considerados no tratamento do câncer. “Nosso modelo de enfermagem hoje em dia cuida mais do corpo e menos do emocional, do mental e do afetivo. Temos que olhar os outros aspectos também, ver a pessoa como um todo. O câncer é uma doença muito preocupante e ainda mais para a população idosa, por conta da fragilidade.”
Para a orientadora da pesquisa e pró-reitora de Graduação da UFJF, Maria Carmen Simões Cardoso de Melo, a metodologia utilizada por Paloma é um dos aspectos interessantes para o trabalho. “A fenomenologia é muito interessante, pois é construída a partir da ciência, mas vai além, para buscar a dimensão existencial do indivíduo, ultrapassando o alicerce biomédico. Tivemos a oportunidade de discutir o uso do método na pesquisa de enfermagem em prol da prática do enfermeiro”, considera.
Contatos:
Paloma Coutinho Campos (mestranda)
palomakouts@hotmail.com
Maria Carmen Simões Cardoso de Melo (orientadora – UFJF)
maria.carmen@ufjf.edu.br
Banca examinadora:
Profa. Dra. Maria Carmen Simões Cardoso de Melo (UFJF – orientadora)
Profa. Dra. Vânia Maria Freitas Bara (UFJF)
Profa. Dra. Ívis Emília de Oliveira Souza (UFRJ)
Outras informações: (32) 2102-3297 – Programa de Pós-graduação em Enfermagem