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Livro é o segundo da parceria de mais de 30 anos entre os ex-alunos da Faculdade de Comunicação da UFJF (Imagem: Divulgação)

Grandes frutos podem surgir a partir de sólidas amizades. No caso do fotógrafo e jornalista Antonio Augusto Alvarenga e do jornalista Augusto Alfredo Lourenço, a amizade que construíram desde os tempos da Faculdade de Comunicação na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) originou um livro: “Herdeiros – Cartas aos pais”, com lançamento na próxima sexta-feira, dia 11, em Brasília.

A faísca da ideia se deu quando Lourenço publicou uma crônica no jornal “O País”, de Angola, discorrendo sobre a relação dos filhos com seus pais. “O texto gerou repercussão e algumas críticas, na maior parte vindas dos filhos – o que não foi surpresa”, relembra com humor.

Em 2015, Lourenço começou a pensar em uma forma mais efetiva de homenagear seu pai, “seu grande líder”, que já havia partido. Foi então que decidiu transformar a admiração e a saudade em um livro, com a contribuição de escritores brasileiros e angolanos. “Meu pai era um grande homem, otimista, empreendedor, que conseguiu nos encaminhar muito bem. Ele merecia uma homenagem, mesmo que tardia.”

Natural de Kwanza Sul, uma das províncias de Angola, o atual adido de Defesa junto à Embaixada de Angola no Brasil, Lourenço morou durante os anos de faculdade no sítio de Alvarenga, o que consolidou a amizade dos dois.  

“À noite, costumávamos sentar em torno da fogueira e conversar sobre coisas dos dois continentes. O que resta da cultura angolana na cultura ocidentalizada brasileira e também a contramão disso: o que há de cultura brasileira na cultura angolana”, relembra Alvarenga – ou Twin, como é conhecido entre os colegas de trabalho.

Parceria literária
Esta não é a primeira parceria literária dos amigos. Ela começou com o livro “Aventuras de um estudante angolano no Brasil” (2010), em que Alvarenga colaborou com uma de suas cartas de correspondências com Lourenço, trocadas após o término da faculdade. Em  “Herdeiros – Cartas aos pais”, Alvarenga contribui com um poema de abertura e uma carta.

Lourenço já conhecia os poemas e as crônicas do amigo que nunca foram expostos e sempre pedia que ele escrevesse para um livro seu. Alvarenga adiava a colaboração. Por fim, após muita insistência de Lourenço e um sentimento de obrigação com ele, aceitou participar do livro.

Alvarenga diz sentir-se honrado pelo convite, que considera um desdobramento natural de uma amizade de mais de 30 anos entre duas pessoas muito próximas e que conservam o hábito de escrever. “O convite para participar deste projeto foi uma maneira carinhosa que ele encontrou de ratificar que somos, efetivamente, grandes amigos.”